Os eidos ontológicos da transcomplexidade

Uma amalgamação epistémica entre o pensamento, a realidade e a linguagem

Resumo

A pretensão epistémica de articular algumas categorias gnoseológicas que constituem os eidos ontológicos da transcomplexidade constitui uma fascinante aventura intelectual, pois implica uma avaliação argumentativa da relação ontológica envolvida entre pensamento, realidade e linguagem. O presente trabalho científico situa-se nestes campos do conhecimento, que foi elaborado como uma teleologia cardinal, reflectindo em profundidade sobre a amálgama epistémica entre o pensamento, a realidade e a linguagem como um propósito para construir os eidos ontológicos da transcomplexidade. Metodologicamente, a reflexão epistemológica teórica foi desenvolvida a partir de uma perspectiva dialéctica e transformacional hermenêutica, o que permitiu a articulação argumentativa de um conjunto de premissas
epistémicas provisórias, entendidas como o núcleo genealógico de uma transepistemologia em construção. Estas premissas são: os princípios da Abordagem Integrada Transcomplexa, as dimensões filosóficas da matriz epistémica da transcomplexidade, os portais da sabedoria humana para um pensador
transcomplexo e a coerência entre categorias gramaticais que suportam uma translinguagem de natureza recursiva e transformacional. Teoricamente, o artigo é baseado na Teoria Ontológica da Verdade Semântica de Lorenz Puntel, citada por Romero (2009). Deste modo, o discurso científico sobre a transepistemologia da transcomplexidade, deve basear-se numa tripla coerência da verdade: a coerência semântica, a coerência sintagmática e a coerência argumentativa, já que esta última permite apreciar os novos conhecimentos construídos; além disso, os eidos ontológicos da transcomplexidade devem alimentar-se da alquimia da complexidade, das substâncias simultaneamente gnoseológicas da transdisciplinaridade e dos enigmas da lógica do terceiro incluído.