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estudantes, que no futuro serão divulgadores das experiências que sua formação lhes permitiu vi-
venciar para enfrentar os desafios da carreira profissional, promovendo uma compreensão mais
profunda e duradoura dos princípios biológicos. Por essa razão, está estabelecido nos currículos
educacionais do ensino médio e de graduação o uso de horas teóricas e práticas. No entanto,
essa práxis implica uma simbiose entre modelos didáticos tradicionais, de descoberta e construti-
vistas, sendo que este último dá um sentido de construção social, tornando o processo flexível
para espaços abertos (Guirado, 2016).
De acordo com Parada (2023), as diferentes mudanças paradigmáticas promoveram metodologias
educacionais em que o estudante é um elemento ativo na construção colaborativa. O processo em-
pírico, como parte dessa permutação, permite entrelaçar modelos didáticos com estratégias perti-
nentes para alcançar, no mínimo, as competências genéricas "habilidades que permitem responder
às necessidades do contexto em que o estudante está inserido" (Pineda, 2021, p. 10). Essas são parte
de um conjunto de estratégias didáticas no nível médio e superior, com aproximações à realidade,
busca, organização, seleção de informações, descoberta, extrapolação, transferência, problematização,
processos de pensamento criativo divergente e lateral com trabalho colaborativo (Caicedo et al., 2017).
Assim, trata-se agora de abordar o espaço para a prática a partir da epistemologia envolvida na
função educativa empírica, pois é desse ponto que os professores contribuem para a ação reflexiva
sobre a ciência, com base no pensamento pedagógico e metacientífico, desempenhando o papel
de observadores (Zorrilla et al. 2022). Esse fato é evocado, sendo que os licenciados em biologia
são chamados a incursionar em espaços diversos para estudar as condições naturais, a origem, o
desenvolvimento, a estrutura, a hereditariedade e outros aspectos dos organismos vegetais e ani-
mais. Por isso, a atividade experimental é um aspecto inescapável, embora os problemas e desafios
enfrentados pelas universidades na Venezuela sejam muitos, entre eles a falta de laboratórios em
áreas novas ou a necessidade de manter os já existentes com material suficiente:
"Atualmente, não é uma metáfora dizer que a infraestrutura das nossas instituições de ensino está
caindo aos pedaços, pois é inegável o avançado estado de deterioração e abandono das instala-
ções universitárias pelas autoridades. Isso é tão grave que nem mesmo as salas de aula apresentam
condições mínimas para o exercício da função docente." (Leal, 2019, p. 1)
Levando em consideração o que foi exposto pelo autor, percebe-se que, nos dias atuais, espaços
como laboratórios, áreas esportivas, culturais, produtivas, entre outros, requerem novas alternativas
para serem utilizados como estratégias, compreendendo que a universidade enfrenta uma com-
plexidade de diferentes enfoques que não se limitam apenas ao orçamento, mas incluem outros
aspectos. Nesse caso, é de interesse abordar a prática docente, quando se deve implicar esforços
orientados para novas experiências que exigem o ajuste de tempo, recursos, conteúdos didáticos
e até mesmo atitudes, para dar ao laboratório o lugar que ele merece no aprendizado das ciências.
Neste contexto, a Universidade Experimental dos Llanos Ocidentais "Ezequiel Zamora" (Unellez),
como instituição universitária na região dos Llanos, enfrenta o desafio de revitalizar seus espaços
de aprendizagem. Embora as instalações não contem com equipamentos laboratoriais completos,