Competências socio-formativas para
professores não licenciados em
tecnologia e informática:
desafios na Colômbia*
Competencias socio-formativas para docentes no
licenciados en tecnología e informática:
desafíos en Colombia
Como citar: Figueroa, R. J. C. (2024). Competências socio-formativas para professores não li-
cenciados em tecnologia e informática: desafios na Colômbia. Revista Digital de Investigación
y Postgrado, 5(10), 119-134.
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Juan Carlos Figueroa Rada**
https://orcid.org/0009-0008-0640-6358
Ariguaní, Departamento do Magdalena / Colômbia
* O artigo deriva da tese de doutorado "Componentes socio-formativos pedagógicos dos professores não licen-
ciados em tecnologia e informática nas instituições educativas públicas."
** Estudante do Programa de Doutorado em Ciências da Educação com Ênfase em Pesquisa, Avaliação e Formu-
lação de Projetos Educativos, ministrado pela Universidade Metropolitana de Educação, Ciência e Tecnologia (UME-
CIT), Panamá. Mestre em Gestão da Tecnologia Educativa pela Universidade de Santander. Especialista em
Administração da Informática Educativa pela Universidade de Santander. Engenheiro de Sistemas pela Universidade
Autônoma de Colômbia. Professor da Área de Tecnologia e Informática na Instituição Educativa Departamental
Liceo Ariguaní, Ariguaní - Magdalena, Colômbia.
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 119-134
ISSN eletrônico: 2665-038X
Recebido:
Fevereiro / 1 / 2024
Revisado:
Fevereiro / 5 / 2024
Aprovado:
Abril / 9 / 2024
Resumo
O objetivo do estudo foi analisar as competências socio-formativas para professores não licen-
ciados em tecnologia e informática. Utilizou-se uma metodologia interpretativo-pós-positivista,
com uma abordagem fenomenológico-interpretativa para compreender as experiências de 8
professores não licenciados, mas com formação em informática. Foi utilizada uma entrevista
estruturada com 22 perguntas abertas para a coleta de informações. Aplicou-se a triangulação
para garantir a validade e a fiabilidade dos resultados. Os achados revelaram categorias como
sensação de desafio, consciência das limitações, perspectiva atualizada, motivação para carrei-
ras tecnológicas, inovação na sala de aula e conexão com a indústria. Isso permite concluir que
existe a necessidade de programas de formação específicos para professores não licenciados
em áreas tecnológicas, a fim de melhorar sua prática pedagógica e sua capacidade de ensinar
eficazmente temas relacionados à tecnologia e à informática.
Palavras-chave: competências, socio-formativas, profissionais não licenciados, tecnologia, in-
formática.
Resumen
El objetivo del estudio fue analizar las competencias Socio-Formativa para Docentes no Li-
cenciados en Tecnología e Informática. Se utilizó una metodología interpretativo-postpositi-
vista, con un enfoque fenomenológico-interpretativo para comprender las experiencias de 8
docentes no licenciados, pero con formación en informática. Se empleó una entrevista es-
tructurada con 22 preguntas abiertas para la recolección de información. Se aplicó triangu-
lación para garantizar la validez y fiabilidad de los resultados. Los hallazgos revelaron
categorías como sensación de desafío, conciencia de limitaciones, perspectiva actualizada,
motivación hacia carreras tecnológicas, innovación en el aula y conexión con la industria. Lo
que permite concluir que existe la necesidad de programas de formación específicos para
docentes no licenciados en áreas tecnológicas, con el fin de mejorar su práctica pedagógica
y su capacidad para enseñar eficazmente temas relacionados con la tecnología e informá-
tica.
Palabras clave:
competencias, socio-formativas, profesionales no linceados, tecnología, infor-
mática. .
Introdução
A ocupação de profissionais em diversas áreas que desempenham funções pedagógicas nos
níveis de educação primária e secundária é uma realidade observada, sobre a qual pouco se
tem falado. É por isso que, para fornecer uma abordagem estatística dessa realidade, que surge
de uma preocupação do pesquisador e deu origem a este estudo, citam-se algumas (estatís-
ticas) apresentadas pela Unesco (2024) na qual se afirma:
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Competências socio-formativas para professores não licenciados
em tecnologia e informática: desafios na Colômbia
As taxas de cobertura variam entre 63% e 76% para os indicadores de qualificação docente e
formação prévia ao emprego, enquanto as taxas de cobertura para os salários relativos e a
formação no emprego são substancialmente mais baixas. A taxa de cobertura média mundial
para todos os indicadores do ODS 4 é de pouco mais de 60%. Os indicadores que refletem as
qualificações dos docentes (4.c.3 e 4.c.4) têm as taxas de cobertura mais altas, com pouco mais
de 75%, seguidos pelos indicadores que refletem a formação dos docentes (4.c.1 e 4.c.2), que
estão ligeiramente acima da média mundial do ODS 4. Os outros indicadores docentes tendem
a ter taxas de cobertura mais baixas. O indicador de abandono docente (4.c.6) tem uma taxa
de cobertura ligeiramente inferior a 50%, enquanto a taxa de cobertura para o desenvolvimento
profissional recente (4.c.7) está abaixo de 30% e a dos salários docentes em relação aos outros
(4.c.5) está abaixo de 20% (p.6).
No entanto, a observação feita por esta organização inclui indicadores que não estão especi-
ficamente relacionados com a formação do professor, mas representa um ponto de partida
para enquadrar a relevância deste estudo. Nesse sentido, estima-se que um número conside-
rável de professores em todo o mundo carecem da formação pedagógica necessária. Segundo
a Pesquisa Global de Professores da Unesco 2017, cerca de 16% dos professores do ensino pri-
mário e 21% dos professores do ensino secundário não possuem a formação exigida. Isso equi-
vale a aproximadamente 60 milhões de alunos que recebem educação de professores sem a
preparação pedagógica adequada.
Além disso, de acordo com a Unesco (2021), o Relatório do Banco Mundial sobre a educação
no mundo 2021 indica que são necessários 69 milhões de novos professores para alcançar o
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 de educação de qualidade para todos até 2030.
Desses, 48 milhões seriam necessários para substituir os professores que se aposentam ou
abandonam a profissão, e 21 milhões para cobrir as necessidades de novos postos criados pelo
crescimento da população. É provável que uma parte significativa desses novos professores
não tenha formação pedagógica.
No caso do México, um estudo do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI) realizado
em 2020 descobriu que 18% dos professores do ensino básico não tinham formação docente.
Isso significa que cerca de 1,2 milhão de alunos no México recebem educação de professores
sem a preparação pedagógica adequada (González & Crispín, 2022).
Na Colômbia, um estudo do Ministério da Educação Nacional realizado em 2018 descobriu
que 10% dos professores não tinham diploma profissional em educação, o que equivale a cerca
de 34.000 alunos que recebem educação de professores sem formação pedagógica (Albadan,
2020). Segundo o Relatório do Observatório Laboral para a Educação 2022, na Colômbia, 40%
dos professores não têm formação em pedagogia ou didática, o que significa que cerca de
136.000 alunos são ensinados por professores sem essa preparação específica. Por outro lado,
uma análise da Federação Colombiana de Educadores (FECODE) em 2023 estima que 50% dos
professores na Colômbia não têm formação em pedagogia ou didática, o que afeta cerca de
170.000 alunos no país (Cabeza et al., 2018).
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Agora, cabe destacar que na Colômbia tem ocorrido uma situação em que muitos profissionais
de informática e outras áreas passam a exercer funções de professores nas instituições de ensino
primário e secundário, devido à crescente demanda por profissionais na área pedagógica. Por
outro lado, os licenciados em educação se especializam em áreas determinadas, como mate-
mática, linguagem, ciências sociais, entre outras, mas não são inicialmente formados na área
tecnológica. Isso levou o Ministério da Educação Nacional a contratar engenheiros em tecno-
logia e informática para exercer a docência, atendendo a essas necessidades. No entanto, esses
profissionais carecem de competências pedagógicas.
Neste contexto, é importante destacar que quando um profissional em tecnologia assume o
papel de professor nos níveis de ensino primário e secundário sem ter competências pedagó-
gicas, podem surgir vários desafios significativos. Daí que, a comunicação se torna um pro-
blema, pois pode ser difícil explicar conceitos técnicos de maneira clara e adaptada a diferentes
níveis de maturidade e compreensão (Figueroa, 2024).
Da mesma forma, os professores que não possuem competência pedagógica-comunicativa
podem enfrentar vários problemas para se fazerem entender, incluindo dificuldades para ex-
plicar conceitos de maneira clara e compreensível para os alunos, assim como para manter sua
atenção e interesse no conteúdo. Além disso, a falta de habilidades comunicativas adequadas
pode levar a uma comunicação ineficaz em sala de aula, dificultando a transmissão eficaz de
conhecimentos e a criação de um ambiente de aprendizado positivo (Cabeza et al., 2018).
Por outro lado, a falta de estratégias para manter a atenção e o interesse dos alunos, assim
como a incapacidade de adaptar o ensino às necessidades individuais, também são desafios
comuns. No que diz respeito à gestão da sala de aula, pode haver dificuldade para controlar
o comportamento dos alunos, manter a disciplina e criar um ambiente de aprendizado positivo
e motivador (Figueroa, 2024).
Para manter o interesse dos alunos, um professor precisa de habilidades pedagógicas que lhe
permitam desenvolver estratégias adequadas. Sem essas competências, pode ser difícil captar
e manter a atenção dos alunos (Durán et al., 2014). A falta de estratégias eficazes para tornar
o conteúdo relevante e atraente pode resultar em um ambiente de aprendizado monótono e
desmotivador. Além disso, a incapacidade de adaptar o ensino às necessidades e estilos de
aprendizagem individuais pode fazer com que alguns alunos se desconectem e percam o in-
teresse pela matéria (Albadan, 2020).
Também se considera que a falta de competências pedagógicas pode resultar em problemas
de planejamento e avaliação, como a dificuldade para elaborar sequências didáticas eficazes,
avaliar a aprendizagem de maneira adequada e realizar uma avaliação formativa e contínua.
Apesar desses desafios, a presença de um profissional em tecnologia na sala de aula também
pode ter vantagens, como trazer uma perspectiva atualizada sobre o mundo tecnológico, mo-
tivar os alunos a seguir carreiras tecnológicas e criar experiências de aprendizado inovadoras
(Figueroa, 2024).
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Nesse sentido, tem sido observado que os professores não licenciados nas instituições educa-
cionais do Magdalena, na Colômbia, apresentam falta de competências pedagógicas, o que
se traduz em problemas de comunicação ao explicar conceitos técnicos, dificuldades na gestão
da sala de aula para manter a disciplina e criar um ambiente positivo, assim como dificuldades
no planejamento e avaliação do ensino. Enquanto isso, nos alunos, observa-se desinteresse
pela matéria, dificuldades para compreender os conceitos e potencialmente baixos resultados
acadêmicos como resultado da falta de competências pedagógicas do professor em tecnologia.
Por tudo isso, o estudo se propôs a analisar a formação Socio-Formativa para Professores não
Licenciados em Tecnologia e Informática.
Metodologia
A metodologia do estudo adotou o paradigma interpretativo-pós-positivista, que se concentra
em compreender e explicar fenômenos sociais a partir da perspectiva dos participantes, re-
conhecendo a subjetividade e a complexidade da realidade. Esta abordagem qualitativa per-
mitiu explorar em profundidade a experiência dos professores não licenciados em educação
que ensinam tecnologia informática (Acosta, 2023).
O método empregado foi o fenomenológico-interpretativo, que busca compreender o signi-
ficado e a estrutura das experiências vividas pelos participantes. Neste caso, procurou-se en-
tender como os professores não licenciados em educação experimentam e enfrentam os
desafios de ensinar tecnologia informática em instituições educativas (Acosta, 2023).
A amostra foi constituída por 8 professores não licenciados em educação, mas com formação em
informática. Os critérios de inclusão indicaram que fossem profissionais de informática, dispostos
a colaborar fornecendo informações sobre sua experiência no ensino desta matéria. Para a coleta
de informações, utilizou-se a entrevista estruturada, que consistiu em um roteiro de entrevista com
22 perguntas abertas, desenhadas para abordar todos os aspectos relevantes relacionados ao en-
sino de tecnologia informática por parte de professores não licenciados em educação.
Em relação às considerações éticas, respeitou-se a confidencialidade dos participantes e obteve-
se seu consentimento informado antes da participação no estudo. Garantiu-se a privacidade e
protegeu-se a identidade dos participantes na apresentação dos resultados. A análise da infor-
mação foi realizada por meio da codificação-categorização, que ajudou a identificar padrões e
relações nos dados. Além disso, aplicou-se a triangulação, considerando o momento empírico,
teórico e argumentativo, para garantir a validade e a confiabilidade dos resultados obtidos.
Resultados
A seguir, são apresentados os resultados provenientes dos processos de triangulação entre as infor-
mações fornecidas pelos informantes, as teorias citadas e a argumentação do pesquisador. Esses re-
sultados oferecem uma visão integral e fundamentada sobre as competências socio-formativas dos
professores não licenciados em tecnologia e informática. A triangulação permitiu validar e enriquecer
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os dados coletados, assegurando a confiabilidade dos achados.
Tabela 1
Triangulação da percepção do professor de tecnologia e informática
Categorias
Momento empírico (citações textuais
dos informantes-chave)
Momento
Teórico
Momento
Argumentativo
Sensação de desafio
“Às vezes, representa um desafio con-
seguir nos adaptar aos processos que
implicamplanejar aulas” (IC1)
Para Echeveste &
Martínez (2016), os
professores com
fraquezas nas com-
petências pedagó-
gicas são afetados
cognitivamente,
pois experimentam
estresse e se sentem
sobrecarregados ao
planejar aulas sem
as ferramentas ade-
quadas. Segundo
El-Sahili (2010),
emocionalmente, os
desafios vinculados
às competências
pedagógicas
podem levá-los a se
sentirem frustrados
ao enfrentarem difi-
culdades para se
comunicar com os
alunos e abordar
certos aspectos do
processo educativo.
Os professores sem formação
pedagógica enfrentam desafios
tanto cognitivos quanto emo-
cionais ao planejar aulas e se
comunicar com os alunos. Eles
experimentam estresse, insegu-
rança e frustração, mas alguns
veem esses desafios como
oportunidades para melhorar
suas habilidades. Isso sugere
que sua experiência pode ser
um processo de aprendizado e
crescimento profissional, apesar
das dificuldades iniciais.
A mim, particularmente, me fazia sentir
estressado pelo desafio de ensinar sem
formação pedagógica” (IC2).
“Inicialmente, me sentia sobrecarre-
gado pela responsabilidade de educar
os alunos sem as ferramentas adequa-
das” (IC3).
“Isto gerava em mim uma sensação de
insegurança sobre como abordar cer-
tos aspectos do processo educativo
(IC4).
“Cheguei a experimentar frustração ao
enfrentar dificuldades para me comu-
nicar efetivamente com os alunos”
(IC5).
“Bem, eu tentava ver o desafio como
algo estimulante e motivador para mel-
horar minhas habilidades” (IC6).
“Perceber o ensino sem formação pe-
dagógica como um processo compli-
cado e difícil de manejar” (IC7).
"Je crois qu'il est important de recon-
naître la nécessité d'acquérir des com-
pétences pédagogiques" (IC8).
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Nota: Elaboração própria (2024).
O tabela 1 apresenta duas categorias principais, que derivam das entrevistas com os professores
não licenciados: a sensação de desafio e a consciência das limitações. Quanto à sensação de
desafio, os entrevistados manifestaram que, quando não se tem a formação pedagógica, ex-
perimentam estresse, insegurança e frustração ao planejar aulas e se comunicar com os alunos.
Apesar disso, alguns veem esses desafios como oportunidades para melhorar suas habilidades,
o que sugere um processo de aprendizado e crescimento profissional. Nesse sentido, um dos
informantes afirmou:
A sensação de desafio ao ensinar sem formação pedagógica é muito real e constante. Às vezes,
conseguir se adaptar aos processos que envolvem o planejamento de aulas pode representar
Categorias
Momento empírico (citações textuais
dos informantes-chave)
Momento
Teórico
Momento
Argumentativo
Consciência das limitações
“Eu acho que é importante reconhe-
cer a necessidade de adquirir compe-
tências pedagógicas” (IC8).
Segundo Figueroa
(2024), é importante
que os professores
reconheçam a im-
portância de adqui-
rir competências
pedagógicas e acei-
tem o desafio de
ensinar sem forma-
ção específica. Da
mesma forma, é ur-
gente que busquem
apoio e reflitam
sobre suas práticas
para melhorar, ape-
sar de enfrentarem
incertezas e frustra-
ções.
A análise das percepções dos
professores revela uma reali-
dade complexa e desafiadora.
Por um lado, evidencia-se a
consciência da necessidade de
adquirir competências pedagó-
gicas e a disposição para en-
frentar o desafio de ensinar sem
formação específica. No en-
tanto, também se observa uma
sensação de estresse, sobre-
carga, insegurança e frustração
diante das dificuldades de se
comunicar efetivamente e pla-
nejar aulas. Apesar disso, os
professores buscam melhorar
suas habilidades por meio da
reflexão diária sobre suas práti-
cas e da busca por apoio. O en-
sino é percebido como uma
fonte de renda importante, o
que reflete a importância desse
trabalho em suas vidas.
Temos que estar conscientes das difi-
culdades de ensinar sem formação
pedagógica” (IC2).
“É necessário aceitar o desafio de en-
sinar e estar dispostos a enfrentá-lo
(IC3).
“Eu procurei apoio de colegas ou ins-
tituições para melhorar minhas habili-
dades” (IC4).
Todos os dias eu refletia sobre min-
has práticas e procurava formas de
melhorá-las” (IC5).
“Diariamente eu enfrentava a incer-
teza sobre as estratégias pedagógicas
adequadas” (IC6).
Eu queria que fossem gerados cursos
profundos sobre como planejar e ava-
liar (IC7).
“Eu me sentia frustrado, mas era
minha fonte de renda” (IC8).
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Juan Carlos Figueroa Rada
um grande desafio. Pessoalmente, isso me fez sentir estressado e sobrecarregado, especial-
mente no início, quando enfrentava a responsabilidade de educar os alunos sem as ferramentas
adequadas. A insegurança sobre como abordar certos aspectos do processo educativo e a
frustração ao enfrentar dificuldades para me comunicar efetivamente com os alunos também
fizeram parte dessa experiência. No entanto, tento ver esses desafios como oportunidades es-
timulantes e motivadoras para melhorar minhas habilidades. É um processo complicado e difícil
de gerenciar, mas dia após dia tento aprender com minhas práticas e buscar maneiras de mel-
horá-las. Apesar das dificuldades, o ensino continua sendo uma fonte importante de renda
para mim.
A esse respeito, Gallardo et al. (2022) sustentam a importância de capacitar os professores em
competências socio-pedagógicas para que estes alcancem um bem-estar psicológico e emo-
cional, adquiram segurança, o que se traduz em um melhor desempenho, em melhores pro-
cessos de ensino e em uma maior receptividade por parte dos alunos. Da mesma forma,
Arteaga et al. (2015) consideram que a formação pedagógica do professor lhe proporciona as
ferramentas necessárias para enfrentar as situações de adaptabilidade ao contexto educativo
onde ele deve atuar.
Ao interpretar as afirmações dos professores e as teorias citadas, o pesquisador infere que esses
profissionais (não licenciados) experimentam a sensação de desafio ao ensinar sem formação
pedagógica, o que é importante porque destaca as dificuldades e pressões que os professores
não licenciados enfrentam em seu trabalho educativo. Essa sensação de desafio pode servir
como ponto de partida para identificar áreas de melhoria na formação e apoio a esses profes-
sores, bem como para desenvolver estratégias que lhes permitam enfrentar esses desafios de
maneira mais eficaz. Além disso, ao reconhecer e compreender essa sensação, pode-se pro-
mover um ambiente de empatia e apoio entre os profissionais da educação, o que pode con-
tribuir para melhorar a qualidade do ensino e o bem-estar dos alunos.
Quanto à consciência das limitações, os professores reconhecem a importância de adquirir
competências pedagógicas e aceitar o desafio de ensinar sem formação específica. Eles buscam
apoio e refletem sobre suas práticas para melhorar, apesar de enfrentarem incertezas e frus-
trações. O ensino é percebido como uma fonte de renda importante em suas vidas. A esse
respeito, um dos entrevistados destacou que:
Como professor, a consciência das minhas limitações é fundamental para o meu desenvolvi-
mento profissional. Reconheço a importância de adquirir competências pedagógicas e aceitar
o desafio de ensinar sem uma formação específica em educação. Apesar das dificuldades e da
incerteza que enfrento ao me comunicar com os alunos e planejar aulas, busco constantemente
melhorar minhas habilidades. Todos os dias, reflito sobre minhas práticas e busco apoio de co-
legas e instituições para continuar crescendo. Embora possa sentir frustração no caminho, sei
que essa experiência é fundamental para o meu crescimento como educador.
Dessa forma, essa análise revela uma realidade complexa e desafiadora para os professores
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sem formação pedagógica, que buscam melhorar suas habilidades apesar das dificuldades,
demonstrando uma atitude de superação e adaptação diante dos desafios do ensino (Valen-
zuela et al., 2015). Em contraste com a teoria de Colmenares (2017), os professores devem au-
toavaliar-se e refletir sobre seu trabalho, estratégias, mecanismos e até mesmo seus objetivos,
de modo que isso lhes forneça informações para reorganizar as metodologias que implemen-
tam e melhorá-las, se for o caso.
As informações fornecidas pelos professores e a luz das teorias consultadas permitem ao pes-
quisador deduzir que a sensação de desafio e a consciência das limitações que os professores
sem formação pedagógica experimentam ao enfrentar o ensino são aspectos cruciais que in-
fluenciam seu processo de aprendizado e crescimento profissional.
Apesar das dificuldades iniciais, muitos professores veem esses desafios como oportunidades
para melhorar suas habilidades e buscam ativamente apoio e reflexão para superar suas limi-
tações. Essas descobertas ressaltam a importância de oferecer apoio e formação contínua aos
professores para que possam enfrentar com sucesso os desafios do ensino e proporcionar uma
educação de qualidade aos alunos.
Tabela 2
Triangulação sobre os benefícios educativos do profissional em tecnologia da informática nos
processos educativos.
Categorías
Momento empírico (in-
terpretação geral)
Momento teórico
Momento
argumentativo
Perspectiva atualizada
Os profissionais de tecno-
logia podem oferecer
uma visão nova e atuali-
zada sobre a tecnologia e
sua aplicação no mundo
moderno, o que pode ser
especialmente relevante
para os estudantes que
buscam carreiras em
campos relacionados com
a tecnologia.
Segundo Durán et al.
(2014), é importante ter
uma perspectiva atuali-
zada nos processos edu-
cacionais para estar
alinhado com os avanços
e mudanças na sociedade
e no mundo, o que per-
mite oferecer uma educa-
ção relevante e preparar
os alunos para os desafios
atuais e futuros.
Ter uma perspectiva atua-
lizada ajuda os professo-
res não licenciados a
melhorar sua prática do-
cente ao estarem cientes
das últimas tendências,
métodos e tecnologias
educacionais. Isso lhes
permite oferecer um en-
sino mais eficaz e rele-
vante para seus alunos, o
que pode aumentar sua
motivação e participação
no aprendizado. Além
disso, estar atualizados os
ajuda a se adaptar mel-
hor às mudanças no sis-
tema educacional e a
melhorar suas oportuni-
dades de trabalho.
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Nota: Elaboração própria (2024).
Categorías
Momento empírico (in-
terpretação geral)
Moment théorique Moment argumentatif
Motivação para ca-
rreiras tecnológicas
Sua experiência e paixão
pela tecnologia podem
motivar os alunos a se in-
teressarem por carreiras
relacionadas, fomen-
tando assim a participa-
ção em áreas STEM e o
desenvolvimento de ha-
bilidades tecnológicas.
A motivação para carrei-
ras tecnológicas é boa
para o processo de
aprendizagem dos alunos
porque lhes proporciona
um sentido de propósito
e relevância, aumenta seu
interesse nas matérias re-
lacionadas à tecnologia e
fomenta a exploração
ativa e o aprendizado au-
tônomo (Valenzuela et al.,
2015).
Por tudo isso, infere-se que os
professores se tornam mode-
los a seguir, mostrando entu-
siasmo e paixão pela
tecnologia e demonstrando
como esta pode ser uma ca-
rreira gratificante e emocio-
nante. Ao inspirar os alunos
dessa maneira, os professores
podem desempenhar um
papel fundamental no fo-
mento da motivação para ca-
rreiras tecnológicas.
Inovação em sala
de aula
A inovação em sala de
aula pode beneficiar a
aprendizagem ao estimu-
lar o interesse dos alunos
e oferecer-lhes novas for-
mas de compreender e
aplicar conceitos.
Atualmente, são necessá-
rios professores que mo-
tivem a participação dos
alunos por meio de estra-
tégias inovadoras (Vera e
García, 2010).
A inovação em sala de aula é
importante porque promove
uma aprendizagem mais di-
nâmica, criativa e relevante
para os alunos, incentivando
seu interesse e participação
ativa no processo educativo.
Além disso, permite adaptar
as práticas pedagógicas às
necessidades e contextos
atuais, preparando os alunos
para enfrentar os desafios do
mundo contemporâneo.
A conexão com a
indústria
A conexão com a indús-
tria permite aos alunos
ver a relevância prática
do que aprendem, pre-
parando-os melhor para
o mundo do trabalho.
acadêmico e profissional.
Os jovens de hoje devem
ser formados sob a in-
fluência das tecnologias,
pois na era da globaliza-
ção estão presentes nas
áreas de produção e de-
senvolvimento (Joyanes,
2017).
Estabelecer essa conexão é
importante para os alunos
porque lhes oferece a opor-
tunidade de aplicar seus con-
hecimentos em situações
reais, conhecer as demandas
e tendências do mercado de
trabalho e estabelecer conta-
tos que podem ser úteis para
sua futura carreira profissio-
nal. Isso lhes permite adquirir
habilidades e competências
relevantes para seu desenvol-
vimento.
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em tecnologia e informática: desafios na Colômbia
O tabela 2 reflete as categorias que surgiram em relação às vantagens dos professores de in-
formática (não licenciados), observando-se que a atualização dos professores na educação é
importante para garantir que os alunos adquiram as habilidades necessárias para ter sucesso
em um mundo em constante evolução.
Além disso, manifestaram que, ao se manterem atualizados com as últimas tendências e avan-
ços na educação, os professores podem oferecer experiências de aprendizagem mais relevantes
e significativas. Isso não só beneficia os alunos, preparando-os melhor para o futuro, mas tam-
bém enriquece a prática docente ao promover a criatividade, a inovação e a adaptabilidade
na sala de aula. Por isso, um dos entrevistados destacou que:
A perspectiva atualizada no ensino é fundamental para nos mantermos atualizados com as
novas metodologias e tecnologias educacionais. Isso nos permite adaptar às necessidades cam-
biantes de nossos alunos e melhorar continuamente nossas práticas docentes para oferecer
uma educação de qualidade.
De acordo com a ideia dos entrevistados, Beltrán (2021) ressalta a necessidade de que os pro-
fessores recebam capacitação contínua que lhes permita estar atualizados em relação a estra-
tégias inovadoras, necessidades dos alunos, mecanismos e diretrizes magisteriais e institucionais.
Segundo Callealta et al. (2020), é imperativo que os professores sejam inovadores e adaptem
seus processos de ensino às novas tecnologias para preparar os alunos a enfrentar os desafios
que este século impõe.
Nesse sentido, o pesquisador considera que a atualização constante na educação é um requi-
sito fundamental para a excelência no ensino, pois, ao se manterem atualizados com as últimas
tendências, metodologias e tecnologias educacionais, os professores podem oferecer expe-
riências de aprendizado mais eficazes e relevantes para os alunos, preparando-os melhor para
os desafios futuros. Assim, a perspectiva atualizada não só beneficia os alunos, mas também
enriquece a prática docente ao promover a inovação, a criatividade e a adaptabilidade em sala
de aula.
Quanto à categoria emergente, motivação para carreiras tecnológicas, os entrevistados desta-
caram a ideia de que o bom desempenho e as habilidades (conhecimentos) do professor
podem motivar os alunos a seguirem carreiras tecnológicas e a implementá-las em outras dis-
ciplinas para obter informações e criar mapas conceituais e mentais ao reconhecer os progra-
mas para isso. Assim, um dos entrevistados considera que:
Na minha experiência, motivar os alunos para carreiras tecnológicas implica mostrar-lhes a re-
levância e o impacto positivo que podem ter no mundo. Através de atividades práticas e pro-
jetos interessantes, ajudo-os a ver o potencial empolgante e as oportunidades de crescimento
pessoal e profissional no campo tecnológico.
Isso se ajusta à teoria cognitiva social, mencionada na pesquisa de Castillo (2020), ao afirmar
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que a motivação para carreiras tecnológicas pode ser promovida através da exposição a mo-
delos de sucesso na área, da criação de um ambiente de aprendizagem enriquecido e da va-
lorização das habilidades técnicas e criativas dos alunos.
Tudo isso indica que a motivação para carreiras tecnológicas pode ser fomentada por meio de
programas educativos que integrem tecnologias emergentes e abordagens pedagógicas ino-
vadoras. A pesquisa indica que a exposição precoce à tecnologia, combinada com experiências
práticas e a colaboração com a indústria, pode aumentar significativamente o interesse dos
alunos nessas áreas.
Outra das categorias que surge através do discurso dos informantes é a Inovação na sala de
aula, destacando que um professor com amplo conhecimento na área em que atua tem a ca-
pacidade de adaptar os conteúdos com estratégias inovadoras e de interesse do aluno, facili-
tando a parte prática. Nesse sentido, um dos professores afirmou que:
A inovação na sala de aula implica não só o uso de novas tecnologias, mas também o desen-
volvimento de abordagens pedagógicas criativas que estimulem o pensamento crítico e a re-
solução de problemas. Para mim, é importante estar a par das últimas tendências educacionais
e adaptá-las às necessidades específicas dos meus alunos.
De acordo com Cedeño (2021), na teoria da inovação educativa, a inovação em sala de aula se
refere à implementação de práticas e métodos novos que melhorem significativamente o pro-
cesso de ensino e aprendizagem. Segundo Cruz (2019), isso pode incluir o uso de tecnologia, o
design de atividades interativas e a promoção de um ambiente de aprendizagem colaborativo.
Dessa forma, segundo o pesquisador, a inovação em sala de aula pode melhorar a qualidade
da educação ao aumentar a motivação e o compromisso dos alunos, bem como ao fomentar
o desenvolvimento de habilidades do século XXI, como a criatividade, a colaboração e a reso-
lução de problemas. A pesquisa mostra que os professores inovadores tendem a obter melhores
resultados acadêmicos e maior satisfação dos alunos.
Finalmente, surgiu a categoria Conexão com a indústria, onde foi destacada a importância de
um professor com formação tecnológica, pois ele capacita os alunos em uma área muito re-
quisitada no mercado de trabalho. Assim, um dos entrevistados afirmou que:
Estabelecer uma conexão com a indústria é fundamental para me manter atualizado sobre as
demandas do mercado de trabalho e garantir que meus alunos adquiram as habilidades ne-
cessárias para ter sucesso no mundo profissional. Através de colaborações com empresas e
profissionais do setor, posso enriquecer meus planos de estudo e oferecer oportunidades de
aprendizagem prática.
Contrastando com o que foi apontado por Aristizábal (2022), que considera que na teoria da
educação baseada em competências, a conexão com a indústria é importante para garantir
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que os alunos adquiram habilidades relevantes e atualizadas para o mercado de trabalho. A
colaboração com empresas permite alinhar o currículo educacional com as necessidades e ex-
pectativas do setor produtivo.
Tudo isso permite ao pesquisador inferir que a conexão com a indústria pode beneficiar os alu-
nos ao proporcionar-lhes experiências práticas, oportunidades de aprendizagem autêntica e a
possibilidade de estabelecer contatos profissionais. A pesquisa sugere que as colaborações
entre instituições educacionais e empresas podem melhorar a empregabilidade dos graduados
e contribuir para o desenvolvimento econômico local.
Conclusões
A análise do discurso dos entrevistados, juntamente com as teorias consultadas, revela que a
análise da Formação Socio-Formativa para Professores não Licenciados em Tecnologia e Infor-
mática na Colômbia destaca a urgência de fortalecer a formação pedagógica desses profissio-
nais. É fundamental que os programas de capacitação abordem não apenas os aspectos
técnicos da tecnologia e informática, mas também as estratégias pedagógicas necessárias para
um ensino eficaz nessas áreas. A integração de métodos educativos inovadores e participativos,
bem como o desenvolvimento de habilidades para o manejo da diversidade e da inclusão, são
aspectos-chave que devem ser considerados na formação desses professores.
Além disso, deve-se prestar especial atenção à atualização constante dos conhecimentos e ha-
bilidades pedagógicas, alinhada aos avanços tecnológicos e às necessidades cambiantes da
sociedade. A formação contínua e o acesso a recursos educativos atualizados são fundamentais
para que os professores possam se manter atualizados em um ambiente educacional cada vez
mais digitalizado e dinâmico. Da mesma forma, é importante promover uma cultura de apren-
dizado colaborativo entre os professores, onde possam compartilhar experiências, boas práticas
e recursos, enriquecendo assim seu trabalho educativo.
Por fim, é necessário que as políticas educacionais e os programas de formação de professores
reconheçam e valorizem a importância da formação pedagógica no ensino de tecnologia e
informática. Isso implica garantir recursos adequados, tanto materiais quanto humanos, para o
desenvolvimento de programas de formação de qualidade. Além disso, é crucial que sejam es-
tabelecidos mecanismos de acompanhamento e avaliação que permitam verificar o impacto
dessas ações na melhoria da qualidade educacional e no desenvolvimento de competências
em tecnologia e informática nos alunos.
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