Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148
ISSN eletrônico: 2665-038X
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emocional dos estudantes, a escola deve intervir apresentando mecanismos para vincular o
ensino cognitivo com o emocional. Por isso, Nussbaum (2014) expõe que se deve criar um eixo
central que aborde as habilidades que conduzem ao desenvolvimento igualitário (IE), de ma-
neira que o estudante tenha ferramentas que facilitem encontrar um equilíbrio entre o emo-
cional e o racional, trabalhando a cognição unificadamente com as emoções, por meio de
estratégias de aprendizagem. Portanto, a criação de estratégias didáticas baseia-se em definir
os procedimentos e recursos que serão utilizados na pedagogia para estimular a aprendizagem
dos alunos a partir da integralidade de seu ser. Ou seja, compreende a forma como o docente
deve organizar conscientemente sua atividade para fixar e alcançar metas de acordo com a
formação geral dos alunos, adaptando-as às suas necessidades (Núñez e Llorent, 2022).
Partindo da relação que existe entre os componentes emocionais em cada uma de suas di-
mensões e os processos de aprendizagem e/ou desempenho acadêmico, é importante de-
senvolver estratégias que, além de estarem estruturadas fundamentalmente de acordo com os
requisitos dos estudantes e os requisitos do curso, demonstrem que as necessidades dos es-
tudantes não são apenas de aprendizagem. Daí decorre que as metodologias a serem desen-
volvidas devem se orientar na mesma proporção às necessidades sociais e emocionais, devido
à extensa instrução comunicativa, de autocontrole, autoconhecimento, autoestima e comuni-
cação. Isso sugere que não se trata apenas de fomentar o progresso cognitivo dos estudantes.
Portanto, a estrutura estratégica que tem como objetivo promover a inteligência emocional
deve buscar desenvolver habilidades para contextualizar a aprendizagem e dilucidar a infor-
mação que os estudantes recebem e, claro, a melhoria cognitiva.
No entanto, os sistemas educativos não estão reconhecendo a estrutura dessa estratégia, pois
sua prática sempre esteve focada no desenvolvimento do domínio cognitivo e no seguimento
de diretrizes curriculares, o que representa uma fraqueza das instituições que estabelecem que
as emoções devem ser ensinadas porque são parte da personalidade do aluno.
Nesse sentido, Acosta e Blanco (2022) propõem que os docentes devem ser responsáveis por pro-
mover a integralidade de seus estudantes, buscando seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
Tudo isso, independentemente de estar incluído no plano educativo ou não. Assim, é necessário
criar estratégias formativas que promovam o desenvolvimento de habilidades de educação emo-
cional. A posição teórica do autor revela importantes lacunas na estrutura das estratégias de for-
mação em gestão da inteligência emocional nas instituições educativas de Medellín.
Dessa forma, imersa em sua estrutura está a necessidade de relacionar o conteúdo acadêmico
com o contexto, para que os docentes conheçam seus alunos, permitindo relacionar o con-
teúdo com sua cultura. Isso sugere que, para lidar com as emoções, as estratégias devem estar
relacionadas ou interrelacionadas com a cultura e o entorno dos estudantes, já que isso reflete
suas emoções e sua proximidade com eles.
Nesse sentido, são necessárias atividades para gerar estratégias de aprendizagem relacionadas
com o manejo da inteligência emocional, que por sua vez promovam a maturidade emocional,
Componente emocional e o desempenho acadêmico