Componente emocional e o
desempenho acadêmico
Componente emocional y el
rendimiento académico
Como citar: Velázquez, L. H. I. e Castañeda, E. C. I. (2024). Componente emocional e o desempenho
acadêmico. Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148.
135
Clara Inés Castañeda Escobar**
https://orcid.org/0009-0004-7843-8413
La Estrella, Departamento de Antioquia / Colômbia
Héctor Iván Velásquez López*
https://orcid.org/0000-0001-9648-3091
La Estrella, Departamento de Antioquia / Colômbia
* Estudante de Doutorado em Ciências da Educação com Ênfase em Pesquisa, Avaliação e Formulação de Projetos
Educacionais, Universidade Metropolitana de Educação, Ciência e Tecnologia, Panamá. Mestre em Psicopedagogia
pela Universidade Pontifícia Bolivariana, Medellín, Colômbia. Psicólogo pela Universidade de Antioquia, Medellín
- Colômbia. Orientador de professores na Instituição de Ensino Carlos Enrique Cortés Herrera, Município de Itagüí,
Antioquia, Colômbia. E-mail: hectoerlopez.est@umecit.edu.pa
* Estudante de Doutorado em Ciências da Educação com Ênfase em Pesquisa, Avaliação e Formulação de Projetos
Educacionais, Universidade Metropolitana de Educação, Ciência e Tecnologia, Panamá. Mestre em Educação pela
Universidade de Medellín, Colômbia. Licenciada em Educação Pré-Escolar pela Universidade de Antioquia, Medellín
- Colômbia. Professora de Ensino Fundamental na Instituição de Ensino San José Obrero, Município de Medellín,
Antioquia, Colômbia. E-mail: clarain1204@gmail.com
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148
ISSN eletrônico: 2665-038X
Recebido:
Fevereiro / 26 / 2024
Revisado:
Fevereiro / 28 / 2024
Aprovado:
Abril / 10 / 2024
Resumo
Este artigo faz parte de uma tese de doutorado, na qual se enfatiza os componentes emo-
cionais e o desempenho acadêmico, com o objetivo de determinar a relação entre o compo-
nente emocional e o desempenho acadêmico dos estudantes nas instituições educacionais
de Medellín, Antioquia. O estudo seguiu os procedimentos do paradigma positivista com abor-
dagem quantitativa, por meio de um tipo de estudo básico e nível correlacional. A amostra
foi composta por 24 professores e 36 estudantes, aos quais foi aplicado um instrumento de
60 itens. Os resultados demonstraram que existe um coeficiente de correlação positiva signi-
ficativa forte e significativa entre as variáveis (r = 0,878, p < 0,005). Isso indica que à medida
que aumenta o componente emocional, também aumenta o desempenho acadêmico. Por-
tanto, concluiu-se que a força dessa correlação é alta, o que respalda a relevância de abordar
as emoções dos estudantes no ensino. Além disso, a significância estatística dos resultados
indica que essa relação não é aleatória, mas sim uma descoberta significativa.
Palavras-chave: Componente emocional, Desempenho académico, Relacionamento, Educação.
Resumen
El presente artículo hace parte de una tesis doctoral, en la cual se hace énfasis en los compo-
nentes emocionales y el rendimiento académico, por lo que su objetivo se centró en determi-
nar la relación entre el componente emocional y el rendimiento académico de los estudiantes
en las instituciones educativas de Medellín, Antioquia. El estudio siguió los procedimientos del
paradigma positivista con enfoque cuantitativo, mediante un tipo de estudio básico y nivel
correlacional. La muestra estuvo constituida por 24 docentes y 36 estudiantes, a quienes se
les aplicó un instrumento de 60 ítems. Los resultados demostraron que existe un coeficiente
de correlación positiva significativa fuerte y significativa entre las variables (r = 0,878, p <
0,005). Esto indica que a medida que aumenta el componente emocional, también lo hace el
rendimiento académico. Por lo que se concluyó que, la fuerza de esta correlación es alta, lo
que respalda la relevancia de abordar las emociones de los estudiantes en la enseñanza. Ade-
más, la significancia estadística de los resultados indica que esta relación no es aleatoria, sino
que es un hallazgo significativo.
Palabras clave:
componente emocional, rendimiento académico, relación, educación.
Introdução
O coronavírus Covid-19 afetou sociedades em todo o mundo, perturbando negativamente as
pessoas e os sistemas de produção. Portanto, o sistema educacional foi influenciado em igual
ou maior medida que o sistema produtivo para se adequar às medidas adotadas para conter
a crise sanitária. Assim, as escolas foram fechadas e os estudantes suspenderam as aulas pre-
senciais; a natureza inesperada do problema obrigou as autoridades a tomar medidas drásticas
e seguir as medidas de controle estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020).
© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
136
Héctor Iván Velásquez López e Clara Inés Castañeda Escobar
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148
ISSN eletrônico: 2665-038X
137
Dessa forma, o sistema educacional se viu na obrigação de migrar para plataformas tecnoló-
gicas virtuais como estratégias para garantir a continuidade das aprendizagens nas escolas.
A esse respeito, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Organi-
zação das Nações Unidas para a Cultura, a Ciência e a Educação (Unesco, 2020) afirmaram
que a crise sanitária transformou o processo educativo em várias escolas em mais de 190 países,
na busca por controlar a propagação do vírus e assim tentar reduzir as cadeias de contágio.
Os relatórios dessas organizações mostram que, desde o início da pandemia, mais de 1200
milhões de estudantes em todo o mundo e em todos os níveis educacionais foram forçados a
ficar em casa sem poder assistir às aulas.
Além disso, Pérez et al. (2022) argumentam que é potencialmente importante, do ponto de
vista biossociológico, trabalhar as emoções para que os indivíduos possam processar as infor-
mações que absorvem mediante os estímulos que se apresentam no âmbito social, familiar e
escolar. Isso significa que é importante desenvolver a inteligência emocional para que as pes-
soas lidem com suas emoções diante de qualquer problema que enfrentem, aplicando capa-
cidades e habilidades para manter uma saúde mental bem-sucedida; esses mecanismos para
aprender habilidades emocionais influenciam o comportamento e a forma como cada ser hu-
mano enfrenta situações específicas.
Por tudo isso, infere-se que o papel das emoções nas situações educacionais é essencial, daí a
urgência em aprofundar na incidência da inteligência emocional na determinação dos resulta-
dos de aprendizagem dos estudantes. Assim, ao longo do tempo, têm ocorrido transformações
significativas nos processos de ensino e aprendizagem para promover a formação integral dos
estudantes, desenvolvendo seus conhecimentos, habilidades e competências nos campos cog-
nitivo, social, moral e emocional. Essa noção de competência inclui a habilidade de se adaptar
a realidades mutáveis e se integrar com sucesso aos diferentes ambientes que requerem uma
adequada gestão emocional. Portanto, é especialmente importante desenvolver a competência
emocional nos anos primários (Villalobos e Riquelme, 2022).
Segundo o argumento de Lozano et al. (2022), após o que abalou a humanidade em 2020
(SARS-COVID 19), que ocasionou mudanças drásticas na vida das pessoas a nível individual,
social e até mesmo nos processos produtivos, o autor destaca que esta situação gerou mo-
mentos de angústia e ansiedade, especialmente na população infantil que não conseguia en-
tender a situação e estava sujeita às medidas sanitárias, como foi o caso de deixar de frequentar
suas escolas.
Segundo Núñez e Llorent (2022), ao se referir ao contexto latino-americano, diversos estudos
têm destacado que o impacto emocional da pandemia se manifestou de maneira significativa
nas crianças. Estas foram afetadas pelo medo e pela insegurança, desenvolvendo comporta-
mentos que persistem até hoje, marcando sua conduta na pós-pandemia. Assim, ainda se ob-
servam muitos estudantes com traços de medo, insegurança e retraimento, entre outras
manifestações emocionais.
Componente emocional e o desempenho acadêmico
© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
138
Héctor Iván Velásquez López e Clara Inés Castañeda Escobar
Além disso, segundo dados da América Latina, aproximadamente 160 milhões de estudantes
não puderam frequentar suas escolas, o que gerou perturbações emocionais generalizadas.
Esta situação expôs os estudantes a uma transformação integral em todos os aspectos de suas
vidas. Portanto, é imperativo que as escolas busquem as ferramentas necessárias para facilitar
a adaptação das crianças ao novo ambiente escolar pós-pandemia, focando especialmente no
desenvolvimento de sua inteligência emocional (Simeón et al., 2021).
No entanto, o observado nas competências socioemocionais dos estudantes em outros con-
textos não difere da realidade na Colômbia. Apesar da missão fundamental da escola, que con-
siste em promover o desenvolvimento de competências tanto intelectuais quanto emocionais
nos estudantes, evidencia-se que estes enfrentam desafios semelhantes. O objetivo é que os
estudantes adquiram um conhecimento emocional que lhes permita evoluir como indivíduos
e enfrentar de maneira equilibrada os desafios presentes em seu ambiente social.
Nesse sentido, é necessário que desde a escola se trabalhem as competências socioemocionais
que levem ao equilíbrio e à estabilidade psicológica dos docentes, sobretudo em tempos de
pós-pandemia onde se observam comportamentos de distanciamento entre os estudantes,
apatia, inseguranças e intolerância, que muitas vezes terminam em confrontos e gritos. Pode-
se afirmar que as emoções, tanto positivas quanto negativas, podem ter um impacto significa-
tivo na aprendizagem. Principalmente, as emoções positivas favorecem a aprendizagem,
levando o estudante à concentração, derrubando toda predisposição. Os educandos podem
sentir maior interesse e se comprometer com a escola, o que leva a reter e compreender melhor
a informação que lhes é fornecida (Acosta, 2022).
Por outro lado, sob a perspectiva das emoções negativas, estas podem interferir com as apren-
dizagens. Uma pessoa pode se sentir bloqueada, distraída e angustiada, o que interfere com
os processos de aprendizagem e a capacidade de reter informação. Tudo isso evidencia a ne-
cessidade de reconhecer e manejar as emoções desde os processos pedagógicos. Não se trata
de que necessariamente deva intervir um psicólogo para atendê-las, o docente pode trabalhá-
las mediante a aquisição de informação científica adequada e trabalhar sobre todas aquelas
emoções que representam atraso em relação ao desenvolvimento acadêmico e social do es-
tudante (Ferreira et al., 2023).
Nessa mesma linha de pensamento, para Soto et al. (2023), os professores contribuem para
desenvolver as competências emocionais de seus alunos de várias maneiras, entre elas a prática
da empatia e da percepção: os mestres precisam se relacionar com cada estudante como um
ser particular e compreender que todos têm diferentes necessidades e situações emocionais.
Essa informação pode ser utilizada para encontrar novas formas de lidar com suas emoções e
promover uma sensação de confiança. Além disso, o docente deve criar um ambiente seguro
e respeitoso, pois um contexto respeitoso, tolerante e empático é essencial para que os edu-
candos se sintam seguros compartilhando suas emoções e sentimentos.
Por outro lado, Bermúdez (2022) aponta que os estudantes não devem ser ensinados apenas
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148
ISSN eletrônico: 2665-038X
139
a serem pensantes e racionais; deve-se considerar suas formas de pensar, de agir e, sobretudo,
de sentir. Só assim se estará educando com inteligência emocional no sistema educativo co-
lombiano. Dessa forma, os docentes devem criar ambientes que promovam a comunicação
aberta e impeçam a discriminação. Além disso, devem realizar ações de exploração emocional:
os mestres podem projetar atividades que contribuam para que os discentes possam examinar
e perceber suas próprias emoções e as dos outros.
Segundo Acosta e Blanco (2022), os docentes desempenham um papel importante no desen-
volvimento da inteligência emocional dos estudantes, facilitando sua compreensão e gestão
efetiva das emoções. Além disso, consideram relevante destacar a influência das emoções na
memória, uma vez que existe uma melhora na capacidade de recordar experiências quando
associadas a emoções positivas, enquanto as experiências vinculadas a emoções negativas
podem criar barreiras para a retenção do conhecimento. Portanto, é relevante considerar as
dimensões emocionais ao projetar estratégias e métodos educativos.
A critério de Acosta e Blanco (2022), os componentes emocionais têm muita preponderância
no processo de aprendizagem. Primeiro, porque as emoções atuam como motivação para a
aprendizagem. Quando as pessoas estão motivadas ou interessadas no tema tratado, tendem
a ser mais receptivas e prestam maior atenção a toda a informação que recebem. Segundo, se
um aluno, por outro lado, sente frustração, ansiedade ou está estressado, dificilmente prestará
atenção, pois essas emoções frequentemente interferem nos processos de aprendizagem e na
retenção da informação, o que pode interferir na sua capacidade de aprender.
Da mesma forma, as emoções também afetam a memória. Quando uma experiência é avaliada
positivamente, melhora a capacidade de recordá-la ao longo do tempo. No entanto, quando
uma experiência é associada a uma emoção negativa, pode criar uma barreira para a retenção
do conhecimento, pois o cérebro evita que a experiência negativa seja lembrada (Suárez e
Castro, 2022).
Assim, Núñez e Llorent (2022) consideram que, desde as instituições educativas, os compo-
nentes emocionais devem estar relacionados com a inteligência emocional. Ao atribuir-lhes a
conotação de inteligência, podem ser educados, concebendo-se como uma área ou dimensão
do estudante que deve ser atendida como parte de sua formação integral. Não se ensina ma-
temática e se deixa de lado a linguagem; da mesma forma, não se podem desenvolver com-
petências cognitivas deixando de lado as competências emocionais.
Nesse sentido, a inteligência emocional faz alusão à forma de autoconhecimento e autocontrole
das sensações e emoções próprias com o objetivo de regular os comportamentos e as res-
postas diante de qualquer estímulo. Gardner (2016) a define como o potencial biossociológico
com que todo ser humano conta para processar informações recebidas por meio de estímulos
gerados em seu entorno social e/ou familiar. Isso significa que essa inteligência pode ser tra-
balhada de forma que os indivíduos possam regular suas reações diante de certas circunstân-
cias. Segundo o autor, entende-se que essa inteligência atribui habilidades e destrezas às
Componente emocional e o desempenho acadêmico
© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
140
Héctor Iván Velásquez López e Clara Inés Castañeda Escobar
pessoas para o manejo dos sentimentos. Isso significa que a IE é um conjunto de destrezas,
atitudes, habilidades e competências que estabelecem o comportamento, as reações ou o es-
tado mental de uma pessoa.
Paoloni e Schlegel (2022) apontam que a competência está representada por um conjunto de
capacidades, competências e habilidades que influenciam a habilidade própria de ter sucesso
ao enfrentar aspectos do meio ambiente. Esse apontamento indica que existe a possibilidade
de modificar e desenvolver habilidades para traçar o caminho mais eficaz para o desenvolvi-
mento dos indivíduos como pessoas, tanto profissional quanto socialmente.
Agora, considerando todos os argumentos apresentados, expõe-se uma situação que vem
ocorrendo em algumas instituições de Medellín, Antioquia, Colômbia, onde os estudantes se
distraem com facilidade, têm dificuldade em se concentrar no que lhes é dito, além de dificul-
dades para se relacionar com seus colegas, comunicar-se com os docentes e manifestar com-
portamentos disruptivos. Por essa razão, ao aplicar-lhes o teste de Goleman sobre inteligência
emocional, evidenciaram-se fraquezas no autocontrole, autoconhecimento, empatia, comuni-
cação e autoestima. Portanto, o estudo se concentrou em determinar a relação entre os com-
ponentes emocionais e o desempenho acadêmico.
Metodologia
O estudo seguiu os processos positivistas com enfoque quantitativo e tipo correlacional. Nesse
sentido, Acosta (2023) define o enfoque quantitativo como aqueles que se relacionam com o
paradigma positivista, ou seja, obedecem às suas características de um único método, mate-
mático e de previsão de resultados. Essa corrente de paradigma examina a objetividade de um
problema por meio da comprovação empírica causal, bem como seus efeitos, em vez de buscar
inferências subjetivas dos fatos, e examina a objetividade do problema por meio da coleta de
informações quantitativas sobre o mesmo. Pretende-se avaliar a situação criada por meio das
variáveis, dimensões e indicadores; esses estudos quantitativos refletem um mecanismo nu-
mérico, uma frequência que permite tirar conclusões específicas que podem ser generalizadas
como dados para medir determinados comportamentos.
Em função do problema apresentado e em vista dos objetivos propostos, o estudo buscou
medir duas variáveis para ver se estão relacionadas em um mesmo tema e analisar correlações.
Para Hernández e Mendoza (2018), o propósito dos estudos de correlação é determinar o grau
de relação ou associação (não causalidade) entre duas variáveis. Por isso, pela natureza do es-
tudo, teve alcance descritivo das realidades observadas, sendo considerado básico, já que
busca aprofundar no conhecimento dos componentes emocionais para determinar em que
medida se relacionam com as aprendizagens.
Além disso, analisa o problema para conhecer e descrever as propriedades e dimensões das
variáveis que intervêm no estudo. Foi elaborado como instrumento um questionário para que
os docentes respondessem sobre os comportamentos que observam em seus estudantes; da
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148
ISSN eletrônico: 2665-038X
141
mesma forma, os próprios estudantes deram razão de suas ações e emoções, o que permitiu
medir as variáveis por meio de suas dimensões e indicadores. O mesmo foi aplicado a 24 do-
centes e 36 estudantes do 7º ano, que contaram com a autorização de seus representantes le-
gais. Cabe destacar que aos estudantes foi aplicado um questionário de fácil compreensão
para eles, o qual preencheram com instruções claras. Quanto aos docentes, foi aplicado um
questionário para medir a percepção que eles têm sobre o desenvolvimento socioemocional
dos estudantes. Os dados foram analisados por meio do programa SPSS versão 21.
Resultados
Os resultados se originam da agrupação das informações (dados) em frequências considerando
as respostas dos docentes e dos estudantes. Nesse sentido, foram tabulados principalmente
em tabelas de Excel, atribuindo um valor numérico a cada opção de resposta.
Tabela 1
Componente emocional
Nota: Elaboração própria (2024).
Na Tabela 1, são mostradas as dimensões da variável componentes emocionais desde a pers-
pectiva dos estudantes e docentes, observando-se que 75% dos estudantes e docentes se si-
tuaram nessa variável em um nível regular e 25% dos docentes e estudantes em um nível baixo.
Em relação à dimensão comunicação, 66,7% dos estudantes apresentam um nível comunicativo
baixo, assim como 62,5% dos docentes também consideram que estão em um nível baixo. 25%
dos estudantes se situam em um nível regular e 29,2% dos docentes consideram que estão
em um nível regular; igualmente, 8,3% dos docentes e estudantes consideram que seu nível
comunicativo é alto.
Em relação à dimensão autocontrole, 66,7% dos estudantes têm um nível baixo e 75% dos
docentes acreditam que estão em um nível baixo. 30,6% dos estudantes têm um nível de
autocontrole regular, enquanto 20,8% dos docentes consideram que se situam em nível re-
gular. Apenas 2,8% dos estudantes têm um nível alto, e 4,2% dos docentes acreditam que é
assim.
Componente emocional e o desempenho acadêmico
Indicador
Níveis
Baixo Regular Alto
Estudante Docente Estudante Docente Estudante Docente
Fr F% Fr F% Fr F% Fr %F FR %r Fr F%
Componente emocional
9 25.0 6 25.0 27 75.0 18 75.0 0 0.0 0 0.0
Comunicação
24 66.7 15 62.5 9 25.0 7 29.2 3 8.3 2 8.3
Autocontrole
24 66.7 18 75.0 11 30.6 5 20.8 1 2.8 1 4.2
Empatia
36 100 12 50.0 0 0.0 12 50.0 0 0.0 0 0.0
Autoconhecimento
24 66.7 16 66.7 11 30.6 5 20.8 1 2.8 3 12.5
Total 36 100.0 24 100.0 36 100.0 24 100.0 36 100.0 24 100.0
© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
142
Héctor Iván Velásquez López e Clara Inés Castañeda Escobar
Ao fazer referência à dimensão autoestima, observou-se que 69,4% dos estudantes têm um
nível de autoestima baixo, enquanto os docentes acreditam que 75% têm um nível baixo. 27,8%
dos estudantes apresentam um nível regular, que segundo os docentes 29,2% apresentam um
nível regular.
Em referência à dimensão empatia, evidenciou-se que 72% dos estudantes têm um nível de
empatia baixo, corroborado por 62,5% dos docentes. Apenas 22,2% se situam no nível regular
e 29,2% dos docentes acreditam que essas cifras estão em um nível regular. 5,6% dos estu-
dantes têm um nível alto de empatia, enquanto os docentes acreditam que 8,3% estão em um
nível bom.
Finalmente, ao fazer referência à dimensão autoconhecimento, 69,4% dos estudantes estão
em um nível baixo, enquanto os docentes acreditam que 66,7% estão em um nível baixo. Da
mesma forma, 11,1% dos estudantes estão em um nível alto e os docentes consideram que
12,5% estão nesse nível.
Tabela 2
Desempenho académico
Nota: Elaboração própria (2024).
Os resultados da Tabela 2 mostram a variável desempenho acadêmico com suas dimensões,
observando-se que, em relação à variável, 63,9% dos estudantes apresentam um desempenho
moderado, enquanto 50% dos docentes consideram que isso é correto. Já 36,1% dos estu-
dantes têm um desempenho deficiente, e 50% dos docentes acreditam que seu nível é defi-
ciente.
Em relação à dimensão participação dos estudantes, 72,2% dos estudantes entrevistados dis-
seram que sua participação é deficiente, e 70,8% dos docentes consideram que seu nível de
participação é deficiente. Apenas 2,8% têm um nível de participação eficiente, e segundo os
docentes, 12,5% participam eficientemente.
Referente à dimensão desenvolvimento de competências, 61,1% dos estudantes apresentam
um nível deficiente, e 75% dos docentes consideram que eles têm um nível deficiente. Cerca
Indicador
Niveles
Deficiente Moderado Eficiente
Estudante Docente Estudante Docente Estudante Docente
Fr F% Fr F% Fr F% Fr F% Fr F% Fr F%
Desempenho Acadêmico
13 36.1 12 50.0 23 63,9 12 50.0 0 0.0 0 0.0
Participación del estudiante 26 72.0 17 70.8 9 25.0 4 16.7 1 2.8 3 12.5
Participação do estudante
22 61.1 18 75.0 11 30.6 5 20.8 3 8.3 1 4.2
Motivação para a aprendizagem 22 61.1 18 75.0 12 33.3 4 16.7 2 5.6 2 8.3
Total 36 100.0 24 100.0 36 100.0 24 100.0 36 100.0 24 100.0
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148
ISSN eletrônico: 2665-038X
143
de 30,6% dos estudantes têm um nível moderado, e segundo os docentes, 20,8% estão em
um nível moderado. Cerca de 8,3% dos estudantes têm um nível eficiente no desenvolvi-
mento das competências, e os docentes consideram que apenas 4,2% estão em um nível
eficiente.
Finalmente, em relação à dimensão motivação para aprender, 61,1% dos estudantes têm um
nível de motivação deficiente, e os docentes acreditam que 75% têm um nível deficiente. Cerca
de 33,3% dos estudantes têm um nível moderado de motivação para a aprendizagem, e os
docentes acreditam que apenas 16,7% estão em um nível moderado. Cerca de 5,6% têm um
nível eficiente de motivação, e os docentes manifestam que apenas 8,3% têm um nível efi-
ciente.
Tabela 3
Coeficiente de correlação da variável componente emocional e desempenho acadêmico das
informações obtidas dos estudantes
Nota: Elaboração própria (2024).
A Tabela 3 mostra os coeficientes de correlação de Spearman entre o componente emocional
e o desempenho acadêmico, assim como os valores de significância associados.
Para o componente emocional, observa-se uma correlação positiva forte e significativa com o
desempenho acadêmico (r = 0,878, p < 0,005). Isso indica que, à medida que o componente
emocional aumenta, o desempenho acadêmico também aumenta, e essa relação é estatistica-
mente significativa.
De maneira recíproca, o desempenho acadêmico também mostra uma correlação positiva forte
e significativa com o componente emocional (r = 0,878, p < 0,005), o que sugere que, à medida
que o desempenho acadêmico aumenta, o componente emocional também aumenta, e essa
relação também é estatisticamente significativa.
Esses resultados indicam uma associação significativa entre o componente emocional e o de-
sempenho acadêmico na amostra estudada, ressaltando a importância de considerar os as-
pectos emocionais no contexto educativo.
Componente emocional e o desempenho acadêmico
Componente
emocional
Desempenho
Acadêmico
Correlação
de
Spearman
Componente
emocional
Coeficiente de correlación 1,000 0,878
Sig. (bilateral) 0,000 0,005
N 36 36
Rendimiento
Académico
Coeficiente de correlación 0,878 1,000
Sig. (bilateral) 0,005 0,000
N 36 36
© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
144
Héctor Iván Velásquez López e Clara Inés Castañeda Escobar
Tabela 4
Coeficiente de correlação da variável componente emocional e desempenho acadêmico a partir
das informações obtidas dos docentes
Nota: Elaboração própria (2024).
Na Tabela 4, são apresentados os coeficientes de correlação de Spearman entre o componente
emocional e o desempenho acadêmico, assim como os valores de significância associados.
Observa-se que, para o componente emocional, há uma correlação positiva muito forte e sig-
nificativa com o desempenho acadêmico (r = 0,892, p < 0,001). Isso sugere que, à medida que
o componente emocional aumenta, o desempenho acadêmico também aumenta, e essa rela-
ção é estatisticamente significativa.
De maneira recíproca, o desempenho acadêmico também mostra uma correlação positiva
muito forte e significativa com o componente emocional (r = 0,892, p < 0,001), indicando que,
à medida que o desempenho acadêmico aumenta, o componente emocional também au-
menta, e essa relação também é estatisticamente significativa.
Esses achados sugerem uma forte associação entre o componente emocional e o desempenho
acadêmico na amostra estudada, apoiando a importância de considerar os aspectos emocionais
no contexto educativo.
Discussão
Em relação aos componentes emocionais dos estudantes, observou-se que a maioria apresenta
níveis baixos de comunicação, autocontrole, autoestima, empatia e autoconhecimento; apenas
uma pequena porcentagem apresenta níveis médios e altos, o que mostra que, de fato, os alu-
nos não têm um bom manejo emocional. Isso implica, na perspectiva de Acosta e Blanco (2022),
que as emoções são fatores que têm repercussão direta na vida das pessoas e sua origem data
das relações familiares, seja por estilos de criação permissivos, repressivos, autocráticos. Ferreira
et al. (2023), por sua vez, indicam que as disfunções, as ocupações dos pais para suprir as ne-
cessidades básicas e alimentares da família, motivam a negligenciar a formação da personali-
dade, dos sentimentos e das emoções de seus filhos.
Segundo Díaz e Palma (2017), considerando que o núcleo familiar não está gerenciando a área
Componente
emocional
Desempenho
acadêmico
Correlação
de Spearman
Componente
emocional
Coeficiente de correlación 1,000 0,892
Sig. (bilateral) 0,000 0,000
N 24 24
Desempenho a
cadémico
Coeficiente de correlación 0,892 1,000
Sig. (bilateral) 0,000 0,000
N 24 24
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148
ISSN eletrônico: 2665-038X
145
emocional dos estudantes, a escola deve intervir apresentando mecanismos para vincular o
ensino cognitivo com o emocional. Por isso, Nussbaum (2014) expõe que se deve criar um eixo
central que aborde as habilidades que conduzem ao desenvolvimento igualitário (IE), de ma-
neira que o estudante tenha ferramentas que facilitem encontrar um equilíbrio entre o emo-
cional e o racional, trabalhando a cognição unificadamente com as emoções, por meio de
estratégias de aprendizagem. Portanto, a criação de estratégias didáticas baseia-se em definir
os procedimentos e recursos que serão utilizados na pedagogia para estimular a aprendizagem
dos alunos a partir da integralidade de seu ser. Ou seja, compreende a forma como o docente
deve organizar conscientemente sua atividade para fixar e alcançar metas de acordo com a
formação geral dos alunos, adaptando-as às suas necessidades (Núñez e Llorent, 2022).
Partindo da relação que existe entre os componentes emocionais em cada uma de suas di-
mensões e os processos de aprendizagem e/ou desempenho acadêmico, é importante de-
senvolver estratégias que, além de estarem estruturadas fundamentalmente de acordo com os
requisitos dos estudantes e os requisitos do curso, demonstrem que as necessidades dos es-
tudantes não são apenas de aprendizagem. Daí decorre que as metodologias a serem desen-
volvidas devem se orientar na mesma proporção às necessidades sociais e emocionais, devido
à extensa instrução comunicativa, de autocontrole, autoconhecimento, autoestima e comuni-
cação. Isso sugere que não se trata apenas de fomentar o progresso cognitivo dos estudantes.
Portanto, a estrutura estratégica que tem como objetivo promover a inteligência emocional
deve buscar desenvolver habilidades para contextualizar a aprendizagem e dilucidar a infor-
mação que os estudantes recebem e, claro, a melhoria cognitiva.
No entanto, os sistemas educativos não estão reconhecendo a estrutura dessa estratégia, pois
sua prática sempre esteve focada no desenvolvimento do domínio cognitivo e no seguimento
de diretrizes curriculares, o que representa uma fraqueza das instituições que estabelecem que
as emoções devem ser ensinadas porque são parte da personalidade do aluno.
Nesse sentido, Acosta e Blanco (2022) propõem que os docentes devem ser responsáveis por pro-
mover a integralidade de seus estudantes, buscando seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
Tudo isso, independentemente de estar incluído no plano educativo ou não. Assim, é necessário
criar estratégias formativas que promovam o desenvolvimento de habilidades de educação emo-
cional. A posição teórica do autor revela importantes lacunas na estrutura das estratégias de for-
mação em gestão da inteligência emocional nas instituições educativas de Medellín.
Dessa forma, imersa em sua estrutura está a necessidade de relacionar o conteúdo acadêmico
com o contexto, para que os docentes conheçam seus alunos, permitindo relacionar o con-
teúdo com sua cultura. Isso sugere que, para lidar com as emoções, as estratégias devem estar
relacionadas ou interrelacionadas com a cultura e o entorno dos estudantes, já que isso reflete
suas emoções e sua proximidade com eles.
Nesse sentido, são necessárias atividades para gerar estratégias de aprendizagem relacionadas
com o manejo da inteligência emocional, que por sua vez promovam a maturidade emocional,
Componente emocional e o desempenho acadêmico
© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
146
Héctor Iván Velásquez López e Clara Inés Castañeda Escobar
regulando assim o comportamento dos estudantes e melhorando suas relações interpessoais.
Segundo Ferreira et al. (2023), outro aspecto a ser considerado nas atividades de gestão da in-
teligência emocional na estrutura das estratégias de aprendizagem é a flexibilidade para se
adaptar às necessidades dos estudantes, motivá-los e envolvê-los no processo de aprendiza-
gem e seu desenvolvimento emocional, o que requer um trabalho coordenado e orientação
para que os estudantes possam organizar o treinamento de suas funções ao mesmo tempo.
Desde uma perspectiva diferente, pretende-se descrever as estratégias a partir das emoções e
do componente social que favorece a dimensão comunicativa da inteligência emocional no
âmbito escolar. Durante o processo de aprendizagem, existem dificuldades evidentes na co-
municação entre os estudantes. A esse respeito, é necessário enfatizar que tais estratégias se
caracterizam por promover um ambiente de segurança e liberdade de expressão devido à in-
teração que ocorre entre os estudantes, o que é correto considerando o uso de estratégias
como cooperação, empatia, respeito próprio e respeito aos outros (Díaz e Palma, 2017).
Também há outras características das estratégias do componente social que contribuem para
a dimensão comunicativa da inteligência emocional: interação com o ambiente físico - porque
promove o desenvolvimento social dos estudantes, estimulando a curiosidade - porque motiva
os estudantes a se envolverem, ampliando o nível de interpretação da resposta da inteligência
emocional. Essas características se refletem em estratégias de socialização experiencial e jogos
de problemas. No entanto, para que essas estratégias sejam efetivas no desenvolvimento das
habilidades comunicativas, devem se tornar o objetivo principal, pois isso permitirá que os do-
centes se concentrem nisso, em vez de desviar sua atenção apenas para a aquisição de habi-
lidades cognitivas.
No entanto, Suárez e Castro (2022) estabelecem que, quando se busca orientar a inteligência
emocional, as estratégias devem melhorar a capacidade dos estudantes de compreender os
gestos, ou seja, adquirir uma consciência corporal que os ajude a reconhecer os sentimentos
dos outros, bem como a capacidade de identificar sentimentos e emoções em si mesmos e
nos outros. Esse caso beneficiará o desenvolvimento de habilidades sociais. Portanto, os do-
centes devem promover a integração da cultura e da comunicação, porque o ambiente dos
estudantes pode afetar as funções sociais e pessoais da comunicação.
Nesse sentido, embora os docentes reconheçam as características das estratégias que promo-
vem as habilidades comunicativas dos estudantes, apontam que nas instituições educativas a
gramática das disciplinas de língua é derivada com referência ao processo comunicativo. Isso
indica uma fraqueza no desenvolvimento das habilidades de comunicação, pois os estudantes
se limitam a construir frases gramaticalmente bem estruturadas.
Conclusões
Com base nos resultados, pode-se concluir que existe uma correlação significativa e positiva
entre o componente emocional e o desempenho acadêmico dos estudantes. Isso sugere que
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 135-148
ISSN eletrônico: 2665-038X
147
as emoções desempenham um papel importante no desempenho acadêmico, destacando a
necessidade de considerá-las no âmbito educativo. A força dessa correlação é alta, o que apoia
a relevância de abordar as emoções dos estudantes no ensino. Além disso, a significância es-
tatística dos resultados indica que essa relação não é aleatória, mas sim um achado significativo.
Portanto, esses achados enfatizam a importância de promover um ambiente emocionalmente
positivo nas instituições educativas para melhorar o desempenho acadêmico dos estudantes.
Referências
Abreu O., Gallegos, M, Jacome, JG y Martínez, R. (2017). La Didáctica: Epistemología y Definición en la
Facultad de Ciencias Administrativas y Económicas de la Universidad Técnica del Norte del Ecuador.
Formación Universitaria, 10(3), 81-92 https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=373551306009
Clavijo, C.R. G. y Bautista, C. M. J. (2020). La educación inclusiva. Análisis y reflexiones en la
educación superior ecuatoriana. Alteridad. Revista de Educación, 15(1), 113-124.
https://www.redalyc.org/journal/4677/467761669009/html/
Dainase, R. (2016). Didáctica para la inclusión. Fundamentos Teóricos y Metodológicos para aten-
der a Estudiantes con Necesidades Educativas Especiales. Editores MINED, EDUCAID. San Sal-
vador, El Salvador. EDUCAID. https://www.educaid.it/wp-content/uploads/ 2020/09/Didactica
-para-la-inclusion_Roberto-Dainese.pdf
Hernández C., Patricia (2014). La didáctica: un acercamiento al quehacer del docente. Revista
PAPELES 6(11), 98-106. https://core.ac.uk/download/pdf/236383958.pdf
Lindao, S. y Miltón, H. (2015). La Inclusión Educativa en la Educación General Básica. Universidad
Regional Autónoma de los Andes (UNIANDES).
https://dspace.uniandes.edu.ec/bitstream/123456789/1730/1/TUAEXCOMMGEA005-
2015.pdf
Naciones Unidas (2018). La Agenda 2030 y los Objetivos de Desarrollo Sostenible: Una Oportu-
nidad para América Latina y el Caribe. https://repositorio.cepal.org/server/api/core/bits-
treams/cb30a4de-7d87-4e79-8e7a-ad5279038718/content
Pila, M. J. C., Quintuña, G. J. M., Pila, M. F. R., Salazar, P. S. A. & Analuisa, J. I. S. (2023). Didáctica,
un breve análisis situacional para el profesorado ecuatoriano. Revista EDUCARE - UPEL-IPB
- Segunda Nueva Etapa 2.0. 27(1), 375-385. https://revistas.investigacion-ueliob.com/index.
php/educare/article/view/1623
Rojas N., Gabriela A. (2022). Estrategias didácticas para el desarrollo de la comprensión lectora
en los y las estudiantes de séptimo año de E.G.B del paralelo “B” de la Unidad Educativa “Sa-
yausí”2020–2021. Repositorio Institucional de la Universidad Politécnica Salesiana Cuenca –
Ecuador. pp. 1-81 (p34) https://dspace.ups.edu.ec/handle/123456789/22046
Componente emocional e o desempenho acadêmico
© 2024, Instituto de Estudios Superiores de Investigación y Postgrado, Venezuela
148
Héctor Iván Velásquez López e Clara Inés Castañeda Escobar
Unesco, (2008). Conferencia Internacional de Educación, Cuadragésima octava reunión. Centro
Internacional de Conferencias Ginebra, 25 a 28 de noviembre de 2008.
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000161565_spa
Unesco. (2021). Informe sobre inclusión y Educación. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000379502_spa