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52 Natividad Bustos Rusinque
estudantes, que no futuro serão divulgadores das experiências que sua formação lhes permitiu vi-
venciar para enfrentar os desafios da carreira profissional, promovendo uma compreensão mais 
profunda e duradoura dos princípios biológicos. Por essa razão, está estabelecido nos currículos 
educacionais do ensino médio e de graduação o uso de horas teóricas e práticas. No entanto, 
essa práxis implica uma simbiose entre modelos didáticos tradicionais, de descoberta e construti-
vistas, sendo que este último dá um sentido de construção social, tornando o processo flexível 
para espaços abertos (Guirado, 2016). 
De acordo com Parada (2023), as diferentes mudanças paradigmáticas promoveram metodologias 
educacionais em que o estudante é um elemento ativo na construção colaborativa. O processo em-
pírico, como parte dessa permutação, permite entrelaçar modelos didáticos com estratégias perti-
nentes para alcançar, no mínimo, as competências genéricas "habilidades que permitem responder 
às necessidades do contexto em que o estudante está inserido" (Pineda, 2021, p. 10). Essas são parte 
de um conjunto de estratégias didáticas no nível médio e superior, com aproximações à realidade, 
busca, organização, seleção de informações, descoberta, extrapolação, transferência, problematização, 
processos de pensamento criativo divergente e lateral com trabalho colaborativo (Caicedo et al., 2017). 
Assim, trata-se agora de abordar o espaço para a prática a partir da epistemologia envolvida na 
função educativa empírica, pois é desse ponto que os professores contribuem para a ação reflexiva 
sobre a ciência, com base no pensamento pedagógico e metacientífico, desempenhando o papel 
de observadores (Zorrilla et al. 2022). Esse fato é evocado, sendo que os licenciados em biologia 
são chamados a incursionar em espaços diversos para estudar as condições naturais, a origem, o 
desenvolvimento, a estrutura, a hereditariedade e outros aspectos dos organismos vegetais e ani-
mais. Por isso, a atividade experimental é um aspecto inescapável, embora os problemas e desafios 
enfrentados pelas universidades na Venezuela sejam muitos, entre eles a falta de laboratórios em 
áreas novas ou a necessidade de manter os já existentes com material suficiente: 
"Atualmente, não é uma metáfora dizer que a infraestrutura das nossas instituições de ensino está 
caindo aos pedaços, pois é inegável o avançado estado de deterioração e abandono das instala-
ções universitárias pelas autoridades. Isso é tão grave que nem mesmo as salas de aula apresentam 
condições mínimas para o exercício da função docente." (Leal, 2019, p. 1) 
Levando em consideração o que foi exposto pelo autor, percebe-se que, nos dias atuais, espaços 
como laboratórios, áreas esportivas, culturais, produtivas, entre outros, requerem novas alternativas 
para serem utilizados como estratégias, compreendendo que a universidade enfrenta uma com-
plexidade de diferentes enfoques que não se limitam apenas ao orçamento, mas incluem outros 
aspectos. Nesse caso, é de interesse abordar a prática docente, quando se deve implicar esforços 
orientados para novas experiências que exigem o ajuste de tempo, recursos, conteúdos didáticos 
e até mesmo atitudes, para dar ao laboratório o lugar que ele merece no aprendizado das ciências. 
Neste contexto, a Universidade Experimental dos Llanos Ocidentais "Ezequiel Zamora" (Unellez), 
como instituição universitária na região dos Llanos, enfrenta o desafio de revitalizar seus espaços 
de aprendizagem. Embora as instalações não contem com equipamentos laboratoriais completos,