A UNA: Desafios e tendências
que norteiam nosso futuro
La UNA: Desafíos y tendencias
que orientan nuestro futuro
Como citar: Padron, N. D. J. (2025). A UNA: Desafios e tendências que norteiam nosso futuro. Revista
Digital de Investigación y Postgrado, 6(11), 151-164. https://doi.org/10.59654/80pwz224
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Dilia Josefina Padrón Noriega
https://orcid.org/0009-0005-0261-0034
Barcelona, estado de Anzoátegui / Venezuela
* Doutorado em Gerência, Pós-Doutorado em Gerência Pós-convencional, Mestrado em Ciências Gerenciais com
ênfase em Finanças. Professora Associada Efetiva, Universidad Nacional Abierta, Centro Local Anzoátegui, Vene-
zuela. Correio eletrônico: diliapadron@gmail.com
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(11), 151-164
ISSN Eletrônico: 2665-038X
Recebido: Julho / 15 / 2024 Aceito: Agosto / 28 / 2024
https://doi.org/10.59654/80pwz224
Resumo
"A UNA: Desafios e tendências que orientam nosso futuro" é uma análise reflexiva sobre o pre-
sente e o futuro da educação superior, com foco específico na Universidade Nacional Aberta
(UNA). Examina-se a adoção de pedagogias híbridas, que ocupam uma parte significativa do
debate educacional. O artigo discute o papel das universidades em serem fundamentais para
a sociedade, defendendo vigorosamente um compromisso persistente com a criatividade e a
melhoria contínua. O futuro da UNA é promissor; pode ser alcançado com um planejamento
cuidadoso e uma liderança visionária, superando desafios e consolidando-se como uma ins-
tituição de destaque na formação de profissionais comprometidos com o futuro. Em síntese,
este estudo oferece uma visão integral e estruturada dos desafios e tendências universitárias,
destacando a necessidade de adaptação e aprimoramento constante no campo educacional.
Palavras-chave: Educação superior, Universidade Nacional Aberta (UNA), pedagogias híbridas,
desafios educacionais.
Resumen
“La UNA: Desafíos y tendencias que orientan nuestro futuro" es un análisis reflexivo sobre el
presente y futuro de la educación superior, con enfoque específico en la Universidad Nacional
Abierta (UNA). Se examina la adopción de pedagogías híbridas, las cuales ocupan una parte
sustantiva del debate educativo. En el artículo se razona sobre el papel de las universidades a
la hora de ser el todo en la sociedad y a la defensa vehemente por una dedicación persistente
a la creatividad y la mejora. El mañana de la UNA es promisorio; se puede llevar a cabo con
una planificación cuidadosa y un liderazgo visionario, para superar los desafíos y afirmarse
como una institución líder en la formación de profesionales comprometidos con el porvenir.
En conjunto, este estudio proporciona una visión integral y estructurada de los desafíos y ten-
dencias universitarias, subrayando la necesidad de adaptación y mejora continua en el ámbito
educativo.
Palabras clave: Educación superior, Universidad Nacional Abierta (UNA), pedagogías híbridas,
desafíos educativos..
Introdução
As organizações, neste século XXI, têm passado por mudanças constantes com o objetivo de
se adaptarem à realidade do país e aos novos paradigmas em que a sociedade está centrada.
As pressões políticas e econômicas promovem mudanças sociais e culturais que caracterizam
a sociedade venezuelana e, consequentemente, influenciam os contextos internos e externos
das organizações.
Nesse estado constante de mudanças, as transformações das instituições atuais parecem algo
permanente e não casual. Essas transformações são evidentes em diversos âmbitos sociais,
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como as formas de relações sociais e de trabalho, especialmente no que se refere ao desen-
volvimento e à expansão das novas tecnologias de informação e comunicação. Além disso, os
requisitos da globalização econômica, como a busca por qualidade, oportunidade, competiti-
vidade e maior acesso, somam-se à intensificação da globalização educacional, levando à in-
ternacionalização como uma resposta ativa à globalização do conhecimento.
Diante dessa realidade presente em diversos contextos, especialmente no universitário, surge
a necessidade de uma nova visão. As universidades venezuelanas, por sua vez, são uma ex-
pressão da democratização social e se tornam um projeto de interesse para o Estado vene-
zuelano, sobretudo na atualidade, marcada por incertezas e ambiguidades, exigindo dessas
instituições um papel de liderança social e uma conexão com as demandas do desenvolvimento
integral da nação, assumindo a responsabilidade de participar na construção de um novo país.
Nesse contexto, surgem dilemas e debates dentro dessas instituições sobre seu papel em uma
sociedade que aspira ser participativa e autogestionária. Assim, as universidades, tanto públicas
quanto privadas, enfrentam discussões decorrentes de rupturas, reestruturações e propostas
emergentes que buscam enfrentar a crise, a transição e as concepções relacionadas à autori-
dade, ao conhecimento e, sobretudo, à função social dessas instituições. Este ensaio analisa
essas tendências e explora como as instituições podem se ajustar e prosperar em um ambiente
em constante evolução, exigindo estratégias de coordenação, alianças e propostas bem pla-
nejadas.
Características e tendências no contexto atual
O tema da globalização é amplamente debatido na atualidade. Reconhece-se que se trata de
um fenômeno social moderno, impulsionado principalmente pelos avanços científicos e tec-
nológicos, especialmente nas áreas de comunicação e eletrônica, além das aspirações de em-
presas transnacionais. A globalização é definida e explicada de diversas formas; Reyes (2008)
nos oferece ideias que, de certa forma, constituem uma síntese simplificada do significado e
do alcance da globalização: a globalização é um conjunto de propostas teóricas que destacam,
sobretudo, duas grandes tendências: (a) os sistemas de comunicação mundial; e (b) as condi-
ções econômicas, especialmente aquelas relacionadas à mobilidade de recursos financeiros e
comerciais.
No entanto, Brünner apresenta uma interpretação da globalização como a manifestação de
quatro fenômenos intimamente relacionados entre si: (a) a universalização dos mercados e o
avanço do capitalismo pós-industrial; (b) a difusão do modelo democrático como forma ideal
de organização política dos Estados; (c) a revolução nas telecomunicações, que leva à chamada
"sociedade da informação"; e (d) a generalização de um "clima" cultural característico da época,
conhecido como pós-modernidade.
Por outro lado, a chamada sociedade do conhecimento, da informação e do aprendizado na
era digital, enquanto paradigma de reorganização das formas de produção, organização, ges-
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tão e comunicação em todas as áreas da atividade humana, está inaugurando novos campos
que têm gerado uma nova civilização (revolução cultural), um processo acelerado pela emer-
gência da pandemia de Covid-19.
Além dos aspectos econômicos, produtivos, organizacionais, digitais, informáticos e comerciais,
esse fenômeno apresenta desafios importantes no âmbito das responsabilidades do Estado
em países como a Venezuela. O país entrou em uma nova etapa, e, por consequência, todos
os seus sistemas e subsistemas também passaram por mudanças: o país dos últimos anos não
direcionou suas expectativas para o processo crescente de globalização e tampouco buscou
alinhar seu desenvolvimento nacional.
Esse fenômeno, que vinha se delineando há anos, gerou efeitos estruturais na economia, na
sociedade e na política, intensificando mudanças no modelo econômico. Esse cenário trouxe
consequências severas para a configuração do Estado, com reformas desreguladoras e inter-
venções na política social, resultando em rigorosos aumentos da pobreza, da informalidade,
da migração, da precariedade laboral, da exclusão e da deterioração das condições de vida da
população.
Portanto, um dos desafios fundamentais enfrentados pela educação universitária é superar
esses obstáculos com o objetivo de contribuir para as mudanças estruturais no país e atender
às necessidades sociais e ambientais. Isso exige currículos, conteúdos e modelos educacionais
apropriados, bem como a adequação das qualificações docentes, para que estejam na van-
guarda dessas transformações de forma dinâmica.
A sociedade líquida, tecnologia e digitalização
Esta nova sociedade do século XXI está sendo construída rapidamente com as tecnologias da
informação e comunicação. Suas raízes sustentam as atividades cotidianas nas esferas da eco-
nomia, saúde, habitação, alimentação, transporte e, claro, educação. As instituições dedicadas
à transmissão de conhecimento são obrigadas a incorporar essas ferramentas tanto na forma-
ção geral quanto na especializada; no entanto, sua integração ao processo educacional apre-
senta desafios e obstáculos.
Vivemos em um contexto de dissolução do sentido de pertencimento social do ser humano,
dando lugar a uma individualidade marcada. O ser humano experimenta uma independência,
onde a sociedade já não é mais a soma de individualidades, mas sim o conjunto delas. Para
Bauman (2003), estamos na era da modernidade líquida, enfrentando o problema da constru-
ção do futuro, a busca por soluções para as dificuldades contemporâneas e a visão de novas
formas de relação com o saber que emergem na dinâmica atual.
Bauman (2003) explora os atributos da sociedade capitalista que permaneceram ao longo do
tempo e argumenta que tudo muda de um momento para outro. Somos coerentes com as
mudanças e acreditamos que nada é permanente. Vivemos em uma atualidade onde tudo é
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consumível e elástico, inclusive o ser humano. Os valores e dogmas das gerações anteriores
eram sólidos; no presente, nada é inquebrável ou fixo, o que explica as grandes variações que
ocorrem em todos os âmbitos sociais, econômicos, políticos, culturais e educacionais.
É, portanto, necessário estabelecer novos modos, apropriar-se de ferramentas e conceitos que
permitam aprender com os cenários emergentes para o conhecimento e a interação entre os
indivíduos. O "aprendizado líquido" (Bauman, 2008) é um tipo de educação que se adapta às
mudanças, aproveitando as possibilidades do mundo globalizado. Trata-se de um ensino que
rompe com a solidez estabelecida, preparando as pessoas para viver em um mundo em cons-
tante transformação, repleto de informação, conectividade e atuação por meio de comunidades
de prática.
A adaptação da UNA (Universidade Nacional Aberta) a essas mudanças está inscrita no marco
da sociedade digital, do conhecimento, da informação e do aprendizado, como reflexo dessa
volatilidade líquida. Isso envolve dinâmicas convergentes e divergentes, além da inclusão da
tecnologia nos espaços acadêmicos e, consequentemente, mudanças na gestão e produção
do saber.
Pedagogias híbridas
No âmbito acadêmico, as experiências e lições impostas pela pandemia de Covid-19 apontam
para a prática de um modelo híbrido no processo de ensino-aprendizagem, adaptado às novas
tecnologias. O modelo de ensino da UNA precisa se ajustar a essa nova realidade, aproveitando
tecnologias que permitem comunicação síncrona e assíncrona entre localidades distantes.
Assim, o conceito de ensino híbrido oferece uma oportunidade de coerência na educação,
promovendo crescimento e estabilidade espaço-temporal (síncrona e assíncrona). De acordo
com Duart et al. (2008, p.76), “Essa modalidade formativa se define pelo uso entrelaçado da
presença e da não presença nas salas de aula. Isso só é possível modificando o design e a or-
ganização docente e de aprendizado dos cursos e disciplinas”.
Nesse contexto, as interações presenciais são integradas às oportunidades oferecidas pela tec-
nologia digital, criando um novo espaço didático. Esse cenário possibilita que professores e
alunos utilizem ferramentas físicas e intangíveis, promovendo um aprendizado significativo. A
pedagogia híbrida exige um currículo flexível, que integre atividades presenciais e virtuais de
maneira coerente.
Por outro lado, o autor Graham (2006) destaca que o aprendizado híbrido é a fusão de dois
ambientes de aprendizado arquetípicos: o aprendizado tradicional presencial, praticado há sé-
culos, e os ambientes de aprendizado distribuído, que cresceram exponencialmente graças às
possibilidades tecnológicas de comunicação e interação. Graham observa que, no passado,
havia um contraste significativo entre esses dois ambientes de aprendizado, que utilizavam
combinações diferentes de meios e métodos, voltados a públicos distintos.
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O principal desafio no design e desenvolvimento de ambientes híbridos está em compreender
que se trata de uma modalidade educacional nova, com características particulares. Bem com-
preendida, essa modalidade pode maximizar as possibilidades tanto presenciais quanto virtuais.
Interpretar ambientes híbridos como presenciais com elementos virtuais de apoio, ou como
virtuais com alguns encontros presenciais, limita o potencial dessa abordagem.
Cenário universitário nacional
No caso venezuelano, as universidades encontram-se atualmente em um ambiente cada vez
mais complexo e dinâmico. Enfrentam o desafio de mudar e inovar um modelo educacional
que apresenta características conservadoras e tradicionalistas em todos os níveis e modalidades
da educação. Nesse cenário, a organização universitária enfrenta inúmeros desafios que devem
ser abordados tanto a partir do próprio sistema quanto da posição institucional de cada uni-
versidade, já que é imprescindível um processo de mudança universitária com políticas, pro-
gramas e estilos de gestão que possibilitem sua revitalização.
A realidade do ensino superior na Venezuela gerou um sistema universitário com instituições
que, salvo exceções, não garantem o cumprimento de padrões mínimos de qualidade nas fun-
ções acadêmicas: ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e inovação, desenvolvi-
mento das humanidades, criação e produção artística, extensão e comunicação. Isso tem
causado distorções no funcionamento das universidades, baixa captação de estudantes e re-
cursos financeiros, além de uma considerável perda de capital humano acadêmico.
A universidade venezuelana resiste; seu corpo docente sofre de uma profunda desmotivação,
causada por uma administração que demonstra sua incapacidade. As instituições não possuem
autonomia para atender às necessidades de seus colaboradores, que enfrentam salários insu-
ficientes, limitando a capacidade de lidar com a realidade imposta por um ambiente econômico
e social hostil.
Em relação aos estudantes, que ainda são poucos, enfrentam dificuldades para integrar-se a
espaços virtuais de ensino, realidade que se impõe, mas para a qual muitos carecem de recursos
básicos como computadores, smartphones e conectividade. Da mesma forma, as autoridades
universitárias enfrentam o desafio de gerir instituições com recursos financeiros extremamente
limitados, infraestrutura obsoleta e tecnologia insuficiente para as necessidades acadêmicas
atuais.
Promove-se a educação domiciliar como solução, assumindo que todos os alunos têm acesso
a computadores, smartphones, conexão à internet e eletricidade, o que está longe da realidade
para muitos. Assim, enfrenta-se a virtualização da educação sem considerar as limitações fi-
nanceiras e tecnológicas de grande parte da comunidade acadêmica.
Nesse cenário, as universidades sofrem abandono e dependem da dedicação altruísta de seu
pessoal, que impede seu colapso total. Foram deixadas à própria sorte, sem financiamento
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adequado ou plano estratégico de desenvolvimento nacional que fortaleça seu papel essencial
na sociedade.
Nesse contexto de exigências, o sistema universitário venezuelano deve reinventar-se com
novos formatos que o mantenham atualizado para cumprir sua relevância social e científica e
transcender. A tendência é projetar a educação universitária para uma “nova etapa, não limitada
às transformações existentes, mas baseada na ruptura que traz um novo paradigma de apren-
dizagem e gestão do conhecimento ao longo da vida, com responsabilidade social” (Aponte,
2008, p. 147).
Apesar de alguns avanços e das incertezas atuais, o financiamento estatal às universidades
mantém um ambiente extremamente complexo para a gestão de instituições públicas, for-
çando-as a adaptar-se a uma lógica mercantil que enfraquece sua missão educacional e pública.
Ainda assim, a UNA conseguiu manter-se relevante, expressando-se na preferência dos estu-
dantes por seus cursos de graduação e no desenvolvimento de programas de pós-graduação.
A Universidade Nacional Aberta
A criação da UNA, em 27 de setembro de 1977, não simbolizou simplesmente a adição de mais
uma universidade ao cenário nacional da época. Representou um esforço ousado de inovação,
que passou da fase de design à operação plena e regular por meio de um modelo de grande
escala, sem precedentes ou testes prévios.
A proposta de estabelecer uma grande universidade a distância encontrou receptividade política
inicial. Assim nasceu a UNA, oferecendo uma alternativa para a formação de profissionais qua-
lificados e empreendedores em áreas prioritárias do desenvolvimento social, garantindo sua
inserção no mercado de trabalho nacional e internacional.
É importante destacar que a UNA passou por diferentes etapas ao longo de sua história aca-
dêmica. Aos poucos, foi evoluindo e respondendo às mudanças sociais, políticas e econômicas
do contexto, mantendo sempre os princípios fundamentais que compõem seus pilares e ga-
rantem sua continuidade.
A inovação universitária é, portanto, uma necessidade nos tempos atuais. As novas realidades
da globalização, a criação de zonas econômicas mais amplas, a aceleração das comunicações,
a competitividade e os novos conhecimentos apresentam grandes desafios para o ensino su-
perior, que só poderão ser superados por meio de processos de mudança profundos e siste-
máticos.
Contexto UNA
Às universidades foram atribuídas diversas funções que, embora historicamente tenham assu-
mido formas muito distintas, mantiveram, no entanto, certa continuidade. Nos últimos anos,
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tem sido enfatizada a responsabilidade de promover o desenvolvimento social, cultural e eco-
nômico das sociedades em seu entorno. A perspectiva atual nos obriga a enxergar a educação
universitária em uma variedade de contextos influenciados por variáveis políticas. Um desses
cenários é marcado pelo decrescimento econômico, a redução do emprego privado, as restri-
ções no emprego público e a insegurança; fatores que permitem prever uma continuidade e
agravamento da crise universitária, associada a aumentos nos processos de migração.
A crise econômica e sua gestão impactam diretamente nos recursos orçamentários, no desgaste
do corpo docente e discente e na segurança das instalações universitárias. Essas começaram
a sofrer roubos e atos de vandalismo constantes, resultando na perda de equipamentos técni-
cos, bem como de grande parte da infraestrutura elétrica, sanitária e administrativa.
A universidade deve desenvolver suas estratégias com base em suas capacidades distintivas,
mas também levando em consideração o contexto social, econômico e regulatório. No pro-
cesso de proposição, foram identificados alguns problemas que afetam a instituição e agrupa-
dos de acordo com o processo e a função substantiva a que pertencem. A seguir, são
destacadas as problemáticas, as proposições e como essas podem ser vistas como uma opor-
tunidade para a UNA.
Situação atual das sedes, pessoal, tecnologia e assessores/orientadores
Centros Locais e Unidades de Apoio com infraestrutura danificada e sem estudantes.
Instalações em uso e fora de uso.
Necessidade de Talento Humano: docente, administrativo e operário.
Necessidade atual de infraestrutura tecnológica na UNA.
Falta de conectividade.
Obsolescência e deterioração de equipamentos.
Os Centros Locais são os pontos de representação da Universidade nos diferentes estados, os
quais enfrentam problemas semelhantes em todo o país, tais como o desgaste das infraestru-
turas físicas, a falta de serviços básicos como água potável e eletricidade, ausência de ar-con-
dicionado e conectividade, além do desmantelamento sofrido pela instituição. Esses atos
delituosos, que em sua maioria permanecem impunes, resultaram na perda de equipamentos
e materiais indispensáveis para o ensino universitário, impossíveis de serem repostos devido à
falta de orçamento.
Para descrever as condições atuais da UNA, provavelmente bastaria visitar qualquer sede e re-
latar o que é observado, completando com o nome de qualquer cidade. A UNA reflete uma
situação espelhada em todas as suas unidades. Refiro-me a seu universo: infraestruturas, corpo
docente, operários, administrativos e estudantes.
Embora alguns de seus edifícios tenham estado vazios ou quase vazios nos últimos anos, é o
capital humano que tem tentado manter a universidade viva. A UNA deveria estar (como já
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esteve) em condições de administrar não apenas uma vasta infraestrutura, mas também todos
os recursos associados. No entanto, a falta de cumprimento dos compromissos para fornecer
os recursos necessários resultou no abandono de suas edificações.
Outro ponto crítico é a oferta acadêmica, que se apresenta fragilizada, com ausência de estu-
dantes e carência de pessoal acadêmico em várias áreas. Isso gera uma desarticulação entre
os Processos Administrativos e Acadêmicos e os Recursos disponíveis. Há problemas na coor-
denação de métodos e falta de investimentos em recursos físicos, tecnológicos e humanos.
Os processos administrativos para aquisição de materiais são lentos, atrasando os prazos de
execução e desconsiderando as programações realizadas. Há demora na aprovação da con-
tratação de recursos humanos e na alocação econômica, o que reduz a visibilidade e a com-
petitividade da Universidade. Um dos processos que deveria apoiar as funções essenciais é o
administrativo, mas sua gestão enfrenta problemáticas comuns que afetam diversos atores, evi-
denciando-se principalmente na falta de pessoal administrativo e recursos financeiros.
Além disso, a obsolescência da infraestrutura tecnológica e a falta de conectividade compro-
metem os processos acadêmicos, resultando em atrasos. Não existem diretrizes para o desen-
volvimento de um programa virtual voltado ao bem-estar que impacte positivamente na
administração. A infraestrutura inadequada para tais processos contribui para a baixa partici-
pação e integração, ao não dispor de espaços físicos apropriados e equipados para consulta
pelos usuários.
Em linhas gerais, há deficiências e insuficiências na infraestrutura física, nos equipamentos e na
conectividade. Isso compromete o posicionamento da imagem da Universidade e impede que
as funções essenciais sejam plenamente exercidas, prejudicando a realização de algumas ati-
vidades universitárias.
Inscrição, assessoramento/orientação, elaboração de material instrucional e ava-
liação
Baixa matrícula na graduação.
Cursos com poucos estudantes.
Falhas nos processos.
Elaboração de recursos didáticos.
Estratégias de avaliação.
Os principais problemas que afetam a matrícula de estudantes na UNA refletem-se na crise
econômica e na emigração. Como consequência, o número de novos alunos tem diminuído.
Outro fator que prejudica os estudantes é a baixa efetividade dos canais de comunicação com
os orientadores, devido à escassez desses profissionais, à falta de conectividade e à ausência
de equipamentos adequados. A falta de estratégias de acompanhamento e avaliação perti-
nentes também é um desafio. Além disso, há poucas oportunidades de participação nos pro-
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gramas de bem-estar, muitas vezes por falta de conhecimento sobre as ofertas disponíveis, o
que resulta em insatisfação por parte dos estudantes devido à falta de informações oportu-
nas.
O Sistema Integrado de Informação da instituição apresenta atualmente fraquezas significativas.
No passado, esse sistema atendia satisfatoriamente às demandas dos usuários; no entanto, a
tecnologia sobre a qual ele foi construído tornou-se obsoleta. Um diagnóstico é necessário
para identificar áreas de oportunidade, permitindo uma administração mais eficiente.
Ademais, há a necessidade de implementar novas diretrizes de ensino-aprendizagem que fo-
quem em como utilizar a informação para adquirir conhecimentos, habilidades e competências,
promovendo a geração de novos saberes e abandonando a repetição mecânica de informações
que estão amplamente disponíveis.
A avaliação de desempenho no contexto universitário é geralmente considerada uma forma
de medir os conhecimentos, habilidades e competências que serão exigidos na vida profissional
futura. Esses aspectos são refletidos nas notas ou qualificações. No entanto, não há atualmente
um modelo amplamente aceito que sirva como referência para avaliar de maneira ideal os
aprendizados que ocorrem à distância, longe do contato direto com a instituição educativa.
Outro ponto crítico é a oferta limitada de materiais bibliográficos, tanto impressos quanto di-
gitais. Embora o livro impresso exija custos substanciais de produção, os arquivos digitais, em-
bora possam ser copiados e distribuídos facilmente, ainda requerem investimento para
produção, distribuição e atualização. A crise contínua impulsionou a integração gradual de
livros eletrônicos nas bibliotecas universitárias, destacando a importância crescente dos recursos
online nos contextos atuais de aprendizagem.
As tecnologias digitais oferecem oportunidades significativas para o acesso, armazenamento
e transmissão de informações. Além disso, os ambientes de leitura digital permitem a apresen-
tação de informações que seriam difíceis ou impossíveis de obter em textos impressos, modi-
ficando profundamente a forma como lemos. Materiais digitais podem ser adaptados ao nível
de competência de cada indivíduo, possibilitando processos de aprendizagem flexíveis e per-
sonalizados. No entanto, pesquisas indicam que as características das telas podem, por vezes,
incentivar hábitos de leitura menos favoráveis.
A UNA poderia aproveitar todos os recursos da tecnologia educacional atual, promovendo o
desenvolvimento de conteúdos audiovisuais digitais e adaptando estratégias de avaliação às
particularidades da educação mediada pelas tecnologias da informação e comunicação (TICs).
De acordo com a análise dos problemas mais relevantes nas funções essenciais e nos processos
observados, os problemas mais recorrentes são: a falta de articulação das funções essenciais
com a docência; a ausência de estratégias e políticas em diferentes processos; falhas nos pro-
cessos de comunicação e informação; pouca gestão; escassez ou inexistência de recursos de-
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signados para o funcionamento dos Centros Locais; insuficiência de recursos e ferramentas
tecnológicas; e atrasos em processos que integram academia e administração, resultando nos
principais problemas estruturais da instituição.
Desafios, tendências e oportunidades que orientam nosso futuro
A Universidade deve criar suas estratégias com base em suas capacidades distintivas, mas tam-
bém levando em consideração o contexto social, econômico e regulatório. Deve constituir
como parte da sua cultura a coleta contínua de informações próprias e contextuais. Informações
que, analisadas de maneira integrada e com uma perspectiva competitiva, possibilitam um aná-
lise estratégico que permite definir onde queremos estar nos próximos anos. A seguir, são des-
tacados os desafios e as tendências, e como podem ser vistas como uma oportunidade para
a UNA.
Situação atual das sedes, pessoal, tecnologia e orientadores
Centros Locais e Unidades de Apoio com infra-estruturas danificadas e sem alunos.
Necessidade de Talento Humano administrativo/obreiro.
Necessidade atual de infraestrutura tecnológica na UNA.
Carência de conectividade.
Obsolescência e deterioração de equipamentos.
Insuficiência de Talento Humano Docente.
Desmotivação.
Inscrição, assessoria/orientação, elaboração de material instrucional e avaliação
Baixa matrícula na graduação.
Cursos com poucos estudantes.
Falhas nos processos.
Aumento da matrícula no pós-graduação.
Sistema Educacional Misturado.
Elaboração de recursos didáticos.
Estratégias de Avaliação.
A UNA tem uma oportunidade de se posicionar como uma organização ágil, em um constante
estado de mudança, para cumprir seus objetivos diante de ambientes em transformação. Isso
exige uma alta capacidade de antecipação e uma orientação decidida para a ação, com foco
nas novas necessidades da sociedade. A universidade deve se adaptar continuamente aos
novos requerimentos, redesenhando as estratégias de orientação, acompanhamento e moni-
toramento das trajetórias dos estudantes, oferecendo apoio precoce em casos de atraso e/ou
possível evasão, e fortalecendo os processos de ensino e aprendizagem com estratégias didá-
tico-pedagógicas focadas em aprendizagens significativas, com valor instrucional integrado
aos planos de curso.
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Deve ser uma universidade que aproveite todos os recursos da tecnologia educacional atual,
promovendo o desenvolvimento para a criação de conteúdos audiovisuais digitais, adaptando
estratégias de avaliação de acordo com as características da educação mediada pelas tecno-
logias da informação e comunicação, sendo também competitiva nas áreas de ensino, pesquisa,
extensão, vinculação e serviços.
O desafio, o mais complexo até o momento, é conceber e propiciar o desenvolvimento de
uma nova maneira de abordar o funcionamento do sistema, em que o eixo central seja a criação
de capacidades humanas, técnicas e institucionais para levar adiante as novas missões em um
contexto social incerto, mutável e crescente de desigualdade. Para a atual conjuntura, não se
trata de um ajuste ou reacomodação do que já existe; a mudança exige estratégias poderosas
que reorganizem e reestruturem o modelo como um todo, ao mesmo tempo em que possibi-
litem a modificação das imagens e crenças sobre como e com quem conduzir os processos.
É importante lembrar que as organizações são dirigidas por pessoas e suas ações dependem
de sua mentalidade. Por isso, para a universidade tradicional, é difícil se refazer diante das mu-
danças aceleradas exigidas pelas tendências e mega-tendências, uma vez que elas apresentam
sinais contraditórios e frequentemente antagônicos. As reformas não são impostas, elas devem
passar por um processo de evolução, no qual equipes multi e transdisciplinares, com ousadia,
criatividade e conhecimento de ponta, as orientem para um futuro de ação.
Hoje, a UNA precisa romper com as concepções paradigmáticas que a estagnam, pensar e se con-
ceber como uma instituição essencial para enfrentar os grandes desafios do mundo contemporâneo,
formando cidadãos capazes de construir uma sociedade mais aberta, justa, baseada na solidarie-
dade e no respeito aos direitos humanos. Acima de tudo, deve ser uma universidade comprometida
com uma melhor qualidade de vida para a população; uma universidade nova, renovada e criativa,
capaz de aceitar e assumir o desafio da autotransformação. Uma mudança que deve ser liderada
tanto internamente quanto externamente, pois o país exige e nossa época também.
A universidade que queremos
É possível que, sem a pandemia, as mudanças nos métodos administrativos e de ensino tenham
sido mais lentas; igualmente, é verdade que irrompemos nesse mundo sem a devida prepara-
ção. No entanto, não deixa de ser válido que as instituições universitárias se reinventaram para
continuar com seus processos de ensino e aprendizagem ao nível que as circunstâncias per-
mitiram. Os professores utilizamos todas as ferramentas possíveis para continuar os processos
de ensino nas respectivas disciplinas, fomos proativos ao encontrar vias que nos permitissem
superar os obstáculos que a tecnologia apresentou.
Trata-se de uma realidade complexa que a Universidade, no contexto atual, deve enfrentar, o
que exigirá estratégias importantes de coordenação, com propostas bem articuladas e plane-
jadas. Para avançar, é necessário realizar um diagnóstico do estado atual da UNA que permita
projetar sua funcionalidade.
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Esse diagnóstico nos coloca no contexto adequado para melhorar junto com a mudança, en-
tendendo que o futuro deve ser projetado em seus objetivos institucionais, funcionais e ope-
racionais, assim como na adaptação da estrutura organizacional aos novos tempos, ao mesmo
tempo em que se resgatam as funções que foram deixadas de lado. Tudo isso em sintonia com
as tendências, desafios e desenvolvimentos atuais da educação: globalização, dimensão inter-
nacional e cooperação, problemas e soluções, integração de capacidades, mudanças tecnoló-
gicas e avanços em TIC, gestão do conhecimento.
Grandes desafios e obstáculos se avizinham no horizonte. No entanto, as experiências vividas
nos dão uma luz de esperança diante da incerteza. O caminho que devemos seguir nos obriga
a sonhar com uma Universidade Nacional Aberta renovada; uma instituição educacional que
aposte em processos próprios do século XXI, que demandam a utilização de mecanismos vir-
tuais para as funções acadêmicas substanciais que definem nossa casa. A adaptação da UNA
equivale a repensar novas competências nos processos que são gerenciados, a nível adminis-
trativo, no ensino, na pesquisa, na extensão e nos serviços, alguns dos quais já estão sendo
ajustados.
A UNA nasceu com uma missão específica: fortalecer o sistema de educação superior com
duas condições principais: formar graduados com competências claras e com uma estreita vin-
culação com o setor social. Essas qualidades permitiram que os graduados tivessem um bom
nível de inserção no mercado de trabalho. A UNA cumpriu plenamente com essa missão e hoje
se encontra em uma nova etapa, necessária para uma reorientação na instituição para gerar
as mudanças e consolidação necessárias.
Reflexões finais
Esta crise prolongada se apresenta como uma oportunidade para refletirmos, coletivamente, sobre
a Universidade que queremos. Por isso, é necessário definir prioridades, orientar as ações e coor-
denar os esforços em direção a um objetivo que deve ser consensuado e compartilhado. É preciso,
em primeiro lugar, trabalhar a partir da política pública, considerando que a educação é um bem
público e, como tal, o Estado deve ser o principal responsável por garantir o direito a ela. Isso implica
que, a partir da administração pública, devem ser garantidas as condições necessárias para que a
comunidade educacional possa desenvolver suas funções em qualquer circunstância e para todos.
Com um segundo ponto, a colaboração como estratégia. O primordial é construir respostas,
assumindo a importância do diálogo e do aprendizado compartilhado, assim como a corres-
ponsabilidade entre os diferentes agentes que intervêm no processo educativo. Um terceiro
ponto refere-se ao fortalecimento institucional e ao desenvolvimento de capacidades. Trata-se
de promover todas aquelas ações que visem ter uma instituição mais sólida, com maior capa-
cidade de responder às demandas de um contexto em constante mudança.
Finalmente, pensar em termos de futuro. É necessário tomar consciência dos riscos que envolve
não impulsionar estratégias que favoreçam a transformação da Universidade. Tomar a tribulação
A UNA: Desafios e tendências que norteiam nosso futuro
© 2025, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
164 Dilia Josefina Padrón Noriega
como uma oportunidade de mudança para melhorar. Estamos diante de um momento cate-
górico, uma oportunidade única para iniciar uma alternativa significativa para a mudança, pro-
movendo a equidade e a qualidade que ratifiquem a capacidade da educação não só para
reformar o indivíduo, mas também como um instrumento para a construção de uma sociedade
mais justa.
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