© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
276
Dustin Martínez Mora e Vicenza Gil Zambrano
bilidades de aprendizagem dentro de suas habilidades cognitivas, emocionais e sociais corres-
pondentes, o que resultará no desenvolvimento integral do sujeito e na consolidação das com-
petências estabelecidas na grade curricular sempre em função das características do educando.
De acordo com Clavijo e Bautista (2020), "a inclusão no contexto educacional implica atitudes
de profundo respeito pelas diferenças e uma responsabilidade para torná-las uma oportunidade
para o desenvolvimento, participação e aprendizagem" (p. 1).
Vale ressaltar que, para os autores, a inclusão de diversas estratégias e técnicas destinadas a
orientar o processo de ensino e aprendizagem permite favorecer a aquisição de competências
acadêmicas, algumas delas são tradicionais, mas ainda são atuais, a inovação nelas pode ser
vista através das formas como são desenvolvidas nos contextos, na inclusão de elementos
novos e como são direcionadas às gerações modernas. Alguns exemplos dessas estratégias e
técnicas são: exposição, demonstração, simulação, debate, trabalho em grupo, mapa conceitual,
mapa mental, resumo, paráfrase e autoavaliação. Outras estratégias e técnicas mais contem-
porâneas podem incluir o uso de recursos tecnológicos, avaliação formativa, trabalho coopera-
tivo, feedback construtivo e a aplicação de metodologias ativas como gamificação,
aprendizagem baseada em projetos, em problemas, em projetos colaborativos, em serviço e
sala de aula invertida.
Por exemplo, a escolha das estratégias e técnicas mais adequadas depende de vários fatores,
como o conteúdo, o contexto, o perfil dos alunos (especialmente dos alunos com Necessidades
Educacionais Especiais) e os recursos disponíveis. O propósito dessas estratégias e técnicas é
proporcionar o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes que permitam aos
alunos aprender de forma significativa, autônoma e crítica, o que, por sua vez, promove o de-
senvolvimento das habilidades acadêmicas (leitura, escrita e matemática).
Existem técnicas que foram desenvolvidas especificamente para trabalhar com determinadas
populações e que podem (e devem) ser incluídas na didática educativa: língua de sinais, língua
braille, histórias sociais, pictogramas, linguagem sinalizada, linguagem bimodal e pensamento
visual são algumas das mais conhecidas. O conhecimento do corpo docente em relação à
causa ou raiz das Necessidades Educacionais Especiais de seus alunos e o conhecimento do
perfil neuropsicológico deles (mediado por meio de pesquisa e estudo), orienta a inclusão des-
sas técnicas para potencializar o alcance dos objetivos estabelecidos no planejamento, além
de cumprir com a criação de ajustes razoáveis e adaptações curriculares, estabelecidas nas
convenções internacionais.
De acordo com as orientações para a inclusão da Unesco (2008), ela:
Pode ser concebida como um processo que permite abordar e responder à diversidade
das necessidades de todos os educandos através de uma maior participação na aprendi-
zagem, nas atividades culturais e comunitárias e reduzir a exclusão dentro e fora do sistema
educativo. Isso implica mudanças e modificações de conteúdos, abordagens, estruturas e