Educomunicação: abordagem dialógica
para inovar a prática docente
Educomunicación: enfoque dialógico para
innovar la práctica docente
87
Lisset Márquez Martínez
https://orcid.org/0000-0001-8667-8354
El Piñal, estado Táchira / Venezuela
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(12), 87-107
ISSN Eletrônico: 2665-038X
Como citar: Andrade, O. D. J., Márquez, M. L. y Quevedo, B. J. M. (2025). Educomunicação: abordagem
dialógica para inovar a prática docente. Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(12), 87-107.
https://doi.org/10.59654/8pgbxs47
* M. Sc. em Educação. Pesquisadora da Universidad Autónoma del Caribe, vinculada ao Programa Todos a Aprender
do Ministério da Educação Nacional da Colômbia, área de Qualidade do Departamento do Magdalena. Universidad
Autónoma del Caribe. E-mail de contato: delmyjanethandrade@gmail.com
** M. Sc. em Educação. Pesquisadora da Universidad Autónoma del Caribe, Docente vinculada à Instituição Luis
Carlos Galán Sarmiento, Plato, Departamento do Magdalena – Colômbia. Universidad Autónoma del Caribe. E-
mail de contato: Lissetmarquez@hotmail.com
*** M. Sc. em Educação. Pesquisador da Universidad Autónoma del Caribe, Docente vinculado à área de Gestão Di-
retiva da Instituição Luis Carlos Galán Sarmiento, Plato, Departamento do Magdalena – Colômbia. Universidad
Autónoma del Caribe. E-mail de contato: quevedoborreroj@gmail.com
Recebido: abril / 8 / 2025 Aceito: abril / 26 / 2025
https://doi.org/10.59654/8pgbxs47
Delmy Janeth Andadre Oviedo
https://orcid.org/0000-0001-6264-749X
El Piñal, estado Táchira / Venezuela
Jorge Miguel Quevedo Borrero
https://orcid.org/0000-0001-8130-701X
El Piñal, estado Táchira / Venezuela
Resumo
Este estudo teve como objetivo estabelecer a importância da Educomunicação como aborda-
gem dialógica para inovar a prática docente. Foi abordado a partir de cinco dimensões teóricas:
educativa, comunicativa, midiática, social e tecnológica. A metodologia correspondeu a uma
revisão documental de teorias e abordagens anteriores. Para esse fim, foram selecionados 42
documentos sobre temas de educomunicação, inovação educativa e a integração de tecnolo-
gias na sala de aula; foram utilizados critérios de inclusão como: acesso aberto, publicados
entre os anos de 2010 e 2024, em inglês e espanhol. Utilizou-se análise de conteúdo e síntese
teórica. Os resultados mostraram que a educomunicação promove uma aprendizagem parti-
cipativa e crítica, incentiva o ensino para o empoderamento e a formação de cidadãos capazes
de analisar, questionar e produzir conteúdo ético. Concluiu-se que é necessário que os docentes
redesenhem suas práticas a partir da abordagem educomunicativa, com experiências de apren-
dizagem dinâmicas e inclusivas que contribuam para o desenvolvimento do conhecimento co-
letivo.
Palavras-chave: Educomunicação, abordagem dialógica, inovação, prática docente.
Resumen
Este estudio tuvo como objetivo establecer la importancia de la Educomunicación como enfoque
dialógico para innovar la práctica docente, se abordó desde cinco halos teóricos: educativo, co-
municativo, mediático, social y tecnológico. La metodología correspondió a revisión documental
de teorías y enfoques previos. Para este fin, se seleccionaron 42 documentos, sobre temas de
educomunicación, innovación educativa y la integración de tecnologías en el aula; se utilizaron
criterios de inclusión como: acceso abierto, publicados entre los años: 2010 y 2024, en inglés y
español. Se empleó análisis de contenido y síntesis teórica. Los resultados mostraron que la edu-
comunicación fomenta un aprendizaje participativo y crítico, promueve la enseñanza para el em-
poderamiento y la formación de ciudadanos capaces de analizar, cuestionar y producir contenido
ético. En conclusión, se resaltó la necesidad de que los docentes rediseñen sus prácticas desde el
enfoque educomunicativo, con experiencias de aprendizaje dinámicas e incluyentes que contri-
buyan desarrollar conocimiento colectivo.
Palabras clave: Educomunicación, enfoque dialógico, innovación, práctica docente.
Introdução
Atualmente, observam-se fragilidades significativas nos processos educativos, sendo um desses
problemas a resistência à mudança na cultura escolar e na comunidade educativa em geral.
Nesse sentido, Gozálvez e Contreras (2014) apontam que a inovação no ensino frequentemente
enfrenta tradições e atitudes que preferem métodos convencionais, o que limita a implemen-
tação de práticas mais participativas e colaborativas. Enquanto isso, Álvarez e Suárez (2023)
sustentam que a diversidade na sala de aula apresenta o desafio de adaptar a inovação para
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Educomunicação: abordagem dialógica para inovar a prática docente
que seja inclusiva e responda às diferentes realidades sociais e culturais dos estudantes. Daí
que a falta de uma cultura de trabalho em equipe também dificulta a adoção de metodologias
que promovam a colaboração e a interação social, como a aprendizagem baseada em projetos
ou a aprendizagem colaborativa.
Dentro dessa linha de pensamento, Aguaded e Martín (2013) destacam que um dos maiores
problemas enfrentados pelos sistemas educacionais atualmente é a comunicação unidirecional
que ainda prevalece em muitos contextos educativos. Isso cria uma barreira que impede o diá-
logo entre professores e alunos, limitando o desenvolvimento de habilidades de pensamento
crítico e de expressão pessoal nos alunos.
Para Barbas et al. (2013), a falta de habilidades comunicativas por parte de alguns professores
para lidar com a diversidade de opiniões e perspectivas na sala de aula também pode dificultar
um ambiente de abertura e respeito, necessário para que a inovação na prática docente pros-
pere. Além disso, existe o desafio de fomentar uma comunicação autêntica em ambientes vir-
tuais, que às vezes são percebidos como impessoais e distantes.
De acordo com Lara (2016), a educação hoje enfrenta problemas que se originam na falta
de integração adequada dos meios de comunicação no processo de ensino-aprendizagem.
Daí que muitos docentes utilizam os meios digitais de maneira superficial, sem aproveitar
seu potencial para desenvolver o pensamento crítico e a alfabetização midiática nos estu-
dantes.
Segundo Caballero (2022), a superexposição a conteúdos digitais e a falta de estratégias para
filtrar e analisar criticamente as informações dificultam que os estudantes desenvolvam uma
compreensão profunda e responsável dos meios. Isso destaca a necessidade de capacitar tanto
professores quanto alunos em habilidades de análise da informação e no uso ético e consciente
dos meios.
Cabe destacar que, segundo Hergueta (2017), no âmbito educacional, um dos problemas mais
comuns enfrentados é a rigidez nos enfoques e métodos de ensino tradicionais, já que a ino-
vação requer flexibilidade nos conteúdos e nos métodos pedagógicos, mas as limitações cu-
rriculares e as avaliações padronizadas podem restringir a capacidade dos professores de
experimentar novas estratégias.
Por sua vez, Gil e Marzal (2023) destacam que a falta de formação contínua e de atualização
profissional em enfoques pedagógicos inovadores faz com que alguns professores não tenham
as ferramentas ou o conhecimento necessário para transformar suas práticas de maneira efetiva.
Isso limita a possibilidade de criar ambientes de aprendizagem que sejam realmente adaptati-
vos, centrados no estudante e em seus interesses.
No entanto, Aguaded e Martín (2013) afirmam que o principal problema que afeta os pro-
cessos educativos atualmente é a brecha digital, que afeta tanto professores quanto alunos
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e suas famílias, pois nem todos os docentes têm acesso à tecnologia ou as habilidades di-
gitais necessárias para integrá-la de maneira eficaz em suas práticas. Da mesma forma, a
infraestrutura tecnológica em algumas instituições é insuficiente ou pouco acessível, o que
restringe a implementação de ferramentas tecnológicas que poderiam enriquecer a apren-
dizagem.
Segundo Guzmán e Castillo (2022), também existe o risco de um uso descontextualizado da
tecnologia, no qual se utilizam dispositivos e aplicativos sem um propósito pedagógico claro,
o que pode gerar distrações em vez de potencializar a aprendizagem. Tudo isso mostra que a
educação atual está marcada por desafios que até hoje não foram superados (Bonilla del Río
et al., 2018).
Nesse sentido, Koffermann (2023) considera que um dos problemas é a falta de envolvimento
dos estudantes no processo educativo, já que os métodos tradicionais costumam se centrar
na transmissão unidirecional do conhecimento, o que limita o desenvolvimento de habilidades
críticas e comunicativas nos estudantes, que necessitam de mais espaços para expressar suas
ideias, questionar e refletir.
Para Feltrero et al. (2023), existem dificuldades relacionadas à escassa incorporação das novas
tecnologias da informação e comunicação (TIC) no ensino, de forma que se aproveite seu po-
tencial para fomentar a interação e o diálogo. Em muitos casos, as TIC são utilizadas apenas
como ferramentas de apoio, sem promover verdadeiras experiências de aprendizagem cola-
borativa, o que reduz sua efetividade no desenvolvimento de competências digitais e de co-
municação.
Nesse sentido, Downer et al. (2015) expõem que alguns professores encontram dificuldades
para adaptar suas práticas às necessidades dos estudantes atuais, que requerem uma educação
mais dinâmica, participativa e significativa. Por isso, López et al. (2023) propõem que a falta de
formação em enfoques inovadores, como a educomunicação, limita a capacidade dos docentes
para transformar suas aulas em espaços de diálogo e coprodução de conhecimento, adaptado
aos interesses e contextos dos alunos.
Segundo González et al. (2024), persistem problemas de comunicação entre professores e alu-
nos, o que afeta a construção de relações baseadas na confiança e no respeito mútuo. Isso di-
ficulta que os estudantes se sintam ouvidos e valorizados na sala de aula, o que é fundamental
para uma educação inclusiva e democrática. Finalmente, a falta de inovação pedagógica afeta
a motivação e o interesse dos alunos, que podem ver a educação como algo distante de sua
realidade (Arranz et al., 2024). Por tudo isso, considera-se que este estudo permitirá explorar
como uma abordagem de educomunicação dialógica pode transformar as práticas docentes,
tornando a aprendizagem mais relevante e acessível, e promovendo uma educação na qual
os estudantes se sintam protagonistas de seu próprio processo formativo.
Nesse sentido, Aguaded e Pena (2013) propõem que a educomunicação tem uma importância
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crescente na atualidade devido à sua capacidade de responder às necessidades de uma edu-
cação mais participativa, inclusiva e orientada para o desenvolvimento integral dos estudantes,
já que essa abordagem integra a comunicação na educação, promovendo práticas pedagógicas
que fomentam o diálogo, o pensamento crítico e a construção coletiva do conhecimento, as-
pectos-chave em um mundo onde os estudantes estão expostos a um fluxo constante de in-
formação por meio de múltiplos meios e plataformas.
Cabe destacar que, nas instituições educativas colombianas, observa-se falta de motivação e
participação dos estudantes no processo de aprendizagem. Em muitos casos, os métodos tra-
dicionais de ensino, que se centram na transmissão de conhecimentos de forma unidirecional,
geram desinteresse e uma baixa capacidade para refletir e expressar opiniões, limitando a par-
ticipação e o desenvolvimento do pensamento crítico. Em nível social, é comum observar que
alguns estudantes enfrentam dificuldades para colaborar e trabalhar em equipe, o que pode
estar relacionado à falta de metodologias que promovam a interação e a convivência na sala
de aula. Isso gera um ambiente de aprendizagem onde predomina a competição individual e,
em alguns casos, manifestam-se conflitos entre os alunos, dificultando uma cultura de respeito
e cooperação.
Da mesma forma, um dos sintomas recorrentes é a pouca comunicação entre professores e
alunos, e a tendência dos docentes de monopolizar o discurso na sala de aula. Isso cria uma
barreira que impede a criação de um ambiente de confiança e respeito mútuo, onde os estu-
dantes possam se sentir seguros para expressar suas ideias e experiências.
Do mesmo modo, alguns docentes mostram limitações no manejo de dinâmicas de comuni-
cação bidirecional, o que pode levar os estudantes a se sentirem incompreendidos ou desmo-
tivados, afetando a relação entre ambos. Também se observa que muitos docentes e estudantes
carecem de habilidades para analisar e utilizar de maneira crítica os meios e a informação
digital. A falta de uma alfabetização midiática adequada dificulta que os estudantes desenvol-
vam a capacidade de discernir entre informação verdadeira e desinformação, e muitos docentes
não integram esses temas em suas aulas, desperdiçando o potencial dos meios como ferra-
mentas para a aprendizagem crítica e contextual.
Do mesmo modo, observa-se pouca adaptação às necessidades dos estudantes e uma au-
sência de metodologias que respondam aos seus interesses e realidades. Isso se traduz em es-
tudantes que não encontram sentido ou relevância no que aprendem e que, por isso, não se
envolvem de maneira significativa em seu processo de aprendizagem. Além disso, observa-se
uma escassa formação contínua dos docentes em enfoques pedagógicos inovadores, o que li-
mita a capacidade das instituições para responder às demandas de uma educação moderna e
adaptada aos tempos atuais.
Finalmente, no âmbito tecnológico, persiste uma notável brecha digital. Daí que muitos estu-
dantes e docentes não têm acesso a dispositivos tecnológicos nem à conectividade necessária,
o que dificulta o uso de recursos digitais na aprendizagem. Nos casos em que existem recursos
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tecnológicos, observa-se que, muitas vezes, são utilizados de maneira básica ou como apoio
superficial ao ensino tradicional, sem aproveitar todo o seu potencial pedagógico. Essa situação
limita a possibilidade de que tanto docentes como estudantes desenvolvam competências di-
gitais e habilidades práticas para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais digitalizado.
Por tudo isso, neste estudo propôs-se estabelecer a importância da Educomunicação como
abordagem dialógica para inovar a prática docente a partir de cinco dimensões teóricas fun-
damentais: educativa, comunicativa, midiática, social e tecnológica.
Metodología
O presente estudo seguiu os procedimentos de uma revisão documental, o que implica que
se baseia na coleta, revisão e análise de documentos existentes, tais como livros, artigos cien-
tíficos, dissertações de mestrado e teses de doutorado, entre outros (Arias, 2016). Essa abor-
dagem é útil para consolidar informações sobre um tema específico sem a necessidade de
realizar pesquisas primárias. Através da revisão de documentos prévios, o estudo busca esta-
belecer uma base teórica sólida, identificar tendências, padrões e lacunas no conhecimento
existente. Neste caso, foram selecionados 42 documentos relevantes sobre temas como ino-
vação educativa, educomunicação, estratégias pedagógicas e a integração de tecnologias na
sala de aula, todos produzidos por fontes acadêmicas reconhecidas.
Nesse sentido, os documentos foram selecionados seguindo certos critérios de inclusão.
Foram incluídos apenas livros acadêmicos, artigos científicos revisados por pares e teses que
tratassem de maneira direta os temas relacionados à inovação no ensino, à educomunicação
e às estratégias de ensino tecnológico. Os documentos deviam ser publicados entre os anos
de 2010 e 2024 para garantir a atualidade das informações. Além disso, foram considerados
apenas documentos em espanhol ou inglês, a fim de facilitar sua compreensão e acessibili-
dade.
Para a busca dos documentos, foram utilizadas palavras-chave como “inovação pedagógica”,
educomunicação, “práticas docentes inovadoras”, “tecnologia educativa” e “estratégias de en-
sino, entre outras, que foram inseridas em diversas bases de dados acadêmicas, como Google
Scholar, Scopus, ERIC e JSTOR. Essa seleção de palavras-chave permitiu encontrar documentos
relevantes que cobrissem de forma abrangente os temas centrais da pesquisa, garantindo que
os artigos, livros e teses fossem pertinentes ao objeto de estudo.
A análise das informações obtidas dos documentos foi realizada utilizando diversas técnicas. A
principal foi a análise de conteúdo, que permitiu uma revisão detalhada dos textos, identificando
os temas, enfoques e tendências recorrentes em relação à inovação pedagógica e à educo-
municação. As informações relevantes foram categorizadas e comparadas entre os diferentes
enfoques encontrados, o que permitiu identificar semelhanças e diferenças-chave. Além disso,
utilizou-se uma técnica de síntese teórica, na qual foram agrupadas as principais ideias dos
documentos revisados, construindo uma narrativa coerente que resumisse os achados mais
importantes.
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Resultados e discussão
A seguir, apresenta-se uma análise da revisão documental a partir das cinco dimensões teóricas
fundamentais.
Tabela 1
Análise da dimensão educativa
Educomunicação: abordagem dialógica para inovar a prática docente
Halo teórico Autores Teoria
Contribuições para a
educomunicação
dialógica
Impacto na inovação
docente
Educativo
Martini
(2020)
Aponta a possibili-
dade de uma integra-
ção entre a
educomunicação e
outras áreas, como a
tecnologia ou a peda-
gogia, abrindo o diá-
logo sobre como a
comunicação e a edu-
cação se inter-relacio-
nam em um contexto
mais amplo.
Apresenta uma crítica
aos enfoques tradicio-
nais, abre o diálogo
sobre a interseção da
educomunicação com
outros campos como a
tecnologia e a pedago-
gia.
Sua abordagem con-
tribui para integrar
múltiplas perspecti-
vas no processo edu-
cativo, promovendo
flexibilidade e adap-
tação às novas reali-
dades.
Medina
(2024)
Alude à transforma-
ção das formas de in-
teração e
comunicação, promo-
vendo um paradigma
inclusivo e contextuali-
zado nas realidades
latino-americanas.
A educação humanista
conecta emoções para
mobilizar aprendiza-
gens.
Permite assumir a
inovação a partir da
perspectiva da diver-
sidade dos estudan-
tes.
García et al.
(2024)
Explora a importância
das emoções nos pro-
cessos educativos, es-
pecificamente no
ensino, e também
aborda como a edu-
comunicação não se
trata apenas de con-
teúdos informativos.
Sugere que o vínculo
emocional na sala de
aula facilita uma cone-
xão significativa com os
conteúdos. Valoriza a di-
mensão emocional, fa-
vorecendo uma
experiência educativa
mais humana e com-
preensiva.
A educação huma-
nista conecta emo-
ções para mobilizar
aprendizagens.
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Tabela 1 (cont.)
Nota: Elaboração própria (2025).
A Tabela 1 apresenta a perspectiva educativa a partir do enfoque de vários autores. Nesse sen-
tido, Martini (2020) considera que a educomunicação se apresenta como uma crítica aos en-
foques tradicionais, destacando seu potencial para integrar e dialogar com outros campos
Halo teórico Autores Teoría
Contribuições para a
educomunicação
dialógica
Impacto na inovação
docente
Miranda &
Sandoval
(2024)
Propõem a expan-
são da educação
para além da sala de
aula tradicional,
abordando tanto os
contextos formais
quanto informais da
educação.
Na prática docente,
essa abordagem im-
pulsiona a inovação ao
desafiar as barreiras fí-
sicas da educação e
fomentar uma conti-
nuidade educativa por
meio de diversas pla-
taformas e espaços de
interação.
As barreiras educa-
cionais podem ser
superadas na me-
dida em que se
combinem contex-
tos formais e infor-
mais e se
introduzam inova-
ções nos espaços
de interação.
Anaguano
(2024)
Aborda os desafios e
oportunidades que
sua integração nos
currículos apresenta
e como influencia o
ensino e a aprendi-
zagem.
Essa abordagem dialó-
gica ajuda os docentes
a organizar seus méto-
dos de ensino de
forma flexível e contex-
tualizada, permitindo a
adaptação às mudan-
ças e favorecendo a
inovação educativa de
acordo com as neces-
sidades sociais.
A integração curri-
cular reconfigura e
otimiza o ensino ao
mesmo tempo em
que melhora a inte-
ração.
Pac (2024)
Oferece uma refle-
xão filosófica sobre a
educomunicação em
um contexto pós-
humano; a tecnolo-
gia e as novas
formas de comuni-
cação redefinem o
processo educativo.
Enfatiza a reflexão
como via para a re-
definição das práti-
cas de ensino.
O aumento do
uso de tecnolo-
gias, em todas as
dimensões da vida
moderna, obriga a
migrar para novos
sistemas de parti-
cipação e comuni-
cação.
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como a tecnologia e a pedagogia. Essa interseção abre um espaço para que a educomunicação
impulsione práticas docentes mais flexíveis e adaptativas, o que responde às demandas cam-
biantes da sociedade contemporânea. Seu enfoque dialógico permite uma maior variedade
de perspectivas, propiciando um ensino que não apenas se adapta à mudança, mas que tam-
bém desafia os educadores a questionar e renovar constantemente seus métodos.
Por sua vez, Medina (2024) contribui para o enfoque dialógico promovendo uma pedagogia
inclusiva que atenda às diversidades culturais e sociais na sala de aula, especialmente dentro
dos contextos latino-americanos. Ao fomentar nos docentes uma sensibilidade em relação às
realidades locais de seus estudantes, Medina ajuda a construir um marco de inovação no qual
as práticas pedagógicas se contextualizam e se adaptam às necessidades particulares de cada
comunidade, o que faz com que a aprendizagem seja mais relevante e significativa para os es-
tudantes.
Do mesmo modo, a perspectiva de García et al. (2024) enfatiza a importância das emoções
nos processos educativos. Esse enfoque não apenas ressalta o valor dos conteúdos informativos,
mas também das conexões emocionais que podem ser estabelecidas na sala de aula por meio
da Educomunicação, pois ao integrar o componente emocional no ensino, os docentes podem
inovar em suas práticas ao criar um ambiente de aprendizagem que reconheça a dimensão
emocional, facilitando uma experiência educativa mais humana e participativa.
Da mesma forma, Miranda e Sandoval (2024) propõem a expansão da educação para além da
sala de aula tradicional, explorando tanto contextos formais quanto informais. Esse enfoque
dialógico impulsiona a inovação docente ao permitir uma educação contínua e expandida que
se apoia em plataformas digitais e outros espaços de interação, já que, ao desafiar as barreiras
físicas da escola, esse enfoque permite que a aprendizagem se mantenha ativa e acessível fora
da sala de aula, propiciando um modelo educativo no qual a comunicação se adapta às ne-
cessidades e contextos de cada estudante.
De acordo com Anaguano (2024), os desafios e oportunidades que a educomunicação apre-
senta dentro dos currículos escolares promovem uma estrutura pedagógica que se adapta às
demandas atuais. Seu enfoque dialógico oferece aos docentes ferramentas para configurar
suas práticas de modo que a aprendizagem seja contextualizada e aberta à diversidade de ex-
periências e necessidades. Esse enfoque se converte em um motor de inovação docente, pois
permite que os métodos de ensino evoluam em função das mudanças sociais e educativas.
Finalmente, Pac (2024) oferece uma reflexão filosófica sobre a educomunicação em um contexto
pós-humano, explorando como a tecnologia redefine o processo educativo. Esse enfoque de-
safia os docentes a considerar o papel da tecnologia não apenas como uma ferramenta, mas
como uma nova forma de interação e comunicação. Esse enfoque dialógico promove uma
inovação que integra a análise crítica e ética da tecnologia, preparando os estudantes para um
ambiente digital cada vez mais complexo e que exige uma postura reflexiva no uso das ferra-
mentas e meios tecnológicos na aprendizagem.
Educomunicação: abordagem dialógica para inovar a prática docente
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Tabela 2
Análise da dimensão comunicativa
Nota: Elaboração própria (2025).
Halo teórico Autores Teoria
Contribuições para a
educomunicação
dialógica
Impacto na inovação
docente
Leite (2013)
Explora a influência do
pensamento de Paulo
Freire na educomuni-
cação; o diálogo e a
participação são fun-
damentais na comuni-
cação educativa.
Incorporar os princípios
do pensamento de
Paulo Freire, que enfatiza
o diálogo e a participa-
ção.
Reconhecimento
mútuo entre docente
e estudante como su-
jeitos do conheci-
mento.
Comunicativo
Díaz et al.
(2024)
Aborda como a educo-
municação pode fo-
mentar o compromisso
cívico entre os jovens
em contextos socioe-
conômicos desfavore-
cidos.
Contribui para a educo-
municação dialógica ao
utilizar ferramentas co-
municativas que desen-
volvem o senso de
pertencimento e respon-
sabilidade social nos es-
tudantes.
Transitar para o papel
do docente como fa-
cilitador da aprendi-
zagem e da
cidadania.
Palios et al
(2024)
A educomunicação
como uma ferramenta
para fortalecer o senso
de pertencimento e a
responsabilidade so-
cial, especialmente
entre os jovens que en-
frentam desafios parti-
culares.
Educomunicação como
recurso para promover a
coesão social e o com-
promisso cívico entre jo-
vens em contextos de
vulnerabilidade.
Promove em sala de
aula uma dinâmica de
aprendizagem em
que se destaca a im-
portância dos valores
e do compromisso
social.
Morales et al
(2024).
A educomunicação
como mecanismo de
transformação do-
cente. Oferece estra-
tégias para abordar a
diversidade em sala
de aula e promover
um ambiente inclusivo
na educação primária.
A educomunicação dia-
lógica pode fortalecer a
prática inclusiva dos do-
centes ao lhes propor-
cionar estratégias para
lidar com a diversidade
em sala de aula.
A inovação contribui
com uma variedade
de perspectivas para
integrar materiais.
Cerna et al
(2024)
Apresenta uma revisão
sobre a relevância da
educomunicação
como uma prática
contemporânea no
campo .
Apresenta a educomu-
nicação como uma prá-
xis vigente e necessária
na era digital, abor-
dando a importância da
comunicação crítica e
dialógica na formação
de cidadãos digitais res-
ponsáveis.
Esse enfoque torna-
se um fator de ino-
vação, desafiando os
educadores a atuali-
zarem suas práticas
para incluir a análise
crítica dos meios e
da tecnologia.
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(12), 87-107
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A Tabela 2 apresenta informações sobre a dimensão comunicativa, observando-se que a edu-
comunicação se consolida como uma abordagem dialógica fundamental na inovação da prática
docente, permitindo que a educação evolua para um processo colaborativo e crítico. Citando
autores na teoria e prática educomunicativa, é possível identificar cinco enfoques fundamentais
— comunicativo, cívico, inclusivo, de pertencimento e de transformação digital — que aportam
perspectivas únicas e complementares sobre como a educomunicação pode revolucionar o
papel do docente e a aprendizagem na sala de aula.
Seguindo os princípios do pensamento de Paulo Freire, Leite (2013) ressalta a importância do
diálogo e da participação, elementos que são o núcleo do enfoque comunicativo na educo-
municação. Para Freire, a educação deve ser um processo de libertação e empoderamento,
onde docentes e estudantes se reconhecem mutuamente como sujeitos do conhecimento, o
que transforma a relação educativa em um espaço colaborativo e significativo. Esse enfoque
incentiva a inovação docente ao promover um ambiente no qual o diálogo constante e a cons-
trução coletiva do conhecimento são pilares essenciais para a aprendizagem.
A partir do enfoque cívico, Díaz et al. (2024) destacam como a educomunicação pode fomentar
o compromisso cívico entre jovens em contextos desfavorecidos, reforçando o senso de per-
tencimento e responsabilidade social. Na prática docente, essa perspectiva se traduz na capa-
cidade dos educadores para se tornarem facilitadores que integram temas de relevância social
na sala de aula, promovendo a participação comunitária e fortalecendo nos estudantes uma
consciência cívica e um compromisso com seu entorno social.
Por sua vez, Palacios et al. (2024) ampliam esse enfoque e destacam a educomunicação como
uma ferramenta que contribui para a coesão social e o compromisso cívico. Esse enfoque pro-
move na sala de aula uma dinâmica que ressalta os valores e a importância do compromisso
social, permitindo que os estudantes desenvolvam uma consciência crítica e participativa. A
prática docente se transforma ao centrar a aprendizagem não apenas em conteúdos acadê-
micos, mas no desenvolvimento de uma cidadania crítica.
Morales et al. (2024) destacam o papel da educomunicação na capacitação e desenvolvimento
profissional dos docentes, com foco na inclusão educativa. A proposta desses autores se orienta
a oferecer aos docentes ferramentas educomunicativas para abordar a diversidade na sala de
aula, promovendo um ambiente inclusivo e dialógico no contexto da educação primária. Esse
enfoque impulsiona a inovação docente ao permitir que os educadores adaptem suas práticas
para integrar uma variedade de perspectivas, o que favorece a inclusão e a aprendizagem de
todos os estudantes.
Finalmente, Cerna (2024) explora a relevância da educomunicação em um mundo digitalizado,
destacando sua pertinência na formação de cidadãos digitais responsáveis. Nesse enfoque, a
educomunicação não apenas defende o uso das tecnologias, mas também uma reflexão crítica
sobre elas, incentivando uma postura ética no uso dos meios digitais. Para os docentes, esse
enfoque implica atualizar seus métodos para integrar a análise crítica dos meios e da tecnologia,
Educomunicação: abordagem dialógica para inovar a prática docente
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o que facilita que os estudantes desenvolvam tanto habilidades técnicas quanto uma com-
preensão ética de sua participação na sociedade digital.
Tabela 3
Análise da dimensão midiática
Halo teórico Autores Teoria
Contribuições para a
educomunicação
dialógica
Impacto na inovação
docente
Mediático
Santos et al.
(2023)
Explora a educo-
municação na era
da hiperconectivi-
dade, propondo
uma educação
orientada para a li-
berdade e a cida-
dania crítica. A
sobrecarga de in-
formação requer
capacidades para
questionar e anali-
sar conteúdos das
mensagens.
Seu enfoque destaca o
potencial da educo-
municação para em-
poderar os indivíduos,
especialmente em um
ambiente midiático sa-
turado de informa-
ções. Nesse sentido, a
educomunicação
torna-se um meio para
formar cidadãos críti-
cos e reflexivos, capa-
zes de analisar e
questionar seu en-
torno midiático.
Esse enfoque tem um
impacto significativo
na inovação docente
ao promover a criação
de espaços educativos
que fomentam a refle-
xão crítica e a partici-
pação dos estudantes.
Os docentes são cha-
mados a transformar
suas práticas para in-
tegrar processos de
pensamento crítico em
suas salas de aula.
Coslado (2012)
Examina o desen-
volvimento e as
abordagens teóri-
cas da educomuni-
cação, bem como
os desafios que
enfrenta em um
mundo cada vez
mais interconec-
tado. Ressalta a
necessidade de
adaptar os princí-
pios da educomu-
nicação a um
contexto digital e
globalizado.
Destaca a importância
de que os estudantes
sejam capazes de
compreender, analisar
e produzir mensagens
em diversos formatos
e plataformas, o que
reflete o papel da edu-
comunicação na for-
mação de
competências midiáti-
cas em um mundo in-
terconectado.
A inovação leva os do-
centes à adaptação de
práticas para se con-
centrarem na capaci-
dade de interpretar e
produzir informação
em um ambiente digi-
tal.
Cárdenas et al.
(2024)
Foca na interseção
entre a educomu-
nicação e as habili-
dades digitais. A
tecnologia desem-
penha um papel
central na aprendi-
zagem.
Os docentes que intro-
duzem tecnologias e
ferramentas comunica-
cionais promovem
uma aprendizagem in-
terativa e tecnológica.
A inovação fomenta
um ambiente no qual
os docentes não ape-
nas ensinam conteú-
dos, mas também
habilidades digitais.
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Tabela 3 (cont.)
Nota: Elaboração própria (2025).
Educomunicação: abordagem dialógica para inovar a prática docente
Halo teórico Autores Teoria
Contribuições para a
educomunicação
dialógica
Impacto na inova-
ção docente
Mediático
Crovi (2024)
Examina os fatores
que influenciam a
comunicação edu-
cativa na etapa
pós-pandemia, res-
saltando a impor-
tância de uma
formação digital
efetiva no âmbito
universitário.
Destaca a impor-
tância de que os
estudantes não
apenas acessem in-
formações online,
mas também inte-
rajam de forma crí-
tica e ética com
elas.
A inovação do-
cente reside na ca-
pacidade dos
educadores de in-
tegrar as ferramen-
tas digitais de
maneira eficaz, ga-
rantindo que os es-
tudantes não
apenas recebam
informações, mas
as analisem e utili-
zem de forma
ética.
A educomunicação
é abordada como
uma estratégia fun-
damental para a
formação de com-
petências transver-
sais em estudantes
universitários.
Os estudantes de-
senvolvem habili-
dades que
transcendem as
disciplinas específi-
cas, como a capaci-
dade de pensar
criticamente e tra-
balhar em equipe,
o que é importante
para seu sucesso
no contexto educa-
cional e profissio-
nal.
Os docentes
devem incorporar
estratégias educo-
municativas que
promovam o de-
senvolvimento
dessas habilidades
transversais.
Romero et al.
(2024)
Destacam o papel
da Alfabetização
Midiática Informa-
cional (AMI), um
componente chave
da educomunica-
ção para promover
a análise.
Os estudantes
devem ser capazes
de analisar, inter-
pretar e criar con-
teúdo de forma
crítica, desenvol-
vendo assim com-
petências
fundamentais para
serem cidadãos in-
formados e ativos.
A inovação do-
cente se manifesta
na implementação
de estratégias que
ensinem os estu-
dantes a lidar com
os meios de forma
crítica e responsá-
vel.
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100 Delmy Janeth Andadre Oviedo, Lisset Márquez Martínez e Jorge Miguel Quevedo Borrero
A Tabela 3 apresenta informações sobre o halo midiático. Os autores Santos et al. (2023) ex-
ploram como a educomunicação pode empoderar os estudantes na era da hiperconectividade.
Em um ambiente saturado de informações, a educomunicação tem o potencial de formar ci-
dadãos críticos e reflexivos, capazes de analisar e questionar seu entorno midiático. Nesse sen-
tido, propõem a criação de espaços educativos onde os estudantes se sintam motivados a
participar ativamente de sua aprendizagem, o que favorece uma educação mais dinâmica e
conectada com a realidade social. Assim, o impacto na inovação docente reside no fato de que
os educadores devem transformar suas práticas para integrar processos de pensamento crítico,
facilitando a análise dos meios de comunicação e promovendo uma educação participativa.
Por sua vez, Coslado (2012) destaca a necessidade de adaptar os princípios da educomunicação
a um contexto digital e globalizado, onde os estudantes devem ser capazes de compreender,
analisar e produzir mensagens em diferentes formatos e plataformas. Essa abordagem reflete,
de fato, a importância de formar competências midiáticas em um mundo interconectado, onde
as habilidades digitais são essenciais. Em consequência, a inovação docente vê-se na necessi-
dade de os educadores ajustarem seus métodos para favorecer uma aprendizagem que não
se concentre apenas em conteúdos tradicionais, mas também na interpretação crítica dos meios
e na produção de informação em plataformas digitais.
Cárdenas et al. (2024) concentram-se na relação entre a educomunicação e as competências
digitais. Sugerem que é fundamental para melhorar o desenvolvimento de habilidades digitais
nos estudantes, o que é especialmente relevante em um contexto educativo onde a tecnologia
tem um papel central na aprendizagem. Dessa forma, a inovação docente, neste caso, implica
que os educadores adaptem suas metodologias para incluir tecnologias e ferramentas comu-
nicacionais, promovendo uma aprendizagem mais interativa e centrada no desenvolvimento
de habilidades digitais críticas.
Na mesma linha, Crovi (2024) analisa os fatores que incidem na comunicação educativa na
etapa pós-pandemia, destacando a necessidade de uma formação digital eficaz. Ou seja, os
estudantes não devem apenas acessar informações online, mas também interagir com elas de
maneira crítica e ética. Portanto, essa abordagem promove uma inovação docente que implica
a integração efetiva de ferramentas digitais, garantindo que os estudantes não apenas recebam
informações, mas também sejam capazes de analisá-las e utilizá-las de maneira ética e refle-
xiva.
Da mesma forma, Paz (2024) apresenta a educomunicação como uma estratégia fundamental
para a formação de competências transversais, tais como o pensamento crítico, a criatividade
e o trabalho em equipe. Essas habilidades são fundamentais para o sucesso acadêmico e pro-
fissional no contexto atual, onde as demandas laborais e acadêmicas requerem competências
que vão além dos conhecimentos específicos. Por conseguinte, os docentes devem incorporar
estratégias educomunicativas que não apenas ensinem conteúdos, mas que também desen-
volvam competências para a vida e o trabalho em equipe, essenciais na formação integral dos
estudantes.
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Finalmente, Romero et al. (2024) enfatizam a Alfabetização Midiática Informacional (AMI), um
componente chave da educomunicação, que se concentra na capacidade de interpretar e ana-
lisar a informação nos ambientes midiáticos.
Tabela 4
Análise do halo tecnológico
Nota: Elaboração própria (2024).
A Tabela 4 apresenta uma abordagem tecnológica. Prieto et al. (2024) mencionam como a
educomunicação, em um contexto de hiperconectividade, pode empoderar os estudantes, aju-
dando-os a se tornarem cidadãos críticos e reflexivos que analisem e questionem ativamente
seu entorno midiático. Essa abordagem não apenas ressalta a importância da reflexão crítica,
mas também da participação ativa no processo de aprendizagem, o que se torna uma estra-
tégia para conectar a educação com a realidade social contemporânea. Os docentes, nesse
contexto, devem transformar suas práticas educativas para integrar o pensamento crítico e a
análise dos meios de comunicação, o que não apenas facilita a aprendizagem, mas também
promove a formação de indivíduos mais comprometidos com seu entorno.
Por sua vez, Rodríguez et al. (2024) enfatizam a necessidade de adaptar os princípios da edu-
comunicação a um contexto digital, onde os estudantes devem aprender a navegar em um
ambiente saturado de informação, compreendendo e produzindo mensagens em uma varie-
dade de plataformas. Esse aspecto tecnológico destaca a relevância de formar competências
Halo teórico Autores Teoria
Contribuições para a
educomunicação
dialógica
Impacto na inovação do-
cente
Prieto et
al. (2024)
Exploram como a educo-
municação pode empode-
rar os estudantes na era da
hiperconectividade. Em um
ambiente saturado de in-
formações, a educomuni-
cação tem o potencial de
formar cidadãos críticos e
reflexivos, capazes de ana-
lisar e questionar seu en-
torno midiático.
Essa abordagem promove
a criação de espaços edu-
cativos onde os estudantes
se sentem motivados a
participar ativamente de
sua aprendizagem, o que
favorece uma educação
mais dinâmica e conectada
com a realidade social.
O impacto na inovação
docente reside no fato de
que os educadores devem
transformar suas práticas
para integrar processos de
pensamento crítico, facili-
tando a análise dos meios
de comunicação e promo-
vendo uma educação par-
ticipativa.
Tecnológico
Rodrí-
guezet al.
(2024)
Destaca a necessidade de
adaptar os princípios da
educomunicação a um
contexto digital e globali-
zado, onde os estudantes
devem ser capazes de
compreender, analisar e
produzir mensagens em
diferentes formatos e pla-
taformas.
Reflete a importância de
formar competências mi-
diáticas em um mundo in-
terconectado, onde as
habilidades digitais são es-
senciais.
Os docentes estão obriga-
dos a ajustar seus métodos
para favorecer uma apren-
dizagem compatível com a
era do mundo digital..
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midiáticas, que incluem habilidades digitais essenciais para a análise, interpretação e produção
de informação, tudo em um formato que permita aos estudantes atuar em um mundo inter-
conectado. Nesse sentido, a inovação docente é necessária para que os educadores ajustem
suas metodologias tradicionais e favoreçam uma educação que não se baseie apenas em con-
teúdos acadêmicos, mas também na capacidade crítica dos estudantes frente aos meios e às
plataformas digitais.
Conclusões
Depois de revisar uma série de documentos, conclui-se que, sob a perspectiva educacional, a edu-
comunicação promove uma aprendizagem participativa na qual os estudantes não são apenas re-
ceptores de informação, mas protagonistas ativos na construção do seu conhecimento. Essa
metodologia favorece um ambiente em que se priorizam a reflexão e a crítica, permitindo aos estu-
dantes desenvolver habilidades cognitivas e emocionais que os preparam para enfrentar as demandas
do mundo moderno. A interatividade e o pensamento crítico tornam-se peças fundamentais no pro-
cesso educativo, promovendo uma aprendizagem mais significativa e relevante.
Da mesma forma, no âmbito comunicacional, a educomunicação fortalece o vínculo entre o professor
e o estudante por meio de um diálogo constante. Essa abordagem destaca a importância de uma
comunicação bidirecional que favorece a expressão e a troca de ideias, já que, ao integrar diferentes
formas de comunicação, os estudantes podem expressar seus pensamentos, refletir sobre os con-
teúdos e compartilhar perspectivas diversas, criando um ambiente de aprendizagem mais inclusivo
e participativo. Essa relação dialógica em sala de aula também permite que os educadores ajustem
suas práticas pedagógicas de acordo com as necessidades e interesses dos estudantes.
Sob a ótica midiática, a educomunicação se destaca por sua capacidade de formar estudantes críticos
frente aos meios de comunicação. Em uma era saturada de informações, a habilidade de analisar,
questionar e criar conteúdo midiático é essencial. Por meio dessa abordagem, os estudantes não
apenas aprendem a consumir informação de forma reflexiva, mas também a produzir conteúdo de
maneira ética e responsável. Esse processo os transforma em cidadãos mais informados e ativos, ca-
pazes de tomar decisões fundamentadas em um contexto midiático global.
No aspecto social, a educomunicação se orienta para a inclusão, favorecendo a construção de um
conhecimento coletivo que valorize as diversas realidades sociais e culturais dos estudantes. Nesse
espaço, a educação se transforma em uma ferramenta para a transformação social, pois permite
que os estudantes participem da criação de soluções para os problemas que enfrentam. A interação
dialógica também facilita a criação de comunidades de aprendizagem inclusivas, onde se promove
a equidade e o respeito pelas diferenças.
Por fim, sob a ótica tecnológica, a educomunicação se adapta às ferramentas digitais que caracterizam
a era contemporânea. A integração da tecnologia na sala de aula permite que os estudantes não
apenas acessem informações de maneira mais eficiente, mas também desenvolvam competências
digitais essenciais. Essa abordagem promove uma aprendizagem mais interativa e colaborativa, pre-
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parando os estudantes para participar ativamente em um mundo digitalizado.
Conflitos de interesse: os autores declaram não possuir nenhum conflito de interesse.
Delmy Janeth Andrade Oviedo, Lisset Márquez Martínez, Jorge Miguel Quevedo Borrero: a primeira
identificou a problemática e contextualizou teoricamente a questão; a segunda realizou o desenho
metodológico e a revisão da literatura; o terceiro estabeleceu as conclusões, destacando que foi um
trabalho em equipe.
Consentimento informado: Não se aplica.
Declaração de disponibilidade de dados: Não se aplica.
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