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162 Dilia Josefina Padrón Noriega
Deve ser uma universidade que aproveite todos os recursos da tecnologia educacional atual,
promovendo o desenvolvimento para a criação de conteúdos audiovisuais digitais, adaptando
estratégias de avaliação de acordo com as características da educação mediada pelas tecno-
logias da informação e comunicação, sendo também competitiva nas áreas de ensino, pesquisa,
extensão, vinculação e serviços.
O desafio, o mais complexo até o momento, é conceber e propiciar o desenvolvimento de
uma nova maneira de abordar o funcionamento do sistema, em que o eixo central seja a criação
de capacidades humanas, técnicas e institucionais para levar adiante as novas missões em um
contexto social incerto, mutável e crescente de desigualdade. Para a atual conjuntura, não se
trata de um ajuste ou reacomodação do que já existe; a mudança exige estratégias poderosas
que reorganizem e reestruturem o modelo como um todo, ao mesmo tempo em que possibi-
litem a modificação das imagens e crenças sobre como e com quem conduzir os processos.
É importante lembrar que as organizações são dirigidas por pessoas e suas ações dependem
de sua mentalidade. Por isso, para a universidade tradicional, é difícil se refazer diante das mu-
danças aceleradas exigidas pelas tendências e mega-tendências, uma vez que elas apresentam
sinais contraditórios e frequentemente antagônicos. As reformas não são impostas, elas devem
passar por um processo de evolução, no qual equipes multi e transdisciplinares, com ousadia,
criatividade e conhecimento de ponta, as orientem para um futuro de ação.
Hoje, a UNA precisa romper com as concepções paradigmáticas que a estagnam, pensar e se con-
ceber como uma instituição essencial para enfrentar os grandes desafios do mundo contemporâneo,
formando cidadãos capazes de construir uma sociedade mais aberta, justa, baseada na solidarie-
dade e no respeito aos direitos humanos. Acima de tudo, deve ser uma universidade comprometida
com uma melhor qualidade de vida para a população; uma universidade nova, renovada e criativa,
capaz de aceitar e assumir o desafio da autotransformação. Uma mudança que deve ser liderada
tanto internamente quanto externamente, pois o país exige e nossa época também.
A universidade que queremos
É possível que, sem a pandemia, as mudanças nos métodos administrativos e de ensino tenham
sido mais lentas; igualmente, é verdade que irrompemos nesse mundo sem a devida prepara-
ção. No entanto, não deixa de ser válido que as instituições universitárias se reinventaram para
continuar com seus processos de ensino e aprendizagem ao nível que as circunstâncias per-
mitiram. Os professores utilizamos todas as ferramentas possíveis para continuar os processos
de ensino nas respectivas disciplinas, fomos proativos ao encontrar vias que nos permitissem
superar os obstáculos que a tecnologia apresentou.
Trata-se de uma realidade complexa que a Universidade, no contexto atual, deve enfrentar, o
que exigirá estratégias importantes de coordenação, com propostas bem articuladas e plane-
jadas. Para avançar, é necessário realizar um diagnóstico do estado atual da UNA que permita
projetar sua funcionalidade.