A inteligência emocional dos
professores para o aprendizado
da biologia em estudantes
universitários
La inteligencia emocional de los docentes
para el aprendizaje de la biología en los
estudiantes universitarios
* Dr. em Ciências da Educação. Doutorado em Gestão para o Ensino Superior. Universidade de Zulia,. Ma-
racaibo – Venezuela.. Professor de Biologia. Email: savier.acosta@gmail.com
Como citar: Acosta, F. S. F. (2024). A inteligência emocional dos professores para o aprendizado da
biologia em estudantes universitários. Revista Digital de Investigação e Pós-graduação, 5(9), 43-60.
https://doi.org/10.59654/yebqpn54
Revista Digital de Investigaçión y Postgrado, 5(9), 43-60
ISSN electrónico: 2665-038X
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Savier Fernando Acosta Faneite*
https://orcid.org/0000-0003-2719-9163
Maracaibo, estado Zulia / Venezuela.
Recebido: Maio/10/2023 Revisado: Maio/23/2023 Aprovado: Junho/23/2023 Publicado: January/10/2024
https://doi.org/10.59654/yebqpn54
© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
Resumo
A inteligência emocional é a habilidade do indivíduo de reconhecer suas próprias emoções e
as emoções de outras pessoas; essa capacidade permite identificar sentimentos, orientar o
pensamento e adaptar o comportamento ao ambiente de maneira adequada. O objetivo desta
pesquisa foi analisar a inteligência emocional dos professores em relação à aprendizagem de
biologia dos estudantes universitários da Universidade do Zulia. A metodologia utilizada foi
quantitativa, descritiva e com um desenho não experimental e transversal. A população estu-
dada foi composta por 5 professores e 38 alunos, aos quais foi aplicado um questionário digital
com informações sobre as variáveis em estudo. A confiabilidade foi determinada pelo Alfa de
Cronbach, resultando em um valor de 0,964. Para o processamento dos dados, foi utilizado o
programa SPSS 27. Os resultados indicam que os professores apresentam deficiências nos com-
ponentes da inteligência emocional. Além disso, os estilos de aprendizagem de acordo com o
agente modulador nos estudantes mostram uma eficiência similar, denotando uma fraqueza
nessa área. Conclui-se que a inteligência emocional dos professores no contexto da aprendi-
zagem de biologia é insuficiente. Portanto, é recomendado que os educadores fortaleçam
essas habilidades para potencializar o ensino e a aprendizagem em seus educandos.
Palavras-chave:
competências emocionais, educação emocional, inteligência emocional, pro-
fessor emocional, tipos de aprendizagem.
Resumen
La inteligencia emocional es la habilidad del individuo para reconocer sus propias emociones
y las de otras personas; esta capacidad le permite identificar sentimientos, orientar el pensa-
miento y adaptar su conducta al entorno de manera adecuada. El objetivo de esta investigación
fue analizar la inteligencia emocional de los docentes en relación con el aprendizaje de biología
de los estudiantes universitarios de la Universidad del Zulia. La metodología empleada fue
cuantitativa, de tipo descriptiva y con un diseño no experimental y transversal. La población
estudiada estuvo constituida por 5 profesores y 38 alumnos, a quienes se les aplicó un cues-
tionario digital con información sobre las variables en estudio. La confiabilidad se determinó a
través del Alfa de Cronbach, resultando en un valor de 0,964. Para el procesamiento de los
datos, se utilizó el programa SPSS 27.Los resultados indican que los docentes presentan defi-
ciencias en los componentes de la inteligencia emocional. Además, los estilos de aprendizaje
según el agente modulador en los estudiantes muestran una similar ineficiencia, denotando
una debilidad en esta área. Se concluye que la inteligencia emocional de los docentes en el
contexto del aprendizaje de biología es insuficiente. Por lo tanto, se recomienda que los edu-
cadores fortalezcan estas habilidades para potenciar la enseñanza y el aprendizaje en sus edu-
candos.
Palabras clave: competencias emocionales, educación emocional, inteligencia emocional, do-
cente emocional, tipos de aprendizajes.
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Savier Fernando Acosta Faneite
Introdução
Este artigo se concentra na inteligência emocional dos educadores, essenciais pois são eles os
agentes que promovem o desenvolvimento abrangente dos alunos. Argumenta-se que os pro-
fessores devem equipar-se com habilidades que lhes permitam identificar melhor as emoções
de seus alunos. Daí surge a importância de nutrir empatia, comunicação e autocontrole, con-
siderados essenciais para os educadores, pois fortalecem as interações com os alunos.
Esse treinamento não só permite ao professor renovar sua personalidade e metodologia pe-
dagógica, mas também os leva a considerar as necessidades emocionais de seus alunos. Isso,
por sua vez, orienta-os na escolha de estratégias e recursos e na percepção de estilos de apren-
dizado individualizados. Neste estudo, a inteligência emocional do professor é abordada sem
negligenciar a dos alunos. Dado que os educadores servem como modelos, os alunos tendem
a adotar comportamentos semelhantes, beneficiando seu próprio crescimento.
Romero (2022) sustenta que a inteligência emocional é vital para o equilíbrio mental e social
dos indivíduos, pois permite que eles entendam seu ambiente e tomem decisões informadas
em meio a diversas circunstâncias diárias. Segundo
Goleman (2022), a inteligência emocional
desempenha um papel crucial na educação: ela aumenta a motivação, controla impulsos, regula
emoções e promove a integração do aluno. Além disso, reforça habilidades e valores pessoais
e sociais, como autoestima, autonomia, comunicação, empatia e autocontrole.
Por outro lado,
Arrabal (2018) divide a inteligência emocional em vários componentes: (a) Per-
cepção: envolve interpretar, sentir e experimentar emoções e sentimentos. (b) Assimilação: su-
gere que emoções e pensamentos podem ser integrados. Se alguém entende como alavancar
emoções em benefício do pensamento, os indivíduos tomarão decisões melhores. (c) Com-
preensão: baseia-se em reconhecer as emoções dos outros e identificar as próprias, facilitando
a conexão com os outros. (d) Regulação: está associada à capacidade de gerenciar respostas
emocionais em diversas situações, sejam elas estressantes, positivas ou negativas.
Para
Bariso (2020), a inteligência emocional inclui: (a) a inteligência intrapessoal, que se relaciona
com a capacidade de conhecer a si mesmo; também inclui a autoestima, autocontrole, amor-
próprio, autoconceito, autonomia e motivação acadêmica; e (b) a inteligência interpessoal, que
se relaciona com a motivação e a habilidade de compreender as emoções e comportamentos
de outros indivíduos. Além disso,
Pincay et al. (2018) explicam que o ambiente complexo em
que os professores têm que trabalhar claramente requer um aumento na inteligência emocio-
nal, o que lhes permite ser resilientes, se adaptar às situações e lidar plenamente com as mu-
danças que ocorrem diariamente.
Ora,
Waissbluth (2019) afirma que o propósito da educação a nível global é a formação holística
dos estudantes, tanto a nível cognitivo como emocional. Para alcançar isso, o docente deve
possuir uma boa inteligência emocional e também a capacidade de planear aulas com temas
que incluam o desenvolvimento de competências, abordando-as de forma clara e transversal
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no currículo, de modo a otimizar o desenvolvimento emocional dos alunos.
Neste contexto, Tacca, Tacca e Cuarez (2020) afirmam que, na América Latina, os professores
devem focar-se não só em ensinar os conteúdos das disciplinas e padrões de comportamento
corretos, mas também nas emoções e sentimentos. O docente deve compreender o compor-
tamento dos alunos de uma perspetiva emocional, não apenas comportamental, e aprender
como ensinar a inteligência emocional. Esta não deve ser aplicada apenas no âmbito educativo,
mas também no familiar e social.
Nesse sentido, Segura,
Cacheiro e Domínguez (2018) salientam que quem não tiver desenvolvida
a inteligência emocional afeta as relações interpessoais, a colaboração, habilidades para resolver
problemas, trabalho em equipa e a motivação para alcançar metas e objetivos na vida. Os do-
centes com elevado grau de inteligência emocional são mais empáticos, positivos, relacionam-
se melhor com os outros e sentem maior satisfação no trabalho. Dadas estas condições,
Mejía
e Londoño (2021)
afirmam que as emoções expressas pelos professores causam mudanças de
comportamento nos alunos que influenciam a aprendizagem; assim, os professores tornam-se
nos principais guias emocionais dos estudantes, assumindo o papel de exemplo e modelo.
Neste cenário, o professor que souber captar, entender e controlar as emoções alcançará o
seu próprio equilíbrio e bem-estar social. Para
Acosta e Blanco (2022), a inteligência emocional
está relacionada com várias capacidades das pessoas, como a assimilação, perceção, avaliação,
aprendizagem, geração, compreensão, regulação e expressão das emoções. Face ao exposto,
Macazana Sito e Romero (2021) sublinham que é necessário a formação do professorado para
fechar a lacuna educativa no desenvolvimento de competências que têm sido menos valoriza-
das para gerir pensamentos, sentimentos, emoções e as habilidades adquiridas para compreen-
der a realidade e para evoluir, tanto a nível pessoal como profissional.
Por sua vez,
Fuenmayor (2016) assinala que, na Venezuela, os professores precisam mudar a
educação e ensinar a partir das emoções para promover diferentes estilos de aprendizagem
nos alunos. Por isso, devem ter em mente as competências emocionais durante a sua prática
pedagógica. Ou seja, um docente com habilidades emocionais desenvolvidas tem a capacidade
de criar ambientes de trabalho apropriados e reconhecer melhor os estados emocionais dos
alunos. Isso leva a uma conexão empática que proporciona segurança ao aluno.
Nesse sentido,
Romero, Hernández, Barrera e Mendoza (2022) indicam que há a necessidade
de incluir novas áreas de trabalho relacionadas com a inteligência emocional, tais como: per-
cepção, assimilação, compreensão, regulação emocional, comunicação e relações interpessoais,
entre outras. Da mesma forma, é necessário formar os professores para que compreendam o
papel das emoções no ambiente escolar, pois isso permitirá o desenvolvimento das atividades
docentes mais eficazes.
Portanto, é necessário incorporar esse modelo de ensino para que tenha um efeito positivo
nos resultados do trabalho diário do docente. Pois isso influencia a aprendizagem, saúde men-
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tal, eficácia das relações sociais e desempenho profissional, promovendo um ambiente positivo
na sala de aula para reduzir o estresse inerente à profissão e melhorar a comunicação e a re-
lação entre alunos, colegas e a comunidade educativa. Os professores com inteligência emo-
cional desenvolvida projetam uma personalidade compreensiva no trabalho diário, que vai
além de observar o comportamento dos alunos. Assim, é necessário adentrar nos sentimentos,
entender o significado dos comportamentos, compreendê-los e criar um ambiente de diálogo,
entendimento e escuta ativa.
Segundo
Heredia e Sánchez (2020), um docente deve possuir uma formação que lhe permita
criar um ambiente de aprendizagem positivo que promova a aquisição de conhecimentos por
parte dos alunos. Para que o ambiente educativo se torne um reflexo mais positivo da socie-
dade. Além disso, deve promover um clima escolar adequado, associado ao desenvolvimento
físico e psicológico que favoreça uma aprendizagem ótima, a redução de comportamentos
disruptivos e a formação de bons grupos e empatia.
Por outro lado,
Bulás et al. (2020) afirmam que, quando se conseguem desenvolver essas com-
petências emocionais básicas, é fácil construir outras como autonomia, compromisso e pensa-
mento crítico. Quando o professor sabe ensinar emocionalmente, os alunos desfrutam mais
da escola, constroem facilmente sua autoestima, são mais criativos e identificam a qualidade
humana de cada estudante. Tudo isso reduz os problemas de disciplina e o ambiente escolar
é menos agressivo.
Recentemente, o professor está percebendo o impacto das emoções dos alunos. No entanto,
em muito poucas escolas foram estabelecidos conteúdos e propósitos acadêmicos relacionados
com a inteligência emocional. Nesse aspecto,
Ávila (2019) expressa que existe uma correspon-
sabilidade pelo desenvolvimento socioemocional do estudante no processo educativo. O qual
começa na harmonia que deve existir entre a família, pois é o modelo afetivo que forma o pri-
meiro ambiente de socialização e educação emocional do aluno. O segundo é o ambiente
acadêmico que, com o apoio das leis, estratégias e recursos, os professores devem promover
a inteligência emocional na sala de aula.
Por outro lado,
Coll (2017) expõe que a aprendizagem das pessoas consiste na receção,
assimilação e acomodação de conhecimentos. Da mesma forma, Kolb (2014) assinala
que se observa quando os sujeitos adquirem ou modificam capacidades, conhecimen-
tos e comportamentos devido às experiências vividas. Portanto, aprender é o processo
de construir experiência e adaptá-la às novas situações. A aprendizagem faz parte do
desenvolvimento pessoal e ocorre melhor quando o sujeito está motivado, quer apren-
der e se esforça. Para isso, tem de prestar atenção, usar a memória e o raciocínio ló-
gico.
Neste contexto,
Ojeda (2022) assinala que para que ocorra uma boa aprendizagem devem
existir as seguintes condições: métodos, procedimentos, estratégias, recursos, motivação, von-
tade e adequada distribuição do tempo. É por isso que o docente deve possuir inteligência
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emocional e gerir adequadamente as emoções dos estudantes, uma vez que isso pode aca-
rretar várias consequências, como marginalização ou problemas sociais, como mau humor, iso-
lamento, reservas, insatisfação e dependência.
O estudo foi realizado na Universidade de Zulia, com alunos e professores do curso de educa-
ção em biologia, com o objetivo de analisar a inteligência emocional dos docentes para o
aprendizado de biologia dos estudantes universitários da Universidade de Zulia. Conforme in-
dicam estudos anteriores, é necessário que os professores tenham desenvolvidos os compo-
nentes da inteligência emocional (automotivação, autorregulação, motivação, empatia e
habilidades sociais) para que possam desenvolver apropriadamente suas aulas e, dessa forma,
os educandos possam obter uma aprendizagem mais eficiente, duradoura, útil, aplicável e
transferível no contexto.
Para
Escolano (2018), a formação da inteligência emocional está ao alcance de todos e depende
das condições vividas pelos indivíduos ao longo de suas vidas; a infância é uma etapa muito
importante onde essas capacidades são desenvolvidas; é necessário aprendê-las, pois permitem
compreender como interagir com as pessoas que nos rodeiam. Os seres humanos precisam
se desenvolver emocional e intelectualmente ao longo de suas vidas, para progredir tanto cog-
nitivamente quanto pessoalmente.
Fundamentos teóricos
Inteligência emocional
É a habilidade que as pessoas possuem, permitindo-lhes identificar os próprios sentimentos e
os dos outros; da mesma forma, envolve motivar-se e gerir bem as relações interpessoais. Se-
gundo
Goleman (2015), é um conjunto de conhecimentos e habilidades que não nascem com
os indivíduos, mas que são adquiridos ao longo da vida, incluindo a empatia, automotivação,
autocontrole, autorregulação e habilidades sociais.
Nesse sentido,
Olvera et al. (2020) destacam que os professores que possuem inteligência emo-
cional desenvolvida são capazes de ensinar aos alunos habilidades para a compreensão das
emoções, autocontrole e capacidade de expressá-las adequadamente perante os outros. Para
que um professor esteja preparado para esse desafio, primeiro ele deve considerar seu desen-
volvimento emocional, somente assim poderá se capacitar e aprender as ferramentas meto-
dológicas que permitirão realizar essa tarefa; também é bem sabido que, sem clareza na
estrutura de valores e sem certo controle sobre as emoções, é impossível realizar a educação
emocional e moral dos alunos.
Componente da inteligência emocional
Goleman indica que os componentes que formam a inteligência emocional são: (a) autocon-
hecimento emocional: que se refere à habilidade dos indivíduos de identificar, reconhecer e
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compreender suas próprias emoções. (b) Autorregulação emocional: é a capacidade de con-
trolar e regular emoções e reações. (c) Motivação: é a habilidade de se motivar a si mesmo e
aos outros, estabelecendo objetivos e trabalhando para alcançá-los. (d) Empatia: é a capacidade
de entender e compreender as emoções dos outros. (e) Habilidades sociais: permitem que as
pessoas se relacionem e se comuniquem eficazmente com os outros, estabelecendo relações
interpessoais saudáveis e colaborando em equipe.
Aprendizagem dos alunos
A aprendizagem é a capacidade que consiste na assimilação de conhecimento e mudança de
comportamento, sendo uma tarefa compartilhada entre professores e alunos. Para alcançar o
que foi mencionado,
Acosta e Barrios (2023) expressam que há a necessidade de que os pro-
fessores desempenhem seu papel como agentes formadores de capacidades por meio de es-
tratégias inovadoras e reconheçam o papel dos alunos na aprendizagem, escolhendo
metodologias que permitam aos alunos adquirir conhecimento.
Por sua vez,
Arhuiri (2021) expressa que os alunos devem estar cientes e comprometidos com
sua própria aprendizagem e que uma orientação adequada pode levá-los a refletir sobre a
aprendizagem. Portanto, alcançar a excelência acadêmica requer compromisso tanto de pro-
fessores quanto de alunos, usando um planejamento adequado, execução, controle e acom-
panhamento do processo de aprendizagem e critérios de avaliação que os alunos conheçam
antecipadamente.
Estilos de aprendizagem
Existem muitos estilos de aprendizagem, cada um deles descreve as diferentes formas pelas
quais os alunos adquirem conhecimento; para o caso deste estudo, foi selecionado o estilo de
aprendizagem de acordo com o agente modulador proposto por
Kolb (2014), que indica que
ele ocorre com base na genética, experiências vividas e situações sociais; a informação pode
ser recebida e absorvida de formas concretas, criativas, abstratas ou adaptativas; eles são clas-
sificados em: (a) Aprendizagem convergente: ocorre quando uma pessoa percebe a informação
de forma concreta e é capaz de obter soluções práticas; eles têm a capacidade de sintetizar
graficamente conhecimentos e elaboram facilmente esquemas, diagramas, planos, mapas, entre
outros.
(b) Aprendizagem divergente: manifesta-se em indivíduos que podem oferecer múltiplas solu-
ções a diferentes situações, pois apresentam grande criatividade; eles tendem a gerar ideias
inovadoras e são principalmente artistas, designers, criadores e inventores. (c) Aprendizagem
assimilativa: as pessoas que a apresentam têm uma maior capacidade de conhecimento abs-
trato, portanto tendem a se destacar em áreas de pesquisa, programação e engenharia. d)
Aprendizagem acomodativa: é caracterizada pela capacidade de se adaptar rapidamente a di-
ferentes situações, maior adaptabilidade e um maior desejo de interagir socialmente e liderar
os outros; são bons oradores e apresentadores.
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Metodología
Durante o desenvolvimento da pesquisa, é necessário compreender qual paradigma é ade-
quado para ser usado como orientação durante o estudo; é por isso que
Hernández e Mendoza
(2018)
apontam que sem uma compreensão clara dos modelos que orientam a abordagem do
pesquisador no estudo, não é possível conduzir pesquisa científica. Nesse contexto, o método
utilizado foi o positivista, conforme descrito por
Arias (2016), que lida com a existência de uma
maneira específica de compreender o fato ou fenômeno investigado, propondo o uso dessa
técnica como autenticidade do conhecimento.
Além disso, o tipo de pesquisa realizado no estudo foi descritivo, de acordo com
Palella e Mar-
tins (2017)
, que têm o propósito de compreender certos fenômenos por meio de critérios sis-
têmicos que permitem observar o comportamento. Da mesma forma, esse tipo de estudo não
envolve testar hipóteses, mas descreve o sujeito em termos de julgamentos predefinidos. Eles
também indicam que é um mecanismo destinado a obter informações sobre a situação do fe-
nômeno em estudo.
Por outro lado, o estudo foi não experimental, de acordo com
Hernández e Mendoza (2018),
e tem como propósito investigar os valores dos eventos. Isso significa que o objetivo do estudo
é analisar o estado de uma variável, indivíduo ou entidade para fornecer uma descrição; da
mesma forma, foi transversal, pois um cenário específico foi escolhido para a coleta de infor-
mações: a Faculdade de Humanidades e Educação da Universidade do Zulia.
De acordo com
Sabino (2014), a população é um grupo de sujeitos que constituem todos os
indivíduos de um estudo; devido ao seu tamanho pequeno, foi realizado um censo populacional
no qual todas as pessoas participaram da pesquisa. Ela consistiu em 5 professores (prof.) e 38
estudantes (est.), sendo os últimos dos seguintes semestres: 18 do sexto, 13 do sétimo e 7 do
oitavo; eles foram selecionados devido à sua formação acadêmica avançada e capacidade de
emitir um julgamento mais objetivo.
Para a coleta de dados, a técnica utilizada foi uma pesquisa, conforme descrito por
Suárez et
al. (2022), que envolve um conjunto de perguntas aplicadas aos indivíduos que participaram
da pesquisa, neste caso, professores e estudantes de biologia da Universidade do Zulia. Com
base nisso, a ferramenta para a coleta de dados foi um questionário, definido por
Arias (2016),
como um documento composto por perguntas bem formuladas, organizadas e relacionadas
a indicadores, dimensões e variáveis.
Para reunir as informações, foi utilizado um questionário, que foi aprovado por seis especialistas
em educação e metodologia antes de seu uso. Sua confiabilidade foi de 0,964. Ele foi transcrito
para uma versão digital do questionário usando o "Google Forms", onde as perguntas foram
organizadas para cada indicador que compunha as variáveis do estudo. O link digital foi en-
viado por e-mail e WhatsApp aos entrevistados. Uma vez coletadas as informações, elas foram
analisadas usando o Excel. Os dados foram posteriormente classificados e agrupados para in-
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terpretação e discussão com as teorias selecionadas.
O instrumento continha 4 variações devido ao tipo de perguntas no questionário. Em outras
palavras, os critérios para escolher a escala correspondem à direção de cada sujeito. As opções
de resposta foram (4) Sempre; (3) Quase sempre; (2) Quase nunca; (1) Nunca. Neste estudo,
apenas 4 alternativas foram consideradas. Isso, de acordo com
Hernández et al. (2014), é feito
com o objetivo de comprometer o sujeito ou forçá-lo a se pronunciar de maneira favorável ou
desfavorável.
Da mesma forma, um esquema foi desenvolvido, conforme indicado por Hernández e Mendoza
(2018)
, que mostra um conjunto de categorias que permitem a avaliação de variáveis, dimen-
sões e indicadores, com o objetivo de facilitar a interpretação dos dados que podem ser en-
contrados. Além disso, o processo de análise das informações permite a avaliação quantitativa
do resultado da pesquisa por meio da classificação e tabulação dos dados para a formulação
e interpretação subsequentes do processo.
Tabela 1. Escalas para a interpretação das respostas
Fonte: Elaboração própria (2023).
Resultados
En las siguientes tablas presentadas a continuación, se expresan los resultados de las variables
y dimensiones en frecuencias, porcentajes y la interpretación del baremo.
Tabela 2. Componentes da inteligência emocional
Fonte: Elaboração própria (2023).
Variables Valores Opciones Valor cuantitativo Categorías
Inteligência emocional dos
professores e aprendizagem
de biologia dos estudantes
Positivo
Sempre 4 Eficiente
Quase sempre 3 Pouco eficiente
Negativo
Quase nunca 2 Ineficiente
Nunca 1 Muito ineficiente
Indicadores
Opções
Sempre Quase sempre Quase nunca Nunca
Total Categorias
Sujeitos Est. Doc. Est. Doc. Est. Doc. Est. Doc. Est. Doc. Est. Doc.
Autoconheci-
mento
Fa 3 3 19 1 13 1 3 0 38 5
Pouco
eficiente
Eficiente
% 7,9 60,0 50,0 20,0 34,2 20,0 7,9 0 100 100
Autorregulação
Fa 4 1 18 3 14 1 2 0 38 5
Pocou
eficiente
% 10,5 20,0 47,4 60,0 36,9 20,0 5,2 0 100 100
Motivação
Fa 11 1 14 2 10 1 3 1 38 5
% 28,9 20,0 36,9 40,0 26,3 20,0 7,9 20,0 100 100
Empatia
Fa 10 2 17 1 8 1 3 1 38 5
Eficiente
% 26,3 40,0 44,7 20,0 21,1 20,0 7,9 20,0 100 100
Habilidades
sociais
Fa 9 2 21 1 7 1 1 1 38 5
% 23,7 40,0 55,3 20,0 28,4 20,0 2,6 20,0 100 100
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Na Tabela 2 são apresentados os resultados da dimensão "componentes da inteligência emo-
cional". Em relação ao indicador "autoconhecimento", 50% dos estudantes de biologia afirma-
ram que os professores quase sempre são capazes de identificar, reconhecer e compreender
as próprias emoções e as dos outros; colocando esses resultados na categoria pouco eficiente.
Por sua vez, os professores de biologia, com 60%, afirmaram que sempre sabem interpretar
suas emoções e as de outros indivíduos; enquadrando-se na categoria eficiente.
Para o indicador "autorregulação", 47,4% dos estudantes expressaram que os professores quase
sempre conseguem controlar e regular as emoções e reações; colocando esses resultados na
categoria pouco eficiente. No caso dos professores, 60% afirmaram que quase sempre regulam
as emoções e reações devido a várias situações que enfrentam em sua prática acadêmica e na
vida cotidiana; situando-se na categoria pouco eficiente.
No indicador "motivação", os estudantes, com 36,9%, afirmaram que os professores quase sempre,
apesar das circunstâncias que vivem, estão motivados, orientam os alunos, estabelecem metas e
trabalham para alcançá-las; colocando esses resultados na categoria pouco eficiente. Por sua vez,
os professores, com 40%, expressaram que quase sempre têm motivação e estabelecem objetivos
para sua vida pessoal e profissional; enquadrando-se na opção pouco eficiente.
No indicador "empatia", os estudantes, com 44,7%, indicaram que os professores quase sempre
apresentam a habilidade de compreender as emoções dos outros; colocando esses resultados
na opção pouco eficiente. Enquanto os professores, com 40%, afirmaram que sempre têm a
capacidade de identificar e entender as emoções das pessoas; enquadrando-se na categoria
eficiente.
Quanto às "habilidades sociais", os alunos expressaram que 44,7% dos professores quase sem-
pre se relacionam e se comunicam efetivamente com os outros, estabelecem relacionamentos
interpessoais saudáveis e trabalham em equipe; colocando esses resultados na categoria pouco
eficiente. No entanto, os professores, com 40%, afirmaram que sempre estabelecem comuni-
cação com seus colegas e alunos; enquadrando-se na opção eficiente.
Tabela 3. Estilos de aprendizagem de acordo com o agente modulador.
Fonte: Elaboração própria (2023).
Indicadores
Opções Sempre Quase sempre Quase nunca Nunca
Total Categorias
Sujeitos Est. Doc. Est. Doc. Est. Doc. Est. Doc. Est. Doc. Est. Doc.
Aprendizgem
convergente
Fa 5 1 20 2 10 1 3 1 38 5
Pouco
eficiente
Pouco
eficiente
% 13,2 20,0 52,6 40,0 26,3 20,0 7,9 20,0 100 100
Aprendizagem
divergente
Fa 14 1 19 3 3 1 2 0 38 5
Pouco
eficiente
Pouco
eficiente
% 36,9 20,0 50,0 60,0 7,9 20,0 5,2 0 100 100
Aprendizagem
assimilativa
Fa 15 1 13 2 7 1 3 1 38 5
Eficiente
Pouco
eficiente
% 39,5 39,5 20,0 34,2 40,0 20,0 7,9 20,0 100 100
Aprendizagem
acomodativa
Fa 9 9 1 18 2 1 2 1 38 5
Pouco
eficiente
Pouco
eficiente
% 23,7 20,0 47,4 40,0 23,7 20,0 5,2 20,0 100 100
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A Tabela 3 apresenta os resultados da dimensão "estilos de aprendizagem" de acordo com o
agente modulador. Para o indicador "aprendizagem convergente", os estudantes de educação
em biologia, com 56,2%, expressam que quase sempre percebem informações de maneira
concreta e são capazes de encontrar soluções práticas para seus problemas; colocando esses
resultados na categoria pouco eficiente. Por outro lado, os professores de biologia, com 40%,
afirmam que quase sempre os alunos recebem informações precisas e buscam soluções para
as situações que lhes ocorrem; colocando esses resultados na categoria pouco eficiente.
No indicador "aprendizagem divergente", 50% dos estudantes afirmam que quase sempre ofe-
recem múltiplas soluções para os problemas, mostram criatividade e geram ideias inovadoras;
colocando esses resultados na categoria pouco eficiente. Os professores, com 60%, concordam
com os alunos de que quase sempre buscam solucionar dificuldades, são criativos e inovadores;
colocando esses resultados na opção pouco eficiente.
No caso do indicador "aprendizagem assimilativa", 39,5% dos estudantes mencionam que sempre
têm a capacidade de conhecimento abstrato e se destacam na pesquisa; colocando esses resultados
na categoria eficiente. Enquanto os professores, com 40%, mencionam que os alunos quase sempre
desenvolvem esse tipo de aprendizado; colocando os resultados na opção pouco eficiente.
Com relação ao indicador "aprendizagem acomodadora", 47,4% dos estudantes de educação
em biologia afirmam que quase sempre são capazes de se adaptar rapidamente a diferentes si-
tuações, liderar e interagir socialmente; colocando esses resultados na opção pouco eficiente. Os
professores de biologia, com 40%, afirmam que quase sempre os alunos têm a capacidade de se
comunicar facilmente com seus colegas; colocando esses resultados na opção pouco eficiente.
Discussão dos resultados
Para estabelecer um referencial teórico que explique o fenômeno em estudo, é relevante partir
da concepção de Goleman sobre inteligência emocional. Ele a define como a capacidade de
perceber, compreender e regular as próprias emoções, bem como compreender e se relacionar
com sucesso com os outros. Essa capacidade auxilia na tomada de decisões bem fundamen-
tadas, na gestão eficaz do estresse e das interações interpessoais, para atingir objetivos e é
crucial para o sucesso na vida pessoal e profissional.
Ao estudar alguns indicadores da inteligência emocional, incluindo: autoconhecimento, auto-
rregulação, motivação, empatia e habilidades sociais (que são os componentes da inteligência
emocional),
Tacca et al. (2020) apontam que os professores devem ter desenvolvido esses com-
ponentes, que devem se manifestar por meio das habilidades que eles demonstram ao se re-
lacionar com os alunos e selecionar os mecanismos pedagógicos, o que eles devem alcançar
por meio de decisões assertivas em relação às estratégias e recursos que implementarão.
Nessa linha de pensamento, com relação ao indicador de autoconhecimento, os resultados
mostram que foi pouco eficiente. Isso implica que há uma fraqueza nos professores, como afir-
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mam Barragán e Trejos (2022), que é uma competência profissional essencial que os professores
devem possuir, permitindo que eles se conheçam e compreendam a si mesmos, estejam cientes
de suas motivações, necessidades, pensamentos e sentimentos, e como esses afetam o com-
portamento e as conexões que estabelecem com os outros e com o ambiente.
Para o indicador de autorregulação dos professores, os resultados diferem do que é expresso
por
Gaeta (2014), que se refere a essa capacidade como a habilidade de gerenciar e controlar
o próprio comportamento, planejar e monitorar seu aprendizado e desenvolvimento profis-
sional. Isso significa que os professores devem ser capazes de identificar suas forças e fraquezas,
estabelecer metas realistas para melhorar seu desempenho, buscar feedback e apoio e ajustar
sua prática em conformidade.
No que diz respeito à motivação dos professores, o indicador apresentou fraqueza. Isso se
opõe ao que é afirmado por
Durange (2022), pois é importante que o professor tenha moti-
vação, pois isso afeta o desempenho e a qualidade do ensino que oferecem aos alunos.
Quando um professor está motivado, comprometido e tem uma atitude positiva em relação à
instrução, aumenta o interesse e o comprometimento dos alunos. Além disso, a motivação
pode ajudar os professores a serem mais criativos e inovadores em seus métodos de ensino e
a se manterem atualizados em sua área de estudo.
De acordo com os resultados, o indicador de empatia apresentou fraqueza. Isso difere do que
é exposto por
Pincay et al. (2018), que afirmam que a empatia é fundamental para o sucesso
educacional e a aprendizagem dos alunos. Isso implica que os professores devem se colocar
no lugar dos alunos para entender seus sentimentos, pensamentos e motivações. Um relacio-
namento empático entre o professor e o aluno promove a aprendizagem significativa e reduz
os problemas de disciplina. Portanto, a empatia do professor é essencial para ajudar os alunos
a se integrarem com seus colegas e compreenderem suas necessidades.
Com relação ao indicador de habilidades sociais, ele apresentou fraquezas, sendo classificado
na opção pouco eficiente. Isso contradiz o que é expresso por
Huambachano e Huaire (2018),
que afirmam que é importante para os professores permitir que eles se conectem com seus
alunos com gentileza, respeito, empatia, humildade e confiança. Além disso, os professores
devem ter habilidades de comunicação eficaz, utilizando uma variedade de recursos, como
linguagem oral, escrita e corporal. Essas habilidades são adquiridas principalmente por meio
da aprendizagem, observação, imitação, experimentação e informações.
Nesse contexto,
Extremera et al. (2020) afirmam que as habilidades sociais e emocionais dos
professores são fundamentais para alcançar os objetivos de um ensino eficaz. Portanto, é ne-
cessário promover a inclusão emocional nas salas de aula, reconhecendo que o professor é
visto como o principal referencial das atitudes, comportamentos, sentimentos e emoções dos
alunos. Assim, eles devem construir uma conexão saudável e íntima com eles, compreender
seu estado emocional, ensiná-los a se entenderem e resolver os conflitos do dia a dia de ma-
neira conciliadora e tranquila.
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Por sua vez, Macazana et al. (2021) expressam que há uma necessidade de os professores de-
senvolverem os componentes da inteligência emocional, uma vez que eles são condutores dos
comportamentos dos estudantes. Portanto, é necessário que reconheçam nas emoções dos alu-
nos aquelas que favorecem a concentração, a motivação e todos os elementos que contribuem
para a assimilação das informações acadêmicas e melhoram os processos mentais dos alunos.
Para
Hernández e Guárate (2017), o docente, sendo o mediador entre os conhecimentos das
disciplinas que ministra e a forma como os alunos os adquirem, deve ser um modelo a ser se-
guido, já que os alunos passam muito tempo na sala de aula. A melhor maneira de facilitar a
assimilação e o desenvolvimento de sentimentos e emoções é canalizá-los por meio da imagem
de um mentor. No entanto,
Cejudo e López (2017) indicam que, para que os educandos de-
senvolvam sentimentos e habilidades emocionais associadas à inteligência emocional, eles pre-
cisam de um professor que seja seu mestre emocional.
Da mesma forma,
Acosta e Villalba (2022) destacam que, como professores, não se deve es-
quecer que uma parte significativa para o desenvolvimento de sentimentos e valores é com a
ajuda dos pais. Portanto, atividades devem ser realizadas com eles para que também possam
ser modelos para seus filhos em casa. Além disso, na escola, reuniões devem ser realizadas
com pais e filhos para conversar e sugerir um conjunto de recomendações que possam ser
aplicadas em suas casas.
Em relação aos resultados obtidos na dimensão de estilos de aprendizagem de acordo com o
agente modulador, como o aprendizado convergente, divergente, assimilativo e acomodador,
eles se apresentaram como pouco eficientes. Isso implica em fraqueza e vai contra as indicações
de
Kolb (2014), que afirma que a aprendizagem é construída a partir das experiências viven-
ciadas e das situações sociais. Ao serem combinadas, os estudantes se concentram em encon-
trar uma solução eficaz para um problema específico, em situações que envolvem lógica e
criatividade, como responder a perguntas de múltipla escolha ou resolver problemas reconhe-
cendo que têm uma solução possível.
No caso do indicador de aprendizado convergente, de acordo com os resultados apresentados,
ele é pouco eficiente. Isso contradiz as colocações de
Acevedo et al. (2016), que afirmam que
ocorre quando uma pessoa percebe informações de maneira concreta e é capaz de obter so-
luções práticas. Ele se concentra na aquisição de competências transversais e promove a par-
ticipação dos alunos em seu próprio aprendizado. Procura integrar diferentes disciplinas e
abordagens para resolver problemas complexos, desenvolvendo o pensamento crítico, a reso-
lução de problemas e a colaboração. Portanto, é necessário que os alunos trabalhem esse tipo
de aprendizado para adquirir as habilidades e competências necessárias em sua formação aca-
dêmica.
Em relação ao indicador de aprendizado divergente, segundo os entrevistados, ele apresentou
fraqueza.
Silva (2018) afirma que essa abordagem se concentra no desenvolvimento de habi-
lidades de pensamento crítico, criativo e flexível, promovendo a investigação, a engenhosidade
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e gerando múltiplas soluções em vez de buscar uma resposta correta. Essa abordagem edu-
cacional é projetada para capacitar os alunos e prepará-los para os desafios do mundo real.
Para o indicador de aprendizado assimilativo, os resultados mostram fraqueza e divergem do
que é expresso por Rodríguez (2020). Segundo ele, esse estilo implica a integração de novas
informações em esquemas mentais preexistentes, que permitem às pessoas construir conhe-
cimento e compreensão do mundo ao seu redor. Nesse sentido,
Blanco e Acosta (2023) apon-
tam que é um processo ativo em que os indivíduos tentam relacionar, argumentar e
compreender novas informações. Também lhes permite desenvolver pesquisas.
Por fim, para o indicador de aprendizado acomodador, os resultados divergem do que é ex-
presso por
Tripodoro e De Simone (2015), uma vez que esse estilo é caracterizado pelo fato de
as pessoas realizarem experimentação ativa e tarefas práticas. Portanto, os indivíduos tendem
a aprender melhor quando se envolvem em situações do mundo real, enfrentam desafios e
resolvem problemas diretamente. É um estilo adaptativo que se destaca pela capacidade de
se adaptar rapidamente a novas situações e tomar decisões rápidas com base na experiência
prática. Essencial para a aprendizagem da biologia e também muito eficaz em situações de
ritmo acelerado e que requerem respostas rápidas.
Segundo
Kolb (2014), a aprendizagem é fundamental, pois permite às pessoas se adaptarem,
melhorarem e tomarem decisões eficazes com base na experiência passada. Também lhes per-
mite enfrentar novos desafios, otimizar seu comportamento e obter os melhores resultados
em diferentes ambientes e situações. A importância do estilo de aprendizado reside em ajudar
as pessoas a entender como aprendem melhor, para que possam adaptar seu estilo ou maneira
de adquirir conhecimento. Além disso, o modelo de Kolb tem sido usado na educação para
melhorar o ensino e a aprendizagem, e para ajudar as pessoas a serem mais produtivas e a
trabalhar em equipe..
Conclusões
Uma vez analisados os resultados, é possível indicar que, de acordo com a manifestação dos
estudantes, foi evidenciado que os professores do curso de educação em biologia da Univer-
sidade do Zulia raramente apresentam os componentes da inteligência emocional, classificando
essas descobertas na categoria pouco eficiente. No caso dos docentes, eles apontam que apre-
sentam com eficiência os indicadores de autoconhecimento, empatia e habilidades sociais, mas
a autorregulação e a motivação são pouco eficientes. Esses resultados indicam que há uma
fragilidade dos professores nessa dimensão; talvez isso seja devido aos fatores sociais, econô-
micos e políticos que os docentes vivenciam atualmente.
No caso da aprendizagem de acordo com o agente modulador, os resultados apresentados
pelos estudantes de educação em biologia indicam que eles raramente adquirem conheci-
mento. Eles atribuem isso ao fato de os docentes talvez não empregarem adequadamente os
componentes da inteligência emocional e as metodologias para que os alunos possam aplicar
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as estratégias de aprendizado adequadamente, classificando esses resultados na categoria
pouco eficiente. Por sua vez, os docentes expressam que os alunos quase nunca aplicam os
estilos de aprendizado nas aulas, classificando esses resultados na opção pouco eficiente. Além
disso, eles demonstram preocupação, pois isso impacta em sua formação profissional.
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