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Héctor Iván Velásquez López e Clara Inés Castañeda Escobar
Além disso, segundo dados da América Latina, aproximadamente 160 milhões de estudantes
não puderam frequentar suas escolas, o que gerou perturbações emocionais generalizadas.
Esta situação expôs os estudantes a uma transformação integral em todos os aspectos de suas
vidas. Portanto, é imperativo que as escolas busquem as ferramentas necessárias para facilitar
a adaptação das crianças ao novo ambiente escolar pós-pandemia, focando especialmente no
desenvolvimento de sua inteligência emocional (Simeón et al., 2021).
No entanto, o observado nas competências socioemocionais dos estudantes em outros con-
textos não difere da realidade na Colômbia. Apesar da missão fundamental da escola, que con-
siste em promover o desenvolvimento de competências tanto intelectuais quanto emocionais
nos estudantes, evidencia-se que estes enfrentam desafios semelhantes. O objetivo é que os
estudantes adquiram um conhecimento emocional que lhes permita evoluir como indivíduos
e enfrentar de maneira equilibrada os desafios presentes em seu ambiente social.
Nesse sentido, é necessário que desde a escola se trabalhem as competências socioemocionais
que levem ao equilíbrio e à estabilidade psicológica dos docentes, sobretudo em tempos de
pós-pandemia onde se observam comportamentos de distanciamento entre os estudantes,
apatia, inseguranças e intolerância, que muitas vezes terminam em confrontos e gritos. Pode-
se afirmar que as emoções, tanto positivas quanto negativas, podem ter um impacto significa-
tivo na aprendizagem. Principalmente, as emoções positivas favorecem a aprendizagem,
levando o estudante à concentração, derrubando toda predisposição. Os educandos podem
sentir maior interesse e se comprometer com a escola, o que leva a reter e compreender melhor
a informação que lhes é fornecida (Acosta, 2022).
Por outro lado, sob a perspectiva das emoções negativas, estas podem interferir com as apren-
dizagens. Uma pessoa pode se sentir bloqueada, distraída e angustiada, o que interfere com
os processos de aprendizagem e a capacidade de reter informação. Tudo isso evidencia a ne-
cessidade de reconhecer e manejar as emoções desde os processos pedagógicos. Não se trata
de que necessariamente deva intervir um psicólogo para atendê-las, o docente pode trabalhá-
las mediante a aquisição de informação científica adequada e trabalhar sobre todas aquelas
emoções que representam atraso em relação ao desenvolvimento acadêmico e social do es-
tudante (Ferreira et al., 2023).
Nessa mesma linha de pensamento, para Soto et al. (2023), os professores contribuem para
desenvolver as competências emocionais de seus alunos de várias maneiras, entre elas a prática
da empatia e da percepção: os mestres precisam se relacionar com cada estudante como um
ser particular e compreender que todos têm diferentes necessidades e situações emocionais.
Essa informação pode ser utilizada para encontrar novas formas de lidar com suas emoções e
promover uma sensação de confiança. Além disso, o docente deve criar um ambiente seguro
e respeitoso, pois um contexto respeitoso, tolerante e empático é essencial para que os edu-
candos se sintam seguros compartilhando suas emoções e sentimentos.
Por outro lado, Bermúdez (2022) aponta que os estudantes não devem ser ensinados apenas