Educação a distância: Plataformas
digitais e autonomia discente
do século XXI
Educación a distancia: plataformas digitales
y autonomía del alumnado del siglo XXI
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Custódio Cazenga Francisco
https://orcid.org/0000-0001- 9889-1128
Luanda, Angola
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(12), 109-117
ISSN Eletrônico: 2665-038X
Como citar: Francisco, C. C. (2025). Educação a distância: Plataformas digitais e autonomia discente do
século XXI. Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(12), 109-117. https://doi.org/10.59654/exkthg32
* Doutor em Ciências da Educação pela ACU - Absoulute Christian University; Mestre em Ciências Biomédicas (Se-
gurança do Trabalho) pela UNIXAVIER. Pós-Graduado (Lato Sensu) em Administração Hospitalar pela Universidade
Nova Lisboa; Graduado em Medicina pela Universidade Jean Piaget de Angola. E-mail: custodiofrancisco29.8@hot-
mail.com.
Recebido: abril / 1 / 2025 Aceito: abril / 26 / 2025
https://doi.org/10.59654/exkthg32
Resumo
Este artigo tem como objectivo Reflectir sobre Educação a distância: plataformas digitais e auto-
nomia discente do século XXI. O apresente texto consiste em uma revisão de literatura do tipo
Narrativa, e utilizamos bancos de dados científicos, para abarcar autores propostos. O intuito foi
de trazer conteúdos relevantes à temática com enfoque em várias teorias. Foi feita uma pesquisa
analítica e bibliográfica de abordagem qualitativa sobre o assunto através de livros, artigos e em
vídeos aulas dos bancos de dados como Pepsic, Scielo e Google Acadêmico. Em seguida, foi re-
alizada uma inclusão dos materiais mais relevantes, excluindo conteúdos que não diziam respeito
sobre a temática. Conclui-se que as plataformas digitais têm um grande potencial de transformar
a educação a distância do século XXI, promovendo a autonomia dos discente e transformando
o papel dos professores para a maximização dos benefícios do processo de ensino-Aprendiza-
gem.
Palavras-chave: Educação a distância, plataformas digitais, autonomia discente.
Abstract
This article examines how Information and Communication Technologies (ICT) are integrated
into transdisciplinary teaching in university education. The objective is to analyze the role of
ICT in promoting transdisciplinarity. To this end, the researcher conducted a literature review in
databases such as Scopus, Redalyc, and Scielo, using terms like "ICT," "transdisciplinary teaching,"
and "university education." The results reveal that platforms like Zoom and Moodle enable glo-
bal connectivity and resource sharing, enhancing learning and collaboration across disciplines.
The conclusions indicate that ICT serve as mediators in transdisciplinary teaching in university
education and as an integrative tool, though evidence of digital gaps persists. Universities con-
tinue training their faculty to improve digital competencies.
Keywords: Transdisciplinarity, university education, Information and Communication Technolo-
gies, integration.
Introdução
As plataformas digitais são recursos tecnológicos importante para a educação a distância via
internet que provê ferramentas para planeamento, disponibilização e gestão dos processos de
ensino- aprendizagem, envolvendo professores, autores, tutores e outros profissionais.
Considerando que a Educação a distância: plataformas digitais e autonomia discente do século
XXI, como um problema de políticas educacionais, com maior relevância nos países em de-
senvolvimento, escassez de dados publicados, foi motivo evidente do autor, para pesquisar, na
esperança de contribuir para um melhor conhecimento deste tema.
Este estudo propõe: Produzir novos conhecimentos, obter informação desconhecida para a
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solução do problema, melhoria de Saberes e práticas educativas e contribuir para ciência. A
abordagem deste tema é de suma importância por se tratar do processo de ensino e apren-
dizagem nas escolas. Sendo assim, pretende se investigar nesta pesquisa: Qual é a importância
das plataformas digitais e autonomia discente da educação a distância do século XXI?
Esta pesquisa tem como objetivo, Reflectir sobre a importância das plataformas digitais e au-
tonomia discente da educação a distância do século XXI.
Fundamentação teórica
Plataformas digitais como ferramenta para aprendizado ativo e colaborativo
As plataformas digitais desempenham um papel significativo na promoção de práticas peda-
gógicas ativas, como a aprendizagem baseada em problemas (PBL) e a gamificação, ferramen-
tas que incentivam o envolvimento e a participação ativa dos alunos no processo educacional.
A aprendizagem baseada em problemas, por exemplo, se caracteriza pela resolução de ques-
tões reais que estimulam o pensamento crítico e a análise dos alunos. Nesse contexto, as pla-
taformas digitais são utilizadas para oferecer recursos que facilitam a interação e a colaboração
entre os estudantes, proporcionando um ambiente de aprendizagem dinâmico e interativo.
Como destaca França (2021, p. 2021), “o uso de plataformas digitais em ambientes de ensino
superior tem se mostrado eficaz para promover a autonomia discente, especialmente quando
associadas a metodologias ativas como a aprendizagem baseada em problemas”. Esta citação
evidencia como as plataformas digitais, quando bem integradas, podem transformar o am-
biente educacional, permitindo que os alunos sejam protagonistas de seu aprendizado.
Além disso, a gamificação, uma abordagem pedagógica que utiliza elementos de jogos para
engajar os alunos, também se beneficia do uso de plataformas digitais. De acordo com Santos
et al. (2020, p. 88), “as plataformas digitais oferecem uma série de ferramentas que possibilitam
a aplicação da gamificação favorecendo a motivação dos alunos e promovendo um aprendi-
zado envolvente”. Essa afirmação reflete como as plataformas digitais podem ser configuradas
para integrar a gamificação, estimulando os alunos por meio de desafios, recompensas e pro-
gressões, o que torna o processo de aprendizagem interessante e interativo.
As plataformas digitais também são essenciais para a promoção da colaboração entre os alu-
nos, um aspecto fundamental das práticas pedagógicas modernas. Segundo Portes et al. (2024,
p. 112), “as redes sociais educacionais e os fóruns de discussão nas plataformas digitais funcio-
nam como espaços de interação, permitindo que os alunos compartilhem ideias, discutam con-
ceitos e trabalhem juntos na resolução de problemas”. Essas ferramentas colaborativas têm se
mostrado essenciais para criar um ambiente de aprendizagem inclusivo e participativo, onde
a troca de experiências entre os alunos é estimulada.
França e Freitas (2022, p. 145) afirmam que “as Tecnologias Digitais da Informação e Comuni-
cação (TDICs) têm o poder de redefinir a interação entre os alunos, proporcionando não apenas
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o acesso ao conteúdo, mas também oportunidades para a construção colaborativa do conhe-
cimento. Esse comentário destaca a importância das TDICs, incluindo as plataformas digitais,
na construção do conhecimento de forma colaborativa, refletindo como a aprendizagem em
rede pode ser facilitada por essas ferramentas, permitindo que os alunos trabalhem juntos,
compartilhem informações e desenvolvam suas competências.
Dessa forma, fica evidente que as plataformas digitais desempenham um papel fundamental
na criação de um ambiente de aprendizagem ativo e colaborativo. Elas não apenas oferecem
recursos para a aprendizagem baseada em problemas e gamificação, mas também propor-
cionam espaços para a colaboração entre alunos, contribuindo para o desenvolvimento de
competências essenciais para o aprendizado no século XXI.
Tecnologia e acessibilidade no processo de ensino
As plataformas digitais têm se mostrado essenciais na promoção da acessibilidade no ensino,
permitindo que alunos com diferentes necessidades educacionais tenham acesso a recursos
personalizados que atendem às suas particularidades. Segundo França (2021, p. 105), “as tec-
nologias digitais, quando utilizadas, favorecem a personalização do ensino, possibilitando que
cada aluno tenha acesso aos conteúdos de acordo com suas necessidades e ritmos de apren-
dizagem”. Essa citação destaca a capacidade das plataformas digitais de adaptar o ensino às
especificidades de cada aluno, garantindo uma educação inclusiva e acessível, que respeita as
diferenças individuais e promove a aprendizagem.
Além disso, a inclusão digital desempenha um papel fundamental na promoção da autono-
mia discente, permitindo que os alunos se tornem independentes em seu processo de apren-
dizagem. Conforme destaca Portes et al. (2024, p. 115), “a utilização das plataformas digitais
contribui para o desenvolvimento da autonomia discente, uma vez que oferece aos alunos
a liberdade de explorar conteúdos e realizar atividades de maneira autônoma, sem a neces-
sidade de supervisão constante”. Essa afirmação evidencia como as plataformas digitais
podem empoderar os alunos, proporcionando-lhes ferramentas para que assumam o con-
trole de sua aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de habilidades de autorregula-
ção.
A importância da inclusão digital também está presente nas palavras de Santos et al. (2020, p.
90), que afirmam: “as tecnologias digitais possibilitam que alunos com diferentes necessidades
educacionais acessem conteúdos de forma personalizada, o que é essencial para a promoção
da igualdade de oportunidades no processo educacional”. Essa citação reforça a ideia de que
as plataformas digitais desempenham um papel significativo na criação de um ambiente edu-
cacional equitativo, no qual todos os alunos, independentemente de suas limitações, podem
acessar o conhecimento e desenvolver suas habilidades.
A utilização de plataformas digitais na educação tem se mostrado não apenas um recurso para
adaptar o ensino às necessidades de cada aluno, mas também um caminho para a construção
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de uma educação inclusiva. Dessa forma, as plataformas digitais, ao permitirem a personaliza-
ção do ensino e a promoção da autonomia discente, tornam-se ferramentas essenciais para a
criação de um ambiente educacional acessível, inclusivo e igualitário.
Desafios e potencialidades do ensino online e híbrido
O uso de plataformas digitais no ensino remoto e híbrido tem se consolidado como uma ten-
dência crescente nas últimas décadas, especialmente após a pandemia de COVID-19. As pla-
taformas digitais oferecem uma série de benefícios, como a flexibilidade de tempo e espaço,
permitindo que os alunos acessem os conteúdos educacionais a qualquer momento e de qual-
quer lugar. No entanto, também apresentam desafios significativos. De acordo com Mattos e
Reis (2021, p. 65), “o ensino remoto e híbrido, apesar de ser uma oportunidade para a expansão
do acesso à educação, também exige mudanças nas práticas pedagógicas, na estrutura das
instituições e no perfil dos alunos e professores”. Essa citação ressalta a complexidade da tran-
sição para o ensino digital, que, embora traga inovações, também exige adaptações significa-
tivas em diversos aspectos do processo educativo.
Além disso, as plataformas digitais têm o potencial de transformar o ensino ao permitir a utili-
zação de metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em problemas e a gamificação.
No entanto, como apontado por Oliveira (2023, p. 122), “a implementação de ambientes de
aprendizagem híbridos requer a integração de diversas tecnologias, o que demanda não ape-
nas infraestrutura adequada, mas também uma mudança na forma como os professores se re-
laciona com os alunos e os conteúdos”. Esta citação evidencia a necessidade de uma
abordagem integrada e bem planejada para o sucesso das plataformas digitais no ensino hí-
brido, destacando que a simples adoção de tecnologias não é suficiente para garantir resultados
positivos.
A capacitação docente é um aspecto fundamental para o sucesso do ensino remoto e híbrido.
Como afirmam Portes et al. (2024, p. 119), “o papel do docente é central na mediação do ensino
digital, e sua capacitação contínua é essencial para o uso das plataformas digitais, de modo a
garantir que as práticas pedagógicas se mantenham alinhadas às necessidades e demandas
dos alunos”. Essa citação destaca que, além da infraestrutura tecnológica, é imperativo que os
professores estejam preparados para utilizar as plataformas, o que exige formação específica
e contínua.
Além disso, a infraestrutura tecnológica adequada é essencial para garantir a eficácia do ensino
digital. Segundo França e Freitas (2022, p. 147), “a falta de infraestrutura adequada e a carência
de suporte técnico nas instituições educacionais podem comprometer a experiência de apren-
dizagem online, limitando o acesso dos alunos às tecnologias e dificultando a implementação
de metodologias ativas”. Essa citação reforça que, para que o ensino remoto e híbrido seja
bem-sucedido, é necessário investir não apenas em plataformas digitais, mas também em re-
cursos tecnológicos e suporte técnico, para que todos os alunos tenham a mesma oportuni-
dade de aproveitar os benefícios dessas ferramentas
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Metodologia
O apresente texto consiste em uma revisão de literatura do tipo Narrativa, e utilizamos bancos
de dados científicos, para abarcar autores propostos. O intuito foi de trazer conteúdos rele-
vantes à temática sobre Educação a distância: plataformas digitais e autonomia discente do
século XXI com enfoque em várias teorias. Foi feita uma pesquisa analítica e bibliográfica de
abordagem qualitativa sobre o assunto através de livros, artigos e em vídeos aulas dos bancos
de dados como Pepsic, Scielo e Google Acadêmico.
Em seguida, foi realizada uma inclusão dos materiais mais relevantes, excluindo conteúdos que
não diziam respeito sobre a temática.
Discussão
O uso de plataformas digitais tem se mostrado uma ferramenta para promover a autonomia
discente, uma vez que permite aos alunos tomar o controle de seu próprio processo de apren-
dizagem. França (2021, p. 110) destaca que as plataformas digitais oferecem recursos que pos-
sibilitam aos alunos aprenderem no seu próprio ritmo, escolherem os conteúdos que lhes
interessam e realizarem atividades de forma independente”. Esse comentário evidencia como
as plataformas digitais podem ser um espaço de aprendizagem flexível, em que os alunos são
incentivados a se tornarem autônomos, desenvolvendo habilidades de autorregulação e inde-
pendência no processo educacional.
Além disso, Portes et al. (2024, p. 120) ressaltam que “o uso das plataformas digitais no ensino fa-
vorece a criação de ambientes que estimulam a autonomia discente, proporcionando não apenas
o acesso a conteúdos, mas também ferramentas que permitem aos alunos gerenciar seu próprio
aprendizado, com liberdade e responsabilidade”. A partir dessa citação, é possível perceber que
as plataformas digitais oferecem uma estrutura que vai além do simples acesso ao conhecimento,
estimulando os alunos a gerenciar seu tempo, definir metas de aprendizado e buscar soluções
para os desafios encontrados, elementos essenciais para o desenvolvimento da autonomia.
Oliveira (2023, p. 125) afirma que “as práticas pedagógicas mediadas por plataformas digitais
favorecem a autonomia dos alunos, principalmente quando estas são associadas a metodolo-
gias que incentivam a investigação e a resolução de problemas, como a aprendizagem baseada
em problemas (PBL)”. A associação das plataformas digitais com metodologias ativas, como a
PBL, é um exemplo claro de como as ferramentas digitais podem ser usadas para fomentar a
autonomia, ao envolver os alunos em situações de aprendizagem que exigem pensamento
crítico e a aplicação prática do conhecimento.
Exemplos de boas práticas no uso de plataformas digitais podem ser observados em várias
iniciativas educacionais que implementam essas ferramentas de maneira estratégica. Santos et
al. (2020, p. 95) destacam que “algumas plataformas, ao promoverem a interação entre os alu-
nos e ao oferecerem recursos personalizados, conseguem criar um ambiente de aprendizagem
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que estimula a autonomia e a colaboração simultaneamente”. Essa prática, por exemplo, é apli-
cada em plataformas que integram fóruns de discussão e atividades colaborativas, onde os
alunos, ao interagir com colegas, assumem papéis ativos na construção do conhecimento, ao
mesmo tempo em que desenvolvem a habilidade de aprender de forma independente.
O papel do professor na educação do século XXI tem sido transformado pela crescente inte-
gração das plataformas digitais no processo de ensino aprendizagem. Segundo Santos et al.
(2020, p. 92), “o papel do professor, ao mediar o uso das plataformas digitais, vai além de ser
um simples transmissor de conhecimento, tornando-se um facilitador que orienta os alunos
em sua jornada de aprendizagem autônoma”. Essa mudança na função do docente reflete a
necessidade de adaptação a novos modelos pedagógicos, onde o ensino não é centrado no
professor, mas sim nos alunos e em suas interações com as tecnologias.
Além disso, a transformação do papel do professor também envolve o equilíbrio entre a me-
diação e a autonomia do aluno. França (2021, p. 112) destaca que embora as plataformas digitais
proporcionem recursos para os alunos, cabe ao professor orientar o uso dessas ferramentas
de forma estratégica, garantindo que o aluno mantenha sua autonomia, mas sem perder a
orientação pedagógica necessária”. Esse equilíbrio é fundamental para que a autonomia do
aluno seja desenvolvida, sem que o professor perca seu papel essencial como guia e orientador
no processo de aprendizagem. A mediação docente, nesse sentido, é uma peça chave para o
sucesso do uso das plataformas digitais, pois ela proporciona o suporte necessário para que o
aluno explore as ferramentas digitais, ao mesmo tempo em que é incentivado a assumir a res-
ponsabilidade pelo seu aprendizado.
A importância desse equilíbrio também é ressaltada por Oliveira (2023, p. 128), que afirma: “o
uso das plataformas digitais requer que o professor esteja ajustando sua atuação, alternando
momentos de mediação ativa com momentos de maior autonomia para os alunos, o que exige
uma flexibilidade e adaptação constantes”. A citação demonstra que o professor não deve ape-
nas adaptar sua prática pedagógica ao novo contexto tecnológico, mas também estar prepa-
rado para alternar entre diferentes estilos de ensino, conforme as necessidades de seus alunos.
A flexibilidade do professor em seu papel mediador é, portanto, um aspecto central para o su-
cesso da implementação das tecnologias educacionais.
A implementação de plataformas digitais no contexto educacional enfrenta uma série de de-
safios, tanto em relação à infraestrutura necessária quanto à capacitação dos professores e alu-
nos. A infraestrutura tecnológica, ou a falta dela, é um dos principais obstáculos. Como afirmam
Mattos e Reis (2021, p. 67), “a adoção de plataformas digitais requer uma infraestrutura robusta
que garanta o acesso contínuo e sem falhas às ferramentas de aprendizagem, o que nem sem-
pre é possível em muitas escolas, especialmente nas periféricas ou com menos recursos”. A ci-
tação evidencia que a qualidade do acesso às tecnologias educacionais é um fator determinante
para o sucesso da implementação das plataformas digitais. A falta de equipamentos adequados,
conexões de internet instáveis e a carência de suporte técnico são problemas recorrentes que
dificultam a integração plena das tecnologias no processo educativo.
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Outro desafio significativo está relacionado à capacitação dos professores. De acordo com Por-
tes et al. (2024, p. 123), “os docentes precisam ser capacitados de forma contínua para utilizar
as plataformas digitais, pois a simples introdução de novas tecnologias não garante a melhoria
da qualidade do ensino. Essa citação destaca a importância da formação docente, não apenas
para o uso das plataformas digitais, mas também para a adaptação pedagógica necessária
para integrar essas ferramentas de forma significativa no processo de ensino-aprendizagem.
A capacitação não se limita ao aspecto técnico, mas também envolve o desenvolvimento de
competências pedagógicas específicas para o uso de metodologias inovadoras.
Além disso, a resistência à mudança é outro desafio importante. França (2021, p. 115) observa
que “muitos professores enfrentam dificuldades em adotar novas tecnologias devido à resis-
tência natural a mudanças, especialmente quando essas tecnologias implicam em uma mu-
dança no modelo tradicional de ensino. A resistência pode ser entendida como um reflexo da
insegurança dos educadores em relação às novas ferramentas, bem como a falta de experiência
prévia com o ensino digital. Esse cenário exige um apoio das instituições de ensino, tanto no
aspecto da formação, quanto no apoio psicológico e pedagógico durante a transição para o
uso das tecnologias digitais. Por fim, a adaptação dos alunos também representa um desafio
relevante.
De acordo com Oliveira (2023, p. 130), “os alunos, por mais que estejam familiarizados com o
uso de tecnologias em seu cotidiano, nem sempre sabem utilizá-las de forma produtiva no
contexto educacional, o que exige uma orientação específica por parte dos professores”. Essa
citação destaca que, embora os alunos sejam nativos digitais, o simples fato de estarem habi-
tuados a tecnologias no dia a dia não significa que saibam usá-las para fins educacionais. A
adaptação ao uso de plataformas digitais exige que tanto professores quanto alunos se envol-
vam em um processo contínuo de aprendizagem.
Las TIC impulsan un modelo educativo transdisciplinario, alejándose de enfoques disciplinares
hacia una visión global del saber. Plataformas como edX o Khan Academy democratizan el acceso
a cursos interdisciplinarios, preparando a los estudiantes para un mundo complejo. Este cambio
de paradigma, potenciado por la tecnología, responde a las necesidades de innovación educativa.
Considerações finais
Ao reunir, de forma organizada e sequenciada, um vasto conjunto de informação relativo a
temas essenciais sobre Educação a distância: plataformas digitais e autonomia discente do sé-
culo XXI, permitir-se-á que o tempo consumido pelos pesquisadores de informação – base
possa ser, agora, utilizado como vantagem de aprofundamento adicional em atividades refle-
xivas.
Em temas desta complexidade, torna-se difícil, por vezes, definir onde se situa o nível de infor-
mação suficiente para iluminar as situações educativas e fundamentar as práticas. Assim, sem
perda da noção de equilíbrio, as equipas de autores optaram por seguir um critério de alguma
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sistematicidade, de modo a permitir o acesso a diversas abordagens conceptuais e metodoló-
gicas através das diversas correntes do pensamento didático e pedagógico.
Conclui-se que as plataformas digitais têm um grande potencial de transformar a educação a
distância do século XXI, promovendo a autonomia dos discente e transformando o papel dos
professores para a maximização dos benefícios do processo de ensino-Aprendizagem.
Espera-se que a partir desta, pesquisa, os professores das áreas afins tenham melhor entendi-
mento sobre o tema, uma visão técnica e cientifica mais abrangente. Estudos futuros serão ne-
cessários para dar continuidade á este estudo.
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