Competências tecnológicas e o
desempenho acadêmico dos
estudantes universitários
Competencias tecnológicas y el desempeño
académico de los estudiantes universitarios
Como citar: Acosta, F. S. F. (2025). Competências digitais e o desempenho do docente universitário. Re-
vista Digital de Investigación y Postgrado, 6(11), 111-124. https://doi.org/10.59654/j0x9nc08
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* Dr. em Ciências da Educação e Pós-doutorado em Gerência para a Educação Superior. Professor de Biologia,
Universidad de Zulia, Maracaibo - Venezuela. Professor de Biologia. Correio eletrônico: savier.acosta@gmail.com
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(11), 111-124
ISSN Eletrônico: 2665-038X
Recebido: Julho / 17 / 2024 Aceito: Setembro / 5 / 2024
Savier Fernando Acosta Faneite
https://orcid.org/0000-0003-2719-9163
Maracaibo, estado de Zulia / Venezuela
https://doi.org/10.59654/j0x9nc08
Resumo
O estudo teve como objetivo estabelecer a relação entre as competências digitais e o desem-
penho do docente universitário. A metodologia foi fundamentada no paradigma positivista
com uma abordagem quantitativa. A pesquisa foi do tipo básica, descritiva e correlacional. O
desenho não experimental e transversal incluiu uma amostra de 87 estudantes de uma univer-
sidade pública em Maracaibo, Venezuela, selecionados por conveniência. Utilizou-se a pesquisa
como técnica de coleta de dados, aplicando-se um questionário cuja confiabilidade foi alta
(Alfa de Cronbach = 0,975). Os dados foram processados com o software SPSS. Os resultados
indicaram uma correlação positiva moderada (Spearman = 0,356) entre as variáveis, sugerindo
que, à medida que aumentam as competências digitais dos docentes, seu desempenho mel-
hora. Em conclusão, o desenvolvimento das habilidades digitais dos professores contribui para
melhorar a qualidade educacional no contexto universitário.
Palavras-chave: Competências, competências digitais, desempenho docente, docente univer-
sitário.
Resumen
El estudio tuvo como objetivo establecer la relación entre las competencias digitales y el de-
sempeño del docente universitario. La metodología se fundamentó en el paradigma positivista
con un enfoque cuantitativo. La investigación fue de tipo básica, descriptiva y correlacional. El
diseño no experimental y transversal incluyó una muestra de 87 estudiantes de una universidad
pública en Maracaibo, Venezuela seleccionados por conveniencia. Se utilizó la encuesta como
técnica de recolección de datos, aplicándose un cuestionario cuya confiabilidad fue alta (Alfa
de Cronbach = 0,975). Los datos se procesaron mediante el software SPSS. Los resultados in-
dicaron una correlación positiva moderada (Spearman = 0,356) entre las variables, sugiriendo
que, a medida que aumentan las competencias digitales de los docentes, su desempeño me-
jora. En conclusión, el desarrollo de las habilidades digitales de los profesores contribuye a me-
jorar la calidad educativa en el contexto universitario.
Palabras clave: competencias, competencias digitales, desempeño docente, docente universi-
tario.
Introdução
No contexto atual do processo educativo, o uso de tecnologia tornou-se essencial, facilitando
a aquisição de conhecimentos pelos alunos. Acosta e Fuenmayor (2022) destacam que as Tec-
nologias da Informação e Comunicação (TIC) revolucionaram profundamente a forma como
os professores universitários buscam e gerenciam os conteúdos necessários para o ensino.
Esses avanços tecnológicos não apenas facilitam o acesso à informação, mas também permitem
uma maior interatividade e colaboração no âmbito educativo, melhorando a qualidade da
aprendizagem e do ensino.
© 2025, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
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Por isso, os professores de educação superior devem possuir competências digitais. Segundo
Centeno (2021), essas competências são definidas como um conjunto de conhecimentos, ha-
bilidades e capacidades associadas ao uso de tecnologias em ambientes educativos, que faci-
litam o cumprimento dos objetivos e competências estabelecidos no currículo. Nesse sentido,
Sánchez et al. (2022) destacam que as competências digitais abrangem aspectos relacionados
ao hardware, software, organização e gestão escolar, uso das TIC, bem como os elementos so-
ciais, éticos e legais associados ao seu uso.
Por sua vez, Cateriano et al. (2021) observam que, a nível mundial, há professores que enfrentam
dificuldades para buscar dados e informações relevantes. Como resultado, muitos docentes
recorrem exclusivamente ao Google como sua principal ferramenta de busca e não estão fa-
miliarizados com o uso de bases de dados, repositórios institucionais, e buscas avançadas com
operadores booleanos para obter informações de qualidade. Essa falta de habilidades limita a
capacidade dos docentes de acessar recursos acadêmicos adequados e reduz a qualidade das
informações utilizadas em sua prática docente.
Nesse contexto, Cobos et al. (2020) indicam que existem lacunas globais no uso da tecnologia
para fins acadêmicos e de disseminação de informações. Isso ocorre porque muitos professores
carecem de conhecimentos sobre como selecionar recursos adequados e utilizar mecanismos
de busca de maneira eficaz para escolher temas que atendam às necessidades de pesquisa e
ao nível acadêmico dos alunos.
Díaz e Serra (2020) apontam que é difícil determinar até que ponto os docentes utilizam a In-
ternet de maneira inadequada ao buscar informações. Isso pode ser devido à falta de habili-
dades necessárias para usar plenamente as tecnologias no ensino e à falta de conscientização
sobre a variedade de motores de busca disponíveis para consultar informações científicas.
Como consequência, muitos docentes recorrem exclusivamente a métodos tradicionais para
buscar informações científicas de qualidade, o que pode impactar negativamente no progresso
educativo e evolutivo dos alunos.
Espinoza (2020) destaca a importância de os docentes conhecerem e utilizarem motores de
busca acadêmicos como Google Scholar e Microsoft Academic, que oferecem acesso a artigos
e livros revisados por pares. Revistas científicas em plataformas como PubMed, IEEE Xplore e
JSTOR, e bases de dados como Scopus, SciELO, Dialnet e Redalyc, fornecem pesquisas espe-
cializadas e de alta qualidade. Além disso, redes acadêmicas como ResearchGate e
Academia.edu facilitam a colaboração e o acesso a publicações e sites de organizações cien-
tíficas que oferecem relatórios e estudos científicos de qualidade.
Nesse contexto, Baldomero (2022) destaca que as competências digitais dos professores de
educação superior incluem a alfabetização informacional, essencial para navegar, filtrar e ge-
renciar informações digitais. Também enfatiza a importância da comunicação e colaboração
online, que envolve interação e uso adequado de netiqueta. A criação de conteúdo digital, que
exige a integração de plataformas e o respeito aos direitos autorais, é outra competência chave.
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Da mesma forma, Díaz e Loyola (2021) acrescentam que essas competências digitais incluem
a busca e gestão de dados, a interação entre pessoas e a proteção de dados. Além disso, des-
tacam a importância das habilidades tecnológicas que não apenas permitem buscar e filtrar
informações relevantes, mas também aplicar estratégias eficazes para o ensino virtual.
Por sua vez, Flores e Garrido (2019) ressaltam que na América Latina os docentes devem de-
senvolver habilidades digitais, comunicativas, intelectuais e éticas para garantir a aprendizagem
dos alunos. Mancha et al. (2022) apontam que o novo ambiente educativo apresenta o desafio
de adquirir conhecimentos sobre o uso de tecnologias, que são ferramentas fundamentais para
consultar, produzir e distribuir conteúdo educativo.
Nesse sentido, Pérez (2017) defende que, para utilizar as TIC de maneira correta e eficaz, é ne-
cessário melhorar as habilidades digitais dos docentes. Portanto, no ambiente educativo, é cru-
cial criar uma conexão adequada entre o uso das TIC, a pedagogia e as estratégias que
integrem educação e tecnologia.
Zabalza e Zabalza (2020) descrevem que a educação baseada no enfoque de competências
digitais é um conceito recente que difere significativamente do ensino tradicional em termos
de conceitos, métodos e práticas. Seu propósito é promover a aquisição de habilidades que
permitam aos indivíduos se desenvolverem com sucesso em diversos contextos, incluindo o
econômico, laboral, social e acadêmico.
Nesse aspecto, Acosta e Barreto (2023) afirmam que a educação tem como propósito respon-
der à nova sociedade do conhecimento e da informação; portanto, os professores precisam
adquirir habilidades digitais que lhes permitam aprender a usar adequadamente as ferramentas
tecnológicas. Nesse sentido, Sánchez e Carrasco (2021) defendem a necessidade de formação
adicional sobre o uso da tecnologia na sala de aula, permitindo desenvolver uma atitude crítica
em relação à criação, uso ético e legal de conteúdos; assim, os professores deveriam aprender
a utilizar esses recursos para serem mais criativos e aplicá-los em diferentes áreas de aprendi-
zagem.
Por outro lado, Puche e Acosta (2024) afirmam que na Venezuela é necessário implementar
mecanismos que transformem e desenvolvam a educação, a tecnologia e a ciência, promo-
vendo o desenvolvimento de capacidades para a vida. Além disso, destacam que a escola deve
responder às necessidades da sociedade, e o processo educativo deve ser abordado de uma
perspectiva holística. Isso implica gerenciar cada processo acadêmico de forma a facilitar a
aprendizagem efetiva dos alunos.
Nesse contexto, Díaz e Castillo (2017) destacam que a gestão docente será excelente e eficaz
se o objetivo for desenvolver as habilidades cognitivas, afetivas e psicomotoras dos alunos, em
vez de se limitar a transmitir informações. Da mesma forma, Acosta e Barrios (2023) indicam
que o docente deve estimular a aprendizagem, contextualizar o conteúdo e integrar os alunos
no design instrucional.
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Por sua vez, Rojas e Arévalo (2022) observam que o desempenho do docente está intimamente
relacionado com a qualidade da educação. Portanto, o professor deve planejar e formular um
plano de atividades profissionais que se ajuste ao contexto, ao processo educativo e aos indi-
cadores de avaliação. Além disso, é crucial que considere tanto os fatores educacionais externos
quanto internos e integre práticas tecnológicas para melhorar a qualidade do ensino.
Ao mesmo tempo, Oviedo e Páez (2020) destacam que o desempenho docente está vinculado
às competências digitais, cognitivas e afetivas, influenciando diretamente a qualidade educa-
cional. Soria et al. (2020) afirmam que um desempenho docente ótimo se evidencia quando o
professor possui domínio sólido do conteúdo, utiliza mediação pedagógica eficaz e aplica re-
cursos instrucionais e avaliativos ajustados às necessidades dos alunos.
Nesse contexto, Arenas et al. (2021) argumentam que, para um bom desempenho docente, é
fundamental que os professores possuam competências digitais, as quais lhes permitem esti-
mular a aprendizagem, contextualizar o conteúdo e integrar os alunos no processo educacional.
Cabero e Martínez (2019) destacam que a Internet fornece recursos informativos e uma plata-
forma de comunicação rápida entre docentes e alunos. Além disso, Acosta (2022) sublinha que
a integração da Internet, tecnologias multimídia e gamificação é essencial no ensino virtual,
ressaltando o crescente apoio dos docentes à colaboração online, ao uso de suportes multi-
mídia e a métodos de avaliação diversificados.
Por sua vez, Carretero (2021) afirma que existe uma lacuna entre o saber e o fazer. No entanto,
diversas pesquisas e literatura científica demonstram que um design instrucional adequado,
que incorpore tecnologias, oferece vários benefícios pedagógicos para um ensino mais eficaz.
Nesse aspecto, García et al. (2021) destacam que o uso de tecnologias como os Ambientes Vir-
tuais de Aprendizagem (AVA) na educação superior apresenta múltiplos benefícios, como a ca-
pacidade de alcançar um maior número de usuários e oferecer flexibilidade na programação,
acompanhamento e progressão da aprendizagem dos alunos.
Diante do exposto, pode-se afirmar que as competências digitais estão intimamente relacio-
nadas ao desempenho do docente. O professor deve planejar e organizar suas estratégias de
acordo com os objetivos educacionais, gerenciar os recursos disponíveis, ajustar o tempo e os
ambientes escolares para favorecer a aprendizagem com o apoio das tecnologias. Dessa forma,
contribui-se para o desenvolvimento das competências estabelecidas no design curricular, oti-
mizando o processo educativo e promovendo um aprendizado mais eficaz e adaptado às ne-
cessidades atuais.
Nesse sentido, observou-se que alguns docentes universitários em Maracaibo, estado Zulia,
Venezuela, apresentam deficiências no uso de ferramentas tecnológicas, optando predomi-
nantemente por métodos de ensino tradicionais. Apesar dos avanços tecnológicos e das exi-
gências do mercado atual, esses professores tendem a repetir os métodos que conhecem e a
focar na memorização de informações por parte dos alunos. A situação pode ser atribuída à
falta de competências digitais, bem como ao acesso limitado à Internet, plataformas digitais e
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equipamentos tecnológicos. Essas ferramentas são fundamentais para melhorar significativa-
mente o ensino e a aprendizagem.
Outro aspecto relevante é a idade, pois muitos desses docentes têm mais de 50 anos e, con-
sequentemente, não foram alfabetizados tecnologicamente. A maioria possui apenas com-
petências digitais básicas e precisa melhorar na busca de informações em plataformas
especializadas, no uso de bibliotecas virtuais e na gestão de informações acadêmicas de
qualidade. Essa falta de habilidades digitais impacta negativamente no desempenho dos pro-
fessores, afetando sua capacidade de planejar e avaliar suas práticas, o que, por sua vez,
pode impactar no desempenho acadêmico dos alunos. Diante disso, o objetivo do estudo
foi estabelecer a relação entre as competências digitais e o desempenho do docente univer-
sitário.
Metodologia
O estudo baseou-se no paradigma positivista e na abordagem quantitativa, uma vez que o
objetivo principal foi medir e analisar a relação entre as competências digitais e o desempenho
docente no contexto universitário. Segundo Hernández e Mendoza (2018), esse tipo de abor-
dagem permite a coleta e análise de dados numéricos, proporcionando uma base sólida para
a interpretação objetiva dos resultados.
A pesquisa foi do tipo básica, o que implica que se orientou para a geração de conhecimentos
teóricos e a compreensão profunda do fenômeno estudado, sem a intenção imediata de aplicar
tais conhecimentos em um contexto prático. O nível descritivo, de acordo com Arias (2016),
fornece uma visão clara e compreensível das variáveis envolvidas. O estudo concentrou-se na
caracterização detalhada das competências digitais dos docentes universitários e seu desem-
penho, permitindo uma compreensão mais profunda das habilidades digitais dos professores
e de como essas influenciam seu desempenho acadêmico.
O alcance do estudo foi correlacional, permitindo examinar a relação e o grau de associação
entre as competências digitais dos docentes e seu desempenho. Segundo Hernández e Men-
doza (2018), esse tipo de alcance é essencial para identificar padrões e conexões entre variáveis,
sem necessariamente estabelecer uma causalidade direta.
O design do estudo foi de campo, pois foi realizado no local onde ocorreu a situação proble-
mática. Também se classificou como não experimental, uma vez que não foram manipuladas
as variáveis independentes, mas observadas como ocorrem em seu ambiente natural. A natu-
reza transversal do design implicou que os dados foram coletados em um único momento no
tempo, fornecendo uma visão instantânea da situação das competências digitais e do desem-
penho docente em um ponto específico.
A amostra foi composta por 87 estudantes universitários de uma universidade pública em Ma-
racaibo, estado Zulia, Venezuela. Esses alunos foram selecionados por meio de uma amostra-
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gem não probabilística por conveniência. Esse tipo de amostragem foi escolhido pela facilidade
de acesso aos participantes e pela viabilidade do estudo dentro das limitações temporais e de
recursos disponíveis. Apesar de não ser probabilístico, essa abordagem permitiu obter infor-
mações relevantes e valiosas sobre o tema pesquisado.
É necessário observar que o estudo não mencionou uma universidade específica para assegurar
a generalização e validade dos resultados. Não especificar a instituição evitou vieses relaciona-
dos às características particulares da universidade, permitindo que os achados fossem aplicáveis
a outras instituições similares. Também foram minimizados os riscos de confidencialidade e o
estudo se concentrou no tema principal, em vez de detalhes institucionais. Isso facilitou a com-
paração com outros estudos e contribuiu para uma base de conhecimento mais ampla e ge-
neralizável.
Os critérios de inclusão estabeleceram que os participantes deveriam ser estudantes universi-
tários atualmente matriculados em programas de educação superior na instituição selecionada,
com pelo menos um nível básico de competências digitais. Foi fornecido aos alunos um con-
sentimento informado que detalhava o propósito do estudo e seus direitos, incluindo a confi-
dencialidade das informações e a opção de se retirar caso não concordassem em completar a
pesquisa.
Foram excluídos os estudantes de primeiro ano devido à falta de experiência relevante com o
desempenho docente e as competências digitais. Também foram excluídos aqueles que não
pudessem fornecer um consentimento informado completo ou que tivessem exposição limitada
às competências digitais, pois isso poderia afetar a validade dos resultados do estudo.
Para a coleta de dados, utilizou-se a técnica da pesquisa por meio de questionário estruturado
em formato digital, contendo informações específicas sobre as variáveis, dimensões e indica-
dores relevantes para o estudo, permitindo uma coleta sistemática e organizada dos dados. A
confiabilidade do questionário foi verificada por meio do coeficiente Alfa de Cronbach, que re-
sultou em 0,975, indicando alta confiabilidade e consistência interna do instrumento utilizado.
O processamento dos dados coletados foi realizado com o software SPSS versão 27, uma fe-
rramenta estatística robusta que facilitou a análise detalhada das relações entre as competências
digitais e o desempenho docente. Esse software permitiu a realização de análises descritivas e
inferenciais, fornecendo uma base sólida para as conclusões do estudo.
Resultados
Após processar os dados, foram realizados análises descritivas para oferecer uma visão geral
das variáveis. Em seguida, foram aplicados métodos de análise inferencial para avaliar a corre-
lação entre as competências digitais e o desempenho docente universitário. Essa abordagem
permitiu examinar detalhadamente a relação entre ambas as variáveis e como elas se inter-re-
lacionam. A seguir, são apresentadas as tabelas com os resultados, que ilustram claramente a
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conexão entre as competências digitais dos docentes e seu desempenho no contexto univer-
sitário, fornecendo uma visão compreensiva dos achados.
Tabela 1
Competências digitais
Nota: Elaboração própria (2024).
A Tabela 1 exibe os resultados da variável “competências digitais” com cada uma de suas di-
mensões. Observa-se que 85,1% dos sujeitos pesquisados consideram que a “busca e gestão
de informações por parte dos professores está em um nível moderado, enquanto 14,9% ex-
pressam que é deficiente. Em relação à dimensão “alfabetização informacional”, 82,8% dos par-
ticipantes consideram que os docentes têm um nível moderado, e 17,2% indicam que é
deficiente.
Para a dimensão “comunicação e desenvolvimento, 60,9% dos pesquisados acreditam que os
professores têm um nível moderado, enquanto 34,5% consideram que é deficiente. Finalmente,
em “criação de conteúdos digitais”, 70,1% dos pesquisados afirmam que os docentes têm um
nível moderado, e 18,4% consideram que é deficiente.
Tabela 2
Desempenho dos docentes universitários.
Nota: Elaboração própria (2024).
Níveis
Busca e gestão Alfabetização
informacional
Comunicação e
desenvolvimento
Criação de conteúdos
digitais
F % F % F % F %
Deficiente 13 14,9 15 17,2 30 34,5 16 18,4
Moderado 74 85,1 72 82,8 53 60,9 61 70,1
Eficiente 0 0 0 0 4 4,6 10 11,5
Total 87 100 87 100 87 100 87 100
Níveis
Domínio de
conteúdo
Mediação
pedagógica
Uso dos recursos
instrucionais
Avaliação
contextualizada
F % F % F % F %
Deficiente 17 19,3 11 12,5 12 14,8 17 19,3
Moderado 44 50 45 52,3 41 46,6 51 58
Eficiente 26 30,7 31 35,2 34 38,6 19 22,7
Total 87 100 87 100 87 100 87 100
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A Tabela 2 reflete os resultados da variável “desempenho docente” com suas dimensões. Ob-
serva-se que 50% dos sujeitos pesquisados consideram que o “domínio do conteúdo” dos do-
centes está em um nível moderado, 30,7% o consideram eficiente e 19,3% o qualificam como
deficiente. Em relação à dimensão “mediação pedagógica”, 52,3% consideram que o nível é
moderado, 35,2% o consideram eficiente e 12,5% o qualificam como deficiente.
Para a dimensão “uso dos recursos instrucionais”, 46,6% dos pesquisados a situam em um nível
moderado e 38,6% a consideram eficiente; no entanto, 14,8% a classificam como deficiente.
Finalmente, na dimensão “avaliação contextualizada”, 58% dos pesquisados manifestam que
os docentes têm um nível moderado, 22,7% consideram que é eficiente e 19,3% o qualificam
como deficiente.
Tabela 3
Correlação entre as variáveis competências digitais e desempenho do docente universitário
Nota: Elaboração própria (2024).
A Tabela 3 reflete os resultados que analisam a relação entre as variáveis “competências digitais”
e “desempenho docente”. Foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman, um método
adequado para avaliar relações entre variáveis ordinais ou quando não se pode assumir uma
distribuição normal dos dados. Esta técnica estatística permitiu medir a força e a direção da
associação entre as variáveis de interesse do estudo.
Os resultados obtidos mostram que o coeficiente de correlação de Spearman entre as compe-
tências digitais e o desempenho docente é de 0,356. Este valor indica uma correlação positiva
moderada, sugerindo que, à medida que aumentam as competências digitais dos docentes,
tende a melhorar também o seu desempenho. A significância bilateral associada a esse coefi-
ciente é de 0,001, indicando que essa correlação é estatisticamente significativa, ou seja, a pro-
babilidade de que esse resultado tenha ocorrido por acaso é muito baixa.
A análise de correlação de Spearman revela uma correlação positiva e significativa entre as
competências digitais e o desempenho docente. Isso fornece evidência empírica de como o
desenvolvimento das competências digitais impacta favoravelmente a qualidade do desem-
penho dos professores. Ressalta a importância de fomentar essas habilidades no contexto edu-
Competências tecnológicas e o desempenho acadêmico dos estudantes universitários
Competência digital Desempenho
docente
Rho de
Spearman
Competência digital
Coeficiente de correlação 1 0,356**
Sig. (bilateral) - 0,001
N 87 87
Desempenho docente
Coeficiente de correlação 0,356** 1
Sig. (bilateral) 0,001 -
N 87 87
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cacional atual para melhorar a eficácia no ensino. A alta confiabilidade do questionário utilizado
e a análise detalhada dos dados através do software SPSS fortalecem a validade desses achados
e oferecem valiosas recomendações para a prática educacional e a formulação de políticas ins-
titucionais.
Discussão
Os resultados obtidos no estudo corroboram as afirmações de Callejas et al. (2016), que des-
tacam que as competências digitais dos docentes incluem um conjunto crucial de conheci-
mentos e habilidades necessárias para integrar eficazmente a tecnologia no ambiente
educacional. Essas competências são fundamentais para alcançar os objetivos de ensino, mel-
horando a capacidade dos docentes de facilitar a aprendizagem e adaptar-se às demandas do
contexto educacional moderno.
Isso está alinhado com a visão de Flores e Garrido (2019), que descrevem as competências di-
gitais como um conjunto organizado e criativo de tecnologias que facilitam a aprendizagem
dos alunos. Além disso, Callejas (2016) argumenta que a alfabetização digital não só implica o
desenvolvimento de habilidades, mas também a aquisição de conhecimentos, atitudes, valores
e ética no uso das TIC, com o objetivo de aproveitar ao máximo os recursos disponíveis na In-
ternet.
Por sua vez, Baldomero (2022) enfatiza que as competências digitais para os professores de
educação superior incluem a alfabetização informacional, que abrange a capacidade de nave-
gar, filtrar, avaliar e gerenciar informações digitais. Também destaca a importância da comuni-
cação e colaboração digital, que envolve a interação, participação e colaboração online, bem
como o uso de netiqueta e a gestão da identidade digital. A criação de conteúdo digital é outra
competência chave, que implica integrar e aperfeiçoar plataformas, elaborar conteúdo e res-
peitar os direitos autorais e as licenças.
Acevedo et al. (2020) acrescentam que a aquisição dessas competências digitais é crucial no
século XXI, pois facilita a busca de informações, a colaboração, a criação de conteúdo e o de-
sign de estratégias metodológicas para otimizar a aprendizagem. Castro e Artavia (2020) tam-
bém destacam como essas habilidades otimizam as tarefas administrativas e a organização do
ensino, promovendo o desenvolvimento integral dos estudantes.
Díaz e Loyola (2021) complementam essa visão ao apontar que as competências digitais abran-
gem a busca na Internet, a gestão e avaliação de dados, a interação entre pessoas, a criação de
conteúdos e a proteção de dados. Juntos, esses achados sublinham a importância das compe-
tências digitais, que vão além da simples utilização de ferramentas tecnológicas e abrangem as-
pectos fundamentais para um desempenho eficaz e seguro no ambiente educacional moderno.
Por outro lado, os resultados obtidos na dimensão do desempenho docente coincidem com
as observações de Acevedo et al. (2020), que destacam que o desempenho do professor se
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manifesta no ato de ensinar, considerando tanto as características dos alunos quanto os esforços
necessários para o crescimento profissional do docente. Isso impacta diretamente na aprendi-
zagem dos alunos.
García e Acosta (2012) argumentam que o objetivo do desempenho docente é desenvolver as
habilidades cognitivas dos alunos e alcançar altos padrões de qualidade educacional por meio
de práticas adaptadas à realidade social e às necessidades dos alunos, promovendo um de-
senvolvimento integral.
Soria et al. (2020) acrescentam que o desempenho docente implica a capacidade de lidar com
situações complexas na sala de aula, o que depende dos recursos psicossociais dos alunos e
das habilidades e atitudes do docente em contextos específicos. Um desempenho ótimo se
manifesta quando o docente domina o conteúdo, aplica uma mediação pedagógica eficaz e
utiliza recursos instrucionais e avaliativos adaptados às necessidades dos alunos.
Acosta e Barrios (2023) complementam essa visão ao apontar que um bom professor deve do-
minar as matérias, preparar-se adequadamente para as aulas, ter experiência com recursos de
aprendizagem e demonstrar respeito pelos outros. Soria et al. (2020) também destacam a im-
portância da mediação pedagógica na criação de um ambiente propício para a aprendizagem,
no manejo de conteúdos, na motivação dos alunos e no uso adequado de recursos educacio-
nais e tecnológicos.
Por fim, Cuentas et al. (2021) destacam que outros fatores que influenciam positivamente o de-
sempenho docente incluem a satisfação com o local de trabalho, as relações com alunos, pais,
diretores e a disposição para colaborar. Em síntese, os docentes são responsáveis por buscar,
encontrar e utilizar uma variedade de recursos para enriquecer o ambiente de aprendizagem.
Devem adaptar suas estratégias tecnológicas para motivar os alunos e considerar as necessi-
dades individuais de aprendizagem para melhorar seu desempenho em sala de aula.
Conclusões
Os resultados obtidos mostram que o coeficiente de correlação de Spearman entre as compe-
tências digitais e o desempenho docente é de 0,356, indicando uma correlação positiva mo-
derada. Essa correlação sugere que, à medida que aumentam as competências digitais dos
docentes, também melhora seu desempenho. No entanto, nem todos os docentes aproveitam
ao máximo as vantagens e oportunidades oferecidas pelas ferramentas digitais, o que indica a
necessidade de elevar o nível de competências digitais para garantir uma melhor prática de
ensino. A significância bilateral associada a esse coeficiente é de 0,001, o que indica que essa
correlação é estatisticamente significativa, ou seja, a probabilidade de que esse resultado tenha
ocorrido por acaso é muito baixa.
A correlação positiva e significativa entre as competências digitais e o desempenho docente
destaca a importância de melhorar essas habilidades para potencializar a qualidade educacional
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e o desempenho profissional no contexto universitário. Esse achado sublinha que os professores
com maiores competências digitais não só são mais eficientes na integração de tecnologias
em seus métodos de ensino, mas também são mais eficazes em facilitar a aprendizagem e
adaptar-se às mudanças tecnológicas e sociais. Portanto, fomentar essas competências é es-
sencial para alcançar uma educação mais eficaz e enriquecedora.
Para atingir esse objetivo, recomenda-se implementar programas de formação contínua em
competências digitais para os docentes universitários. As instituições educacionais devem in-
vestir em infraestrutura tecnológica e fornecer recursos e apoio técnico adequado para que os
professores possam desenvolver e atualizar suas habilidades digitais. Além disso, é crucial pro-
mover uma cultura de inovação e aprendizado constante, onde os educadores se sintam mo-
tivados e apoiados para explorar novas ferramentas e metodologias digitais. A avaliação regular
e o feedback sobre o uso das TIC em sala de aula também podem ajudar a identificar áreas de
melhoria e garantir que as competências digitais sejam utilizadas de maneira eficaz para apri-
morar o desempenho docente e, em última análise, a qualidade educacional.
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