Espaços experimentais para o ensino de
biologia na educação universitária
Espacios experimentales para la enseñanza de la
biología en la educación universitaria
Como citar: Bustos, R. N. (2024). Espaços experimentais para o ensino de biologia na educação univer-
sitária. Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(11), 49-62. https://doi.org/10.59654/7peppt81
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Natividad Bustos Rusinque
https://orcid.org/0000-0003-2719-9163
El Nula, estado de Apure / Venezuela
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 6(11), 49-62
ISSN Eletrônico: 2665-038X
Recebido: Setembro / 6 / 2024 Aceito : Outubro / 23 / 2024
https://doi.org/10.59654/7peppt81
* Estudante de Doutorado em Educação, Universidad Nacional Experimental de los Llanos Ocidentales Ezequiel
Zamora (Unellez), Barinas - Venezuela. M. Sc. em Ciências da Educação, Docência Universitária (Unellez). Licenciada
em Educação, com Ênfase em Biologia e Química, Universidade de Los Andes (ULA), Táchira - Venezuela. Licen-
ciada em Educação, com Ênfase em Matemática (Unellez). Professora instrutora no programa de Ciências da Edu-
cação, Unellez Extensão El Nula, Apure - Venezuela. Professora de sala de aula no Liceo Bolivariano "Armando
Reverón", Caño Regreso, Apure - Venezuela. Correio eletrônico: natividadbustosrusinque21@gmail.com
Resumo
O estudo apresenta uma análise da importância dos espaços experimentais no ensino de bio-
logia nas salas de aula universitárias, especificamente no curso de Licenciatura em Educação,
com ênfase em Biologia, e na Engenharia de Produção Animal. A metodologia utilizada foi de
natureza quantitativa, com um tipo de pesquisa descritiva e um desenho não experimental trans-
versal, envolvendo uma população de vinte (20) estudantes. A técnica empregada foi uma pes-
quisa, complementada por observação. Os resultados revelaram fragilidades nas atividades
práticas de biologia, especialmente em saídas de campo e trabalhos experimentais. Esses acha-
dos sugeriram respostas para desafios reais no campo biológico, por meio do desenvolvimento
de habilidades utilizando elementos táticos que promovem competências em pensamento, ob-
servação, análise, integração, organização, criatividade, tomada de decisão, resolução de pro-
blemas, reflexão e avaliação. Isso foi alcançado por meio da elaboração de objetivos, exercícios
práticos, familiarização com fenômenos, atividades ilustrativas, aprendizado de conceitos e pes-
quisa.
Palavras-chave: Didática da biologia, ensino universitário, espaços experimentais, trabalho de
campo, ensino de biologia.
Resumen
El estudio presenta un análisis sobre la importancia de los espacios experimentales en la ense-
ñanza de la biología en las aulas universitarias, específicamente en la Licenciatura en Educación
mención Biología e Ingeniería en Producción Animal. La metodología utilizada fue de enfoque
cuantitativo, con una investigación de tipo descriptiva y un diseño no experimental de tipo
transversal, en una población de veinte (20) estudiantes. La técnica empleada fue una encuesta,
complementada con observación. Los resultados revelaron debilidades en la actividad práctica
de biología, especialmente en las salidas de campo y el trabajo experimental. Estos hallazgos
permitieron sugerir respuestas a los desafíos reales del campo biológico, a través del desarrollo
de destrezas con elementos tácticos que fomenten habilidades de pensamiento, observación,
análisis, integración, organización, creatividad, toma de decisiones, resolución de problemas,
reflexión y evaluación, mediante la planeación de objetivos, ejercicios prácticos, familiarización
con fenómenos, actividades ilustrativas, aprendizaje de conceptos e investigaciones.
Palabras clave: Didáctica de la biología, educación universitaria, espacios experimentales, trabajos
de campo, enseñanza de la biología.
Introdução
Os processos universitários têm evoluído em resposta às expectativas e necessidades emergentes
ao longo do tempo, adaptando suas metodologias em função das mudanças que ocorrem. Um
exemplo claro dessa evolução é a biologia, cujo desenvolvimento foi significativo desde sua po-
pularização no século XIX. O termo "biologia" foi promovido pelo naturalista francês Jean-Baptiste
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Lamarck, que buscou integrar diversas disciplinas relacionadas ao estudo das formas de vida. No
entanto, os fundamentos da biologia remontam à época de Aristóteles, por volta do ano 350 a.C.,
quando as bases para o estudo dos seres vivos já foram estabelecidas.
Dado que a biologia é uma ciência natural dedicada ao estudo da vida e dos fenômenos associa-
dos, seu ensino é baseado em uma combinação de teoria e aplicações experimentais, que muitas
vezes se concretizam em práticas de laboratório. Essa evolução contínua no campo requer uma
adaptação constante das estratégias educacionais para acompanhar os avanços científicos e tec-
nológicos. Assim, a necessidade de reconceptualizar as metodologias pedagógicas na biologia
torna-se essencial, assegurando que a educação nesta ciência reflita adequadamente os desen-
volvimentos atuais e prepare os estudantes para enfrentar os desafios contemporâneos.
Contudo, atualmente, muitas universidades enfrentam desafios econômicos que dificultam a pro-
visão de laboratórios e espaços adequados para o ensino prático da biologia. Nesse contexto, é
fundamental que os educadores encontrem formas de aproximar os estudantes de experiências
científicas autênticas por meio de adaptações criativas que simulem esses ambientes de aprendi-
zado. Dessa forma, pode-se evitar a perda da práxis nessa área fundamental para a compreensão
dos fenômenos vitais.
Além disso, os laboratórios de biologia devem ser flexíveis no uso de materiais biológicos e na
aplicação de práticas experimentais. Hoje em dia, diversos recursos acessíveis e recicláveis, adap-
tados ao ambiente da instituição, são empregados para cumprir os procedimentos empíricos ne-
cessários na formação do estudante. A atividade experimental, portanto, desempenha um papel
crucial no ensino da biologia, ao fornecer uma base teórica sólida e ao desenvolver habilidades e
destrezas práticas, como apontam López e Tamayo (2012).
Uma estratégia fundamental na biologia, desde a atividade pedagógica, é o trabalho experimental,
que se torna uma ferramenta essencial no ensino da biologia e das ciências naturais em geral. A
importância desse trabalho reside principalmente na possibilidade de corroborar, em alguns casos
de forma simples e adequada, muitos dos fenômenos biológicos estudados na teoria, permitindo
que os estudantes enfrentem o aprendizado da biologia não a partir de uma perspectiva abstrata,
mas com uma visão real e cotidiana.
Além disso, quando o estudante pode realizar atividades experimentais, não apenas corrobora
conceitos, mas também constrói seu próprio conhecimento a partir da prática. Essa situação per-
mite a apresentação de problemas, o desenvolvimento de análises qualitativas, a formulação de
hipóteses, o planejamento de projetos, a interpretação de resultados, a revisão de ideias e a aqui-
sição de contribuições multidisciplinares em outros campos do conhecimento. Também favorece
o armazenamento de memórias científicas, entre outros critérios epistemológicos na formação
profissional, que posteriormente serão vivenciados em sua atuação como educador em sala de
aula, caso esteja no âmbito educacional (Lorenzo, 2020).
Sob essa perspectiva, é importante que as práticas se tornem elementos indispensáveis para os
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estudantes, que no futuro serão divulgadores das experiências que sua formação lhes permitiu vi-
venciar para enfrentar os desafios da carreira profissional, promovendo uma compreensão mais
profunda e duradoura dos princípios biológicos. Por essa razão, está estabelecido nos currículos
educacionais do ensino médio e de graduação o uso de horas teóricas e práticas. No entanto,
essa práxis implica uma simbiose entre modelos didáticos tradicionais, de descoberta e construti-
vistas, sendo que este último dá um sentido de construção social, tornando o processo flexível
para espaços abertos (Guirado, 2016).
De acordo com Parada (2023), as diferentes mudanças paradigmáticas promoveram metodologias
educacionais em que o estudante é um elemento ativo na construção colaborativa. O processo em-
pírico, como parte dessa permutação, permite entrelaçar modelos didáticos com estratégias perti-
nentes para alcançar, no mínimo, as competências genéricas "habilidades que permitem responder
às necessidades do contexto em que o estudante está inserido" (Pineda, 2021, p. 10). Essas são parte
de um conjunto de estratégias didáticas no nível médio e superior, com aproximações à realidade,
busca, organização, seleção de informações, descoberta, extrapolação, transferência, problematização,
processos de pensamento criativo divergente e lateral com trabalho colaborativo (Caicedo et al., 2017).
Assim, trata-se agora de abordar o espaço para a prática a partir da epistemologia envolvida na
função educativa empírica, pois é desse ponto que os professores contribuem para a ação reflexiva
sobre a ciência, com base no pensamento pedagógico e metacientífico, desempenhando o papel
de observadores (Zorrilla et al. 2022). Esse fato é evocado, sendo que os licenciados em biologia
são chamados a incursionar em espaços diversos para estudar as condições naturais, a origem, o
desenvolvimento, a estrutura, a hereditariedade e outros aspectos dos organismos vegetais e ani-
mais. Por isso, a atividade experimental é um aspecto inescapável, embora os problemas e desafios
enfrentados pelas universidades na Venezuela sejam muitos, entre eles a falta de laboratórios em
áreas novas ou a necessidade de manter os já existentes com material suficiente:
"Atualmente, não é uma metáfora dizer que a infraestrutura das nossas instituições de ensino está
caindo aos pedaços, pois é inegável o avançado estado de deterioração e abandono das instala-
ções universitárias pelas autoridades. Isso é tão grave que nem mesmo as salas de aula apresentam
condições mínimas para o exercício da função docente." (Leal, 2019, p. 1)
Levando em consideração o que foi exposto pelo autor, percebe-se que, nos dias atuais, espaços
como laboratórios, áreas esportivas, culturais, produtivas, entre outros, requerem novas alternativas
para serem utilizados como estratégias, compreendendo que a universidade enfrenta uma com-
plexidade de diferentes enfoques que não se limitam apenas ao orçamento, mas incluem outros
aspectos. Nesse caso, é de interesse abordar a prática docente, quando se deve implicar esforços
orientados para novas experiências que exigem o ajuste de tempo, recursos, conteúdos didáticos
e até mesmo atitudes, para dar ao laboratório o lugar que ele merece no aprendizado das ciências.
Neste contexto, a Universidade Experimental dos Llanos Ocidentais "Ezequiel Zamora" (Unellez),
como instituição universitária na região dos Llanos, enfrenta o desafio de revitalizar seus espaços
de aprendizagem. Embora as instalações não contem com equipamentos laboratoriais completos,
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o curso de Educação com habilitação em Biologia e a Engenharia em Produção Animal oferecem
uma variedade de subprojetos que abrangem áreas-chave da biologia, tais como biologia geral,
ecologia, bioquímica, genética, microbiologia, biologia celular, biologia vegetal, biotecnologia e
biologia animal.
Esses subprojetos integram tanto conteúdos teóricos quanto práticos e representam uma valiosa
alternativa vivencial para o aprendizado experimental. Apesar das limitações atuais, esses esforços
buscam aproveitar ao máximo os recursos disponíveis, adaptando as metodologias de ensino para
oferecer experiências enriquecedoras que compensem o déficit de infraestrutura e recursos, e que
preparem adequadamente os estudantes para enfrentar os desafios no campo da biologia.
O presente artigo foca em analisar a importância dos espaços experimentais para o ensino de
biologia nas salas de aula universitárias e a direção estratégica que pode ser dada através de
módulos contextualizados, como elementos-chave no âmbito educacional, onde há carência
de laboratórios. Em primeiro lugar, destacam-se os espaços experimentais, como locais dedi-
cados a atividades com contato com objetos e fenômenos, a partir de dimensões didáticas, de
funcionamento e com recursos indispensáveis para isso. A base está fundamentada na exis-
tência de planos de estudo com subprojetos biológicos nos cursos de Licenciatura em Educação
com habilitação em Biologia e Engenharia em Produção Animal, onde se antecipa uma insufi-
ciência na práxis.
Em segundo lugar, aborda-se o estudo da biologia como um componente conceitual e empírico
que trata dos seres vivos e suas características, por meio do trabalho de experimentação com ele-
mentos como: objetivos, exercícios, familiarização com fenômenos, atividades ilustrativas, apren-
dizado de conceitos e pesquisas, adaptado à classificação de Leite e Figueroa (2004). Destaca-se
a acessibilidade da compreensão das explicações teóricas, por meio do trabalho prático e a cres-
cente presença dessas práticas nas salas de aula universitárias.
Por fim, discute-se a necessidade de o docente se apropriar de rotas para a experimentação, atra-
vés da elaboração de módulos possíveis de serem utilizados como espaços experimentais, am-
pliando o leque de opções flexíveis a serem empregadas na biologia. “É necessário conceber
atividades educativas que sejam atraentes e desafiadoras para os estudantes” (Puche, 2024, p. 7).
Tudo isso a partir de um trabalho operacional de dimensões expostas quantitativamente e com o
reforço da observação como meio para destacar a experiência do estudante nas salas de aula uni-
versitárias, dentro do marco de discussão e análise de resultados.
Metodologia
A pesquisa adota uma abordagem quantitativa, conforme Hernández et al. (2014), utilizando me-
didas numéricas e gráficas para analisar variáveis relevantes. Este estudo é de campo, pois se baseia
em dados coletados diretamente do ambiente real e é descritivo por sua natureza, proporcionando
interpretações detalhadas do fenômeno observado, segundo Palella e Martins (2012). O delinea-
mento metodológico é não experimental, de acordo com Hernández e Mendoza (2018), o que
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indica a presença de um objetivo focado na análise de uma variável através da descrição; além
disso, foi transversal, permitindo a observação dos fenômenos em seu contexto natural: a Unellez,
extensão El Nula, e a coleta de dados em um único momento temporal.
A amostra censitária compreende 20 estudantes do curso de Engenharia de Produção Animal e
da Licenciatura em Educação com habilitação em Biologia, representando áreas da biologia com
atividade experimental. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário estruturado com 25
itens, focado em variáveis como espaços experimentais e aspectos do trabalho experimental em
biologia. O questionário abrange dimensões didáticas, funcionais e de recursos, com perguntas
fechadas para uma avaliação precisa e detalhada.
Com base no exposto, a validação foi realizada por meio de julgamento de especialistas em con-
teúdo, ou seja, o instrumento de medição projetado para a coleta de informações foi submetido
à consideração e análise de três especialistas, com conhecimento na área de estudo e em meto-
dologia de pesquisa, a fim de verificar critérios como: pertinência, coerência, clareza, a dimensão
e os indicadores, assim como a redação adequada dos mesmos.
É importante destacar o uso de técnicas de processamento para análise da informação, em seu
momento lógico inicial, com revisões bibliográficas sobre pesquisas anteriores relacionadas às di-
mensões em estudo. O processo metodológico permitiu estruturar o instrumento, para realizar a
operacionalidade de ordenar, tabular e analisar os dados obtidos por meio da estatística descritiva.
Portanto, responde-se à importância dos espaços experimentais a partir da conexão lógica en-
contrada entre a realidade nas salas de aula universitárias e a discussão de estruturas teóricas apre-
sentadas por alguns autores, com a necessidade empírica no ensino da biologia..
Resultados
Nas tabelas abaixo, são apresentados os resultados das dimensões e indicadores em termos de
frequências, percentuais e suas respectivas interpretações, conforme o enfoque dos itens estrutu-
rados na pesquisa.
Tabela 1
Dimensão didática
Nota: Elaboração própria (2024). Informação do instrumento aplicado aos estudantes.
Indicador Ênfase Sim (%) Não (%)
Estrategia
Uso de experimentos. 40 60
Presença de saídas de campo. 30 70
Promoção do trabalho experimental. 40 60
Consideração da experiência vivencial empírica. 80 20
Estratégias aplicadas para adquirir conhecimentos empíricos. 55 45
Técnica Presença de atividades experimentais como técnica pedagógica. 35 65
Conteúdos Desenvolvimento de conteúdos programáticos de forma teórica-prática. 55 45
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Os dados da Tabela 1 mostram uma variabilidade significativa na percepção dos estudantes em
relação à dimensão didática de sua educação. Em termos de “estratégia”, apenas 40% dos estu-
dantes considera que a experimentação é utilizada de maneira eficaz no processo de ensino, en-
quanto 60% percebem o contrário. A frequência de saídas de campo é ainda mais baixa, com
30% dos estudantes relatando a realização destas atividades em comparação com 70% que não
o fazem. Além disso, a promoção do trabalho experimental também é insuficiente, com 60% das
respostas negativas em comparação com 40% de afirmações positivas. No entanto, 80% dos es-
tudantes valoriza positivamente a incorporação de experiências vivenciais no aprendizado, o que
contrasta com os 20% que não consideram isso relevante. Quanto às estratégias para adquirir
conhecimentos empíricos, 55% dos estudantes reconhecem seu uso, enquanto 45% não o fazem.
Na categoria de “técnica”, apenas 35% dos estudantes informa sobre a inclusão de atividades ex-
perimentais como parte das técnicas pedagógicas, enquanto 65% não observam isso. Em relação
ao desenvolvimento de “conteúdos”, 55% dos estudantes acredita que estes são abordados de
maneira teórico-prática, em contraste com 45% que não percebe assim. Esses achados indicam
uma necessidade urgente de reforçar a integração de estratégias e técnicas experimentais no en-
sino, assim como melhorar a implementação de experiências vivenciais e atividades práticas no
currículo. Abordar essas áreas poderia ajudar a alinhar o ensino com as expectativas dos estudantes
e potencializar um aprendizado mais significativo e eficaz.
Tabela 2
Dimensão funcionamento e recursos
Nota: Elaboração própria (2024). Informação do instrumento aplicado aos estudantes.
A tabela 2 mostra as realidades das condições da dimensão “funcionamento e recursos dos
espaços experimentais”. Em relação ao indicador “estrutura”, 100% dos estudantes admitem a
ausência de estruturas adequadas para atividades experimentais. Da mesma forma ocorreu
com o indicador “materiais didáticos”, onde 100% perceberam que não há disposição de ma-
teriais necessários para realizar as práticas de biologia. Por sua vez, os estudantes consideram
em 90% a necessidade de um espaço físico e materiais para a realização de experimentos, en-
quanto 10% não visualizam isso.
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Indicador Ênfase Sim (%) Não (%)
Estructura Presença de uma estrutura adequada para atividades experimentais. 0 100
Materiais
Didáticos
Disponibilidade de materiais necessários para realizar as práticas de biologia. 0 100
Necessidade de um espaço físico e materiais para a realização de experi-
mentos. 90 10
Talento
humano
Disponibilidade de docentes especialistas em biologia ou ciências naturais. 25 75
Os docentes respondem de forma assertiva frente à experimentação. 85 15
Recursos
financeiros Disponibilidade de recursos financeiros para atividades experimentais. 0 100
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Para o indicador “talento humano, 25% classificam a presença de docentes especialistas em
biologia ou ciências naturais, enquanto 75% negam observar esse potencial humano, caracte-
rizando esses resultados como uma deficiência influente para que se possam trabalhar os es-
paços experimentais. No caso dos poucos docentes existentes com essa especialidade,
registra-se 85% de assertividade frente à experimentação, de acordo com a avaliação dos es-
tudantes, em contraste com 15% que não possuem essa habilidade de resposta em biologia.
No indicador “recursos financeiros”, a totalidade dos estudantes, ou seja, 100%, observa a au-
sência de recursos financeiros para atividades experimentais.
Essas descobertas mostram uma carência de materiais didáticos, talento humano e recursos fi-
nanceiros, que sem dúvida fogem da ação docente para serem resolvidas. No entanto, a busca
por alternativas em diversos contextos é o mais próximo da integração de um contato direto
com a experimentação, para reconceituar o aprendizado a partir de respostas construídas com
o próprio contexto institucional.
Tabela 3
Dimensão trabalho experimental
Nota: Elaboração própria (2024). Informação do instrumento aplicado aos estudantes.
A Tabela 3 evidencia os resultados da dimensão “trabalho experimental”. Para o indicador “ob-
jetivos”, 100% dos alunos afirmaram que esse tipo de trabalho contribui para o alcance de metas
específicas, demonstrando a conexão dessas práticas com objetivos essenciais que orientam
essas ações. Em seguida, o indicador “exercícios” mostra que 90% dos alunos reconhecem que
esse trabalho auxilia no uso adequado de equipamentos e materiais de laboratório, enquanto
Indicador Ênfase Sim (%) Não (%)
Objetivos O trabalho experimental contribui para a realização dos objetivos. 100 0
Exercícios
O desenvolvimento de exercícios experimentais permite conhecer o
uso adequado de implementos e equipamentos de laboratório. 90 10
Integração de atividades com o exercício do trabalho experimental. 40 60
Familiarização
com
fenômenos
Integração de atividades com o exercício do trabalho experimental. 45 55
Replica experimentos de biólogos para se familiarizar com as vivências
dos mesmos. 35 65
Atividades
ilustrativas
Presença de atividades ilustrativas para explicar trabalhos experimentais. 40 60
As atividades ilustrativas ajudam na aquisição de conhecimentos. 100 0
Aprendizado
de conceitos
O trabalho experimental contribui para a significância dos conceitos. 100 0
O aprendizado de conceitos fortalece o vocabulário na biologia. 85 15
Pesquisas
Experiência com algum estudo experimental de um fenômeno biológico. 0 100
As pesquisas contribuem para o autoaprendizado. 65 35
Realização de pesquisas como parte do desenvolvimento de conteúdo. 45 55
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10% não o consideram assim. Isso está diretamente relacionado ao baixo percentual de envol-
vimento em atividades práticas com fenômenos, com 40% confirmando sua integração e 60%
não percebendo essa integração no processo de ensino.
O indicador “familiarização com fenômenos” revela que 45% dos alunos se sentem familiari-
zados com fenômenos biológicos importantes, enquanto 55% não observam esse potencial
prático. Além disso, a falta de repetição de experimentos para familiarização é notável, com
apenas 35% realizando essa prática, em contraste com 65% que não a executam. Quanto ao
indicador “atividades ilustrativas”, 40% dos alunos notam a presença de atividades ilustrativas
para explicar trabalhos experimentais, em contraste com 60% que não percebem. No entanto,
100% dos alunos consideram essas atividades ilustrativas como úteis para a aquisição de con-
hecimento.
No que diz respeito ao indicador “aprendizado de conceitos”, 100% dos alunos afirmam que
as atividades ilustrativas contribuem para a aquisição de conhecimentos nas práticas experi-
mentais. Além disso, 85% veem esse tipo de aprendizado como uma força no desenvolvimento
do vocabulário em biologia, em comparação com 15% que não concordam com isso.
Por fim, a tabela reflete o indicador “pesquisas”, onde 100% admitem não realizar pesquisas
sobre fenômenos biológicos como experiência para resolver situações, especialmente em am-
bientes como a universidade, onde há uma transição dos processos pedagógicos para andra-
gógicos. Além disso, os alunos consideram que as pesquisas contribuem para o
autoaprendizado em 65%, em contraste com 35%. Isso reflete a baixa realização de pesquisas
como parte do desenvolvimento do conteúdo, com 55% reconhecendo sua presença e 45%
afirmando que a pesquisa é um elemento fundamental na formação profissional.
Esses dados revelam baixos índices de habilidades empíricas, onde os alunos perdem a opor-
tunidade de conectar suas percepções com o conteúdo teórico e ilustrativo, para a reconstrução
do conhecimento por meio da resolução de problemas, pesquisas e planejamentos autênti-
cos.
A seguir, é apresentada, de forma anexa aos indicadores especificados, uma tabela com módulos
sugeridos para a planejamento de espaços experimentais, com ênfases contextualizadas:
Tabela 4
Módulos sugeridos como rotas para a experimentação
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Módulo Ênfase
Estudo curricular para os docentes tra-
çarem rotas de experimentação.
Encontrar dentro dos currículos da Licenciatura em Biologia e En-
genharia em Produção Animal, os subprojetos com aplicação bio-
lógica, para que os docentes possam traçar rotas de espaços viáveis
para a experimentação nos subprojetos de Biologia Geral, Biologia
Celular, Biologia Vegetal, Biologia Animal, Bioquímica, Ecologia, Ge-
nética e Microbiologia.
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Fonte: Bustos (2024).
A Tabela 4 mostra os resultados dos módulos sugeridos para a atividade prática, desde a criação
de rotas que envolvem espaços naturais e empresas com processos de matérias-primas, como
carnes, laticínios, tratamento de água, e elaboração de produtos alimentícios, entre outros.
Também se destaca o uso de materiais domésticos ou cotidianos para representar processos
biológicos, a partir da acessibilidade do ambiente institucional da universidade. Para processos
biológicos mais complexos, projeta-se a necessidade de se conectar com outros espaços que
possuam laboratórios educacionais, analíticos ou de medicina animal, devido à existência de
conteúdos a serem desenvolvidos especificamente nesses ambientes. A sugestão é, sem dúvida,
buscar elementos sociais para integrar na atividade experimental, tanto dentro quanto fora da
instituição.
Discussão
Os resultados revelam que uma maioria significativa de estudantes identifica deficiências na
atividade prática de biologia, particularmente no uso de experimentos, saídas de campo e tra-
balho experimental. Essas deficiências são atribuídas em grande parte à falta de infraestrutura
adequada, materiais didáticos, reagentes, recursos financeiros e pessoal especializado em bio-
logia. Este achado destaca a dependência da prática experimental tanto da infraestrutura aca-
dêmica quanto dos recursos materiais e humanos disponíveis, conforme apontado por
Muschietti et al. (2017).
Além disso, a limitada planejamento em termos de elementos didáticos para a prática da bio-
logia reflete uma deficiência em técnicas, estratégias e conteúdos. A seleção desses elementos
deveria ser adaptável, com base nos conhecimentos, concepções e valores do docente, como
argumentam Bermúdez e Ocelli (2020). A falta de uma planejamento sistemática e de recursos
adequados reforça as insuficiências observadas na prática experimental. O papel do docente
implica adaptar o conteúdo às realidades sociais, ecológicas e culturais dos alunos, respon-
dendo a um contexto educativo contextualizado, conforme proposto por Aragón e Cabarcas
(2023).
O trabalho da experimentação em es-
paços naturais.
Caminhadas, explorações de campo, observações diretas, constru-
ção de insectários ou outro tipo de amostras biológicas.
A experimentação em empresas de pro-
cessamento de matéria-prima presentes
na comunidade.
Visitas guiadas, observações diretas, manejo de equipamentos de
processamento de matéria-prima (água, laticínios, carne...). Extra-
ção de amostras biológicas, vínculo com entidades públicas e pri-
vadas relacionadas à higiene e manipulação de alimentos.
O trabalho de experimentação com ele-
mentos do lar.
Experimentos caseiros, observação direta de ilustrações, vídeos,
consultas a materiais digitais.
O trabalho de experimentação sob o
microscópio, em ambientes externos.
Estudos de caso, solicitações de permissão para ambientes próxi-
mos com microscópio, observações diretas em laboratórios clínicos
e de medicina animal, coleta de amostras biológicas.
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A atividade experimental deve ir além da simples transmissão de conteúdos curriculares para
o processo de ensino-aprendizagem em ciências, devido ao seu fundamento teórico e à sua
contribuição para o desenvolvimento de habilidades e competências, segundo Gener et al.
(2022). É crucial que a prática experimental não se limite à demonstração de fenômenos, mas
permita experiências que facilitem a conexão entre conceitos e a resolução de problemas. Isso
implica na criação de novos contextos de aprendizagem, utilizando elementos vivenciais e até
dispositivos informáticos, para reimaginar a experimentação a partir das características da na-
tureza e da sociedade.
Os fatores associados ao estudo da biologia através do trabalho experimental, como objetivos,
exercícios, familiarização com fenômenos, atividades ilustrativas e aprendizagem de conceitos,
estão presentes, mas em condições mínimas. Esses elementos devem ser promovidos na prática
docente para fortalecer a aprendizagem processual e conceitual, utilizando os sentidos e os
processos instrucionais para contrastar e testar resultados. Zorrilla et al. (2022) destacam a im-
portância desse enfoque na melhoria da atividade experimental.
Quanto à construção do conhecimento em espaços experimentais, deve-se basear em per-
guntas problematizadoras que confrontem a informação obtida com os conhecimentos prévios.
As investigações sugerem que essa abordagem é chave para a resolução de problemas, per-
mitindo aos alunos formular estratégias e metodologias baseadas na validação de resultados
e na reformulação de procedimentos, aproximando-os da prática científica. A proposta do do-
cente deve ser ensinar através da representação de conteúdos disciplinares como técnica, ha-
bilidade ou atitude, no contexto dos processos educativos (Lorenzo, 2020).
Finalmente, observando os cenários propostos como rotas para a experimentação, pode-se
recorrer aos critérios de Puche (2024); a inclusão de um aprendizado contextualizado com con-
teúdos que se conectem com a realidade e as experiências dos alunos facilita a compreensão
mais profunda e significativa dos temas abordados.
Conclusões
Conclui-se que os espaços experimentais são fundamentais, pois permitem uma conexão entre
didáticas, recursos e planos no processo de ensino. Por essa razão, em ciências naturais como
a biologia, a indução de estratégias combinadas com modelos tradicionais, por descoberta e
construtivistas, possibilita a exploração de potencialidades no aluno, diferentes da simples in-
tegração de conteúdos unilaterais.
Por outro lado, sob uma perspectiva tanto conceitual quanto empírica, nos espaços experi-
mentais das salas de aula universitárias, constatou-se que a presença de um docente especia-
lizado na área é essencial. Um conhecimento profundo dos temas, desde sua conceitualização,
permite uma visão clara sobre a flexibilidade ou rigidez dos fenômenos em contextos especí-
ficos. Isso é crucial, dada a existência de processos biológicos complexos que requerem con-
dições específicas para seu manejo adequado.
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Conclui-se também que há um esforço por parte dos docentes em relacionar pedagogias ex-
perimentais com os fundamentos teóricos; contudo, a falta de recursos e sistemas de planeja-
mento com poucas estratégias e técnicas nos subprojetos biológicos faz com que a teoria
predomine sobre a prática no desenvolvimento dos conteúdos programáticos. Reconhece-se,
por sua vez, a escassa conexão dos alunos com atividades que gerem habilidades, assim como
com a aprendizagem de conhecimentos procedimentais e conceituais, desde a familiarização,
ilustração e metodologias científicas até os fenômenos biológicos.
No que diz respeito ao estabelecimento das áreas de funcionamento dos espaços experi-
mentais, foi modelado o traçado de vetores externos, refletindo as potencialidades na ins-
tituição por meio do estudo de módulos para realizar uma curva exponencial acentuada na
aquisição de conhecimentos práticos. Deve-se incluir o ambiente natural e social para abrir
as práticas com rotas alternativas. A ideia surge de uma proposta aos professores de ciências
biológicas para que os espaços experimentais se tornem pilares da formação do perfil do
egresso.
De fato, a importância do trabalho experimental na formação de estudantes de graduação em
Licenciatura em Educação com menção em Biologia ou em Engenharia de Produção Animal
reside no fato de que a atividade prática deve promover habilidades que permitam ao aluno
perceber elementos táticos que desenvolvam capacidades de pensamento, observação, análise,
integração, organização, criatividade, tomada de decisões, resolução de problemas, reflexão e
avaliação. Portanto, essa atividade é necessária para aqueles que estão se formando como fu-
turos profissionais, especialmente no campo educacional, para transcender a ideia cognitiva
da experimentação em uma infinidade de ambientes.
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