Políticas educativas e desempenho
acadêmico na América Latina*
Políticas educativas y el desempeño académico
en América Latina
Como citar: Atencia, M. R. C. (2024). Políticas educacionais e desempenho acadêmico na Amé
-
rica Latina.
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5
(10), 101-117.
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Roberto Carlos Atencia Morales**
https://orcid.org/0009-0001-1124-8090
Corregimento Carmen de Ariguaní, Magdalena / Colômbia
* O artigo deriva da tese de doutorado Componentes sócio-formativos pedagógicos dos professores não licen
-
ciados em tecnologia e informática em instituições educativas públicas.
** Doutorando em Ciências da Educação na Universidade Metropolitana de Educação, Ciência e Tecnologia (UME
-
CIT), Panamá. Mestre em Educação com menção em Pedagogia, Universidade Norbert Wiener, Peru. Especialista
em Administração da Informática Educacional pela Universidade de Santander (UDES), Colômbia. Licenciado em
Educação Básica com ênfase em Matemática pelo Instituto de Formação Técnica Profissional (INFOTEP) na Co
-
lômbia. Instituição Educacional Técnica Agropecuária Carmen de Ariguaní, Coordenador acadêmico. Email: ro
-
bertoatencia.est@umecit.edu.pa
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 101-117
ISSN Eletrônico: 2665-038X
Recebido:
Fevereiro / 1 / 2024
Revisado:
Fevereiro / 5 / 2024
Aprovado:
Abril / 9 / 2024
Resumo
O estudo surgiu da necessidade de compreender a influência das políticas educacionais no de
-
sempenho acadêmico dos alunos do ensino médio na América Latina. Seu principal objetivo
foi determinar a relação entre essas políticas e o desempenho acadêmico, adotando uma abor
-
dagem quantitativa e correlacional dentro do paradigma positivista. A metodologia incluiu a
aplicação de uma pesquisa a 100 professores de cinco países: Chile, Peru, Equador, Colômbia
e Venezuela. Validado por 5 especialistas na área educacional, a confiabilidade foi de 0,988 (al
-
tamente confiável), aplicada de forma virtual. Os resultados revelaram um coeficiente de co
-
rrelação de Spearman de 0,619 entre as políticas educacionais e o desempenho acadêmico,
indicando uma correlação moderada. A significância estatística do valor de p, que foi de 0,000,
confirma que essa correlação é significativa no nível de 0,05, descartando a possibilidade de
ser resultado do acaso. As descobertas sugerem que existe uma conexão relevante entre as
políticas educacionais e o desempenho acadêmico dos alunos na região.
Palavras-chave:
políticas educacionais, desempenho acadêmico, contexto latino-americano.
Resumen
El estudio surgió de la necesidad de comprender la influencia de las políticas educativas en el
rendimiento académico de los estudiantes de bachillerato en América Latina. Su objetivo prin
-
cipal fue determinar la relación entre estas políticas y el desempeño académico, adoptando un
enfoque cuantitativo y correlacional dentro del paradigma positivista. La metodología incluyó
la aplicación de una encuesta a 100 docentes de cinco países: Chile, Perú, Ecuador, Colombia y
Venezuela. Validado por 5 expertos en área educativa, la confiabilidad fue de ,988 (altamente
confiable), aplicado de manera virtual. Los resultados revelaron un coeficiente de correlación
de Spearman de 0,619 entre las políticas educativas y el desempeño académico, indicando una
correlación moderada. La significación estadística del valor de p, que fue de 0,000, confirma
que esta correlación es significativa al nivel de 0,05, descartando la posibilidad de que sea re
-
sultado del azar. Los hallazgos sugieren que existe una conexión relevante entre las políticas
educativas y el rendimiento académico de los estudiantes en la región.
Palabras clave:
políticas educativas, desempeño académico, contexto latinoamericano.
Introdução
As políticas educacionais estão diretamente relacionadas ao desempenho acadêmico dos es
-
tudantes. Assim, as políticas que garantem o acesso à educação melhoram a qualidade do en
-
sino e reduzem as desigualdades educacionais, tendo o potencial de melhorar o desempenho
acadêmico dos estudantes, alcançar resultados ótimos e a permanência acadêmica até o final
do ciclo escolar.
Nesse sentido,
Garzón (2023)
sustenta que, em todo sistema educacional, as políticas educa
-
cionais têm como objetivo garantir o acesso equitativo à educação, assegurando que todas as
crianças tenham a oportunidade de acessar uma educação de qualidade, independentemente
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de sua posição social, econômica ou cultural. Esse aspecto é fundamental para o desenvolvi-
mento tanto individual quanto social. Além disso, elas têm o potencial de melhorar a qualidade
da educação. Da mesma forma, essa melhoria é alcançada por meio de investimentos na edu-
cação, reformas curriculares, fortalecimento da formação docente e avaliação contínua dos es-
tudantes. Dessa forma, busca-se elevar os padrões educacionais em geral.
É por isso que, Atencia (2023) acredita que, a importância dessas políticas reside em sua capa-
cidade de reduzir as desigualdades educacionais, garantindo que todos os alunos tenham
igualdade de oportunidades para alcançar o sucesso educacional, independentemente de sua
origem social. Isso indica que são relevantes para o desenvolvimento sustentável dos países e
para a realização do direito fundamental à educação para todos os indivíduos, permitindo que
alcancem seu máximo potencial e contribuam para o progresso de suas comunidades.
Nesse sentido, é importante destacar exemplos específicos de como essas políticas podem im-
pactar positivamente a sociedade, ou seja, aquelas que garantem o acesso à educação contri-
buem para a redução da pobreza e das desigualdades. Para Fuentes-Salazar (2023), as que
melhoram a qualidade da educação impulsionam o crescimento econômico e o desenvolvi-
mento social, enquanto aquelas que reduzem as desigualdades educacionais promovem a paz
e a coesão social. No entanto, é fundamental que as políticas educacionais sejam cuidadosa-
mente projetadas e implementadas para alcançar eficácia e evitar impactos negativos.
Daí que, Mora-Rosales et al. (2023) explicam que, em várias regiões do mundo, destacam-se
países cujas políticas educacionais deixaram uma marca positiva no desempenho acadêmico
dos estudantes. Um dos exemplos mais notáveis é a Finlândia, que possui um dos sistemas
educacionais mais bem-sucedidos globalmente. Esse feito é atribuído a políticas como educa-
ção gratuita e obrigatória, a qualificação destacada dos professores e a implementação de ava-
liações contínuas para os estudantes, que têm contribuído para alcançar altos níveis de
equidade educacional.
Além disso, de acordo com Byun et al. (2023), outro caso emblemático é o da Coreia do Sul,
cujo rápido crescimento econômico nas últimas décadas teve na educação um fator decisivo.
Através de políticas educacionais deliberadas, como o investimento significativo no setor edu-
cacional, a reforma do currículo e a melhoria da formação docente, o país conseguiu elevar a
qualidade da educação e melhorar o desempenho acadêmico dos alunos.
Segundo Gopinathan & Lee (2018), se destaca como outro exemplo de sucesso em políticas
educacionais, pois este país alcançou níveis notáveis de desempenho acadêmico por meio da
implementação de políticas que incluem educação obrigatória e gratuita, um rigoroso padrão
acadêmico e a realização de avaliações padronizadas. A combinação desses elementos con-
tribuiu para o sucesso sustentado de seu sistema educacional.
De acordo com De Sousa & Nunes (2023), as políticas educacionais na América Latina tiveram
um desenvolvimento complexo e desigual nas últimas décadas. Em geral, essas políticas têm
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se concentrado em garantir o acesso à educação, melhorar a qualidade da educação e reduzir
as desigualdades educacionais. Segundo Barria e Zurita (2023), o acesso à educação melhorou
significativamente nas últimas décadas. Atualmente, a maioria das crianças na região tem acesso
ao ensino fundamental e médio. No entanto, ainda existem desafios quanto ao acesso à edu-
cação em áreas rurais, para estudantes com deficiência e para crianças de grupos minoritários.
Na opinião de Gavaldón e Ambrosy (2023), a qualidade da educação na América Latina tem
sido uma preocupação constante. Os resultados das avaliações internacionais mostram que os
alunos da América Latina têm um desempenho acadêmico inferior ao dos alunos de outros
países desenvolvidos. Nos últimos anos, os governos da região têm implementado uma série
de políticas para melhorar a qualidade da educação. Essas políticas incluem a reforma do cu-
rrículo, o aprimoramento da formação de professores e a avaliação contínua dos estudantes.
Dentro desse contexto, Lule et al. (2023) observam que as desigualdades educacionais na região
são significativas, pois os estudantes de famílias pobres têm menos chances de acessar a edu-
cação, concluir o ensino médio e alcançar um alto desempenho acadêmico.
Com base no exposto, o presente estudo teve como objetivo determinar a relação entre as
políticas educacionais e o desempenho acadêmico dos alunos do ensino médio na América
Latina. É importante destacar que, neste estudo, não se pretendeu fazer uma comparação ou
uma análise detalhada por país, mas sim considerar uma amostra de cinco países da América
Latina para estabelecer a relação entre as variáveis estudadas e fornecer um ponto de referência
para a região.
Metodologia
O estudo foi consolidado dentro dos procedimentos inerentes ao paradigma positivista, adotando
uma abordagem quantitativa. Em termos metodológicos, esse paradigma, segundo Hernández
et al. (2014), caracteriza-se por sua orientação para a coleta e análise de dados quantificáveis,
com o objetivo de explicar fenômenos por meio da aplicação de métodos estatísticos e identifi-
cação de padrões numéricos. Essa abordagem, de acordo com a definição fornecida por Acosta
(2023), destaca-se pelo empenho em explorar e compreender fenômenos por meio da medição
e quantificação de variáveis, focando na obtenção de dados objetivos e verificáveis.
Neste contexto, a escolha do paradigma positivista implica uma perspectiva rigorosa e estru-
turada, onde a pesquisa é desenvolvida com base na busca de regularidades e relações causais
que possam ser expressas de forma quantitativa. As ferramentas estatísticas tornam-se, por-
tanto, elementos fundamentais para analisar e generalizar os resultados obtidos, permitindo
uma abordagem mais precisa e objetiva para a compreensão do fenômeno em estudo.
A fundamentação neste paradigma reflete a intenção de abordar o objeto de pesquisa a partir
de uma perspectiva objetiva e empírica, onde busca-se identificar padrões e regularidades por
meio da análise estatística de frequências. Portanto, a abordagem quantitativa do paradigma
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positivista fornece um arcabouço metodológico que permite uma avaliação mais precisa e es-
truturada dos fenômenos, contribuindo para a geração de conhecimento científico baseado
em dados mensuráveis e observáveis.
Além disso, foi tipificado como correlacional, pois busca medir a relação entre as políticas educa-
cionais e o desempenho acadêmico dos alunos do ensino médio. Hernández et al. (2014) apontam
que é um tipo de desenho de pesquisa que se concentra na relação entre duas ou mais variáveis
sem intervir ou manipular qualquer uma delas. O objetivo principal é determinar se existe uma as-
sociação ou correlação entre as variáveis e, em caso afirmativo, a natureza e a força dessa relação.
A amostra utilizada no estudo consistiu em um grupo de 100 professores de diferentes países,
incluindo Chile, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela, distribuídos equitativamente com 20
participantes de cada país. A seleção dos participantes foi realizada por meio da plataforma
de redes sociais LinkedIn, onde os professores foram contatados e convidados a participar do
estudo. Para coletar as informações necessárias, foi utilizado um formulário online, também
conhecido como questionário, composto por 36 itens projetados de acordo com as dimensões
e indicadores estabelecidos no âmbito do estudo.
O questionário abordou diversas áreas relevantes para os objetivos da pesquisa, cobrindo dimensões
específicas consideradas essenciais para compreender o tema em estudo. Os itens incluídos forne-
ceram informações detalhadas sobre as experiências, percepções e práticas dos professores em re-
lação às variáveis de interesse. Além do uso do software SPSS, Versão 21, para o processamento de
dados, foi realizado uma análise detalhada das medidas de tendência central e dispersão para com-
preender melhor a distribuição dos dados. Esta análise incluiu as frequências relativas e percentuais,
bem como a estatística inferencial para estabelecer o nível de correlação entre as variáveis.
Resultados
A seguir, são apresentadas as tabelas que detalham os resultados de frequência e correlação
das variáveis políticas educacionais e desempenho acadêmico.
Tablela 1
Percepção dos professores sobre as políticas educacionais na América Latina
Nota: Elaboração própria (2024).
A Tabela 1 oferece uma visão detalhada das percepções dos professores sobre as políticas edu-
Níveis
Coeficiente de correlação
das variáveis
Melhorar a qualidade
da educação
Reduzir as desigualdades
educacionais
f % f % f %
Deficientes 4 4,0 86 86,0 85 85,0
Regular 84 84,0 4 4,0 5 5,0
Eficientes 2 2,0 0 0 0 0
Total 100 100 100 100 100 100
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cacionais na América Latina. No aspecto de Garantir o acesso à educação, os resultados revelam
um nível de efetividade que se situa em uma faixa considerada como regular. 84% dos entre-
vistados indicam que essas políticas tiveram um impacto moderado, enquanto 4% consideram
sua efetividade como deficiente, e apenas 2% afirmam que foi eficiente.
Ao abordar a questão de melhorar a qualidade da educação, o panorama é desafiador, com
significativos 86% dos professores expressando que as melhorias implementadas foram defi-
cientes, evidenciando uma preocupação generalizada nesse aspecto. Por outro lado, 4% con-
sideram que essas melhorias alcançaram um nível regular.
Em relação à tarefa de Reduzir as desigualdades educacionais, os resultados refletem uma per-
cepção majoritária de deficiência por parte dos docentes, com 85% afirmando que as políticas
implementadas foram deficientes em abordar eficazmente esse desafio, enquanto apenas 5%
consideram que foram regulares nesse aspecto.
Portanto, essas descobertas destacam a necessidade de uma análise crítica e possível refor-
mulação das políticas educacionais na região. A preocupação com a qualidade educacional e
a redução das desigualdades ressalta como áreas decisivas que requerem atenção imediata e
estratégias eficazes para alcançar melhorias substanciais no sistema educacional latino-ameri-
cano.
Tabela 2
Indicadores de Desempenho Acadêmico
Nota: Elaboração própria (2024).
A Tabela 2 apresenta de forma detalhada os indicadores de desempenho acadêmico, ofere-
cendo uma visão reveladora sobre a assiduidade escolar e a participação do aluno em ativida-
des, conforme a perspectiva dos professores nos países da América Latina. Os resultados
destacam padrões notáveis que merecem análise e reflexão.
No que diz respeito à assiduidade escolar, observa-se que 70% dos professores entrevistados
consideram este indicador fundamental e o avaliam como deficiente. Apenas 20% o classificam
como regular e somente 10% o percebem como eficiente. Essa tendência suscita questiona-
mentos sobre os possíveis fatores subjacentes que podem estar afetando a assiduidade regular
dos alunos, o que pode ter implicações significativas para seu desempenho acadêmico.
Níveis
Frequência Escolar Participação em Atividades Taxa de Retenção
f % f % f %
Deficientes 70 70 30 30 90 90
Regular 20 20 60 60 10 10
Eficientes 10 10 10 10 0 0
Total 100 100 100 100 100 100
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Quanto à participação dos alunos em atividades, 60% dos professores a classificam como re-
gular, indicando que há espaço para melhorias nesse aspecto. Trinta por cento dos entrevistados
a percebem como deficiente, sugerindo uma preocupação significativa em relação à partici-
pação dos alunos em atividades além do currículo principal. Apenas 10% consideram a parti-
cipação eficiente, destacando a necessidade de estratégias que incentivem uma maior
envolvimento dos alunos nessas atividades.
Por fim, em relação à taxa de retenção, 90% dos professores a avaliam como deficiente, en-
quanto apenas 10% a consideram regular. Esses resultados levantam questões sobre as políticas
e práticas educacionais que podem estar contribuindo para uma baixa retenção de alunos, o
que pode ter implicações de longo prazo para o acesso e sucesso na educação.
Tudo isso indica que os indicadores de desempenho acadêmico destacam áreas de atenção
crítica que podem se beneficiar de intervenções e estratégias específicas para melhorar a as-
siduidade escolar, a participação em atividades extracurriculares e a taxa de retenção, com o
objetivo de promover um ambiente educacional mais eficaz e enriquecedor.
Tabela 3
Coeficiente de correlação das variáveis
Nota: Elaboração própria (2024).
A Tabela 2 apresenta de forma detalhada os indicadores de desempenho acadêmico, ofere-
cendo uma visão reveladora sobre a assiduidade escolar e a participação do aluno em ativida-
des, conforme a perspectiva dos professores nos países da América Latina. Os resultados
destacam padrões notáveis que merecem análise e reflexão.
No que diz respeito à assiduidade escolar, observa-se que 70% dos professores entrevistados
consideram este indicador fundamental e o avaliam como deficiente. Apenas 20% o classificam
como regular e somente 10% o percebem como eficiente. Essa tendência suscita questiona-
mentos sobre os possíveis fatores subjacentes que podem estar afetando a assiduidade regular
dos alunos, o que pode ter implicações significativas para seu desempenho acadêmico.
Políticas educativas
Coeficiente de
correlação
Rho de
Spearman
Políticas educativas
Coeficiente de correlação 1,000 ,619
Sig. (bilateral) ,000
N 100 100
Coeficiente de correla-
ção
Coeficiente de correlação ,619 1,000
Sig. (bilateral) 0.000
N 100 100
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Quanto à participação dos alunos em atividades, 60% dos professores a classificam como re-
gular, indicando que há espaço para melhorias nesse aspecto. Trinta por cento dos entrevistados
a percebem como deficiente, sugerindo uma preocupação significativa em relação à partici-
pação dos alunos em atividades além do currículo principal. Apenas 10% consideram a parti-
cipação eficiente, destacando a necessidade de estratégias que incentivem uma maior
envolvimento dos alunos nessas atividades.
Por fim, em relação à taxa de retenção, 90% dos professores a avaliam como deficiente, en-
quanto apenas 10% a consideram regular. Esses resultados levantam questões sobre as políticas
e práticas educacionais que podem estar contribuindo para uma baixa retenção de alunos, o
que pode ter implicações de longo prazo para o acesso e sucesso na educação.
Tudo isso indica que os indicadores de desempenho acadêmico destacam áreas de atenção
crítica que podem se beneficiar de intervenções e estratégias específicas para melhorar a as-
siduidade escolar, a participação em atividades extracurriculares e a taxa de retenção, com o
objetivo de promover um ambiente educacional mais eficaz e enriquecedor.
Discussão
Ao contrastar os resultados do estudo com algumas teorias sobre políticas educativas, Arco et
al. (2023) observam que quando as políticas educativas são projetadas para garantir o acesso
à educação, geralmente são implementadas por meio de um conjunto de medidas que abor-
dam várias barreiras que poderiam dificultar a participação das pessoas no sistema educacio-
nal.
É assim que Irrazabal et al. (2023) destacam que a adoção da educação gratuita e obrigatória
é instituída como um pilar fundamental, eliminando as barreiras econômicas que poderiam im-
pedir o acesso à educação, especialmente para crianças e famílias de baixa renda. Essa medida
busca garantir que todos os membros da sociedade tenham a oportunidade de acessar a ins-
trução básica.
Além disso, Pastore (2023) afirma que os programas de bolsas de estudo e auxílios financeiros
constituem uma estratégia para reduzir as disparidades econômicas e facilitar a participação
daqueles estudantes que podem enfrentar desafios financeiros para continuar sua educação,
pois esses programas visam aliviar os custos associados à matrícula, materiais educacionais e
outras despesas relacionadas, permitindo que mais indivíduos acessem oportunidades educa-
cionais.
Segundo Dussel e Williams (2023), a infraestrutura escolar acessível também desempenha um
papel relevante. A construção e manutenção de escolas localizadas em áreas facilmente aces-
síveis, bem como a provisão de transporte escolar em regiões remotas, contribuem para garantir
que a educação esteja fisicamente ao alcance da população. Além disso, a adaptação de ins-
talações para estudantes com deficiências promove a inclusão e a igualdade de oportunidades.
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Por isso, Ornelas (2020) enfatiza que a promoção de políticas inclusivas e diversificadas constitui
outra medida principal, pois abordar as necessidades de grupos específicos, como pessoas
com deficiências, comunidades indígenas ou minorias étnicas, implica a adaptação de progra-
mas educacionais para atender a diversas realidades e garantir que a educação seja verdadei-
ramente acessível para todos.
Finalmente, para Bey et al. (2023), a flexibilidade nos horários e modalidades de estudo se apre-
senta como uma estratégia chave para enfrentar desafios logísticos, pois oferecer opções fle-
xíveis beneficia adultos que trabalham, mães solteiras e aqueles com responsabilidades
particulares, permitindo uma maior participação em programas educacionais. Assim, Escudero
(2023) acredita que essas medidas trabalham em harmonia para criar um ambiente educacional
inclusivo e acessível, assegurando que a educação seja um direito alcançável para toda a po-
pulação.
Continuando com a análise dos indicadores do estudo, Mansutti et al. (2023) indicam que as
políticas educacionais destinadas a melhorar a qualidade da educação implementam diversas
estratégias com o objetivo de elevar os padrões acadêmicos e proporcionar experiências de
aprendizado mais eficazes. Para Dorado e Benavides (2023), uma das medidas fundamentais
é o investimento na formação e desenvolvimento profissional dos docentes, pois ao fornecer
oportunidades de capacitação contínua, os educadores podem manter-se atualizados com as
metodologias educacionais mais eficazes, incorporando em suas práticas novas estratégias pe-
dagógicas e abordagens inovadoras.
De acordo com Durán et al. (2015), a revisão e atualização periódica dos currículos escolares
constitui outra estratégia essencial para melhorar a qualidade educacional. Portanto, garantir
que os conteúdos estejam alinhados com as necessidades atuais e as demandas do mercado
de trabalho assegura que os estudantes adquiram habilidades relevantes e estejam preparados
para os desafios do século XXI. Além disso, a introdução de tecnologias educacionais e recursos
digitais pode enriquecer o processo de aprendizado, proporcionando aos estudantes expe-
riências mais interativas e personalizadas.
Segundo Gavaldón e Ambrosy (2023), a avaliação contínua do desempenho estudantil e o feed-
back construtivo são elementos fundamentais para melhorar a qualidade da educação. Nesse
sentido, Irrazabal et al. (2023) destacam que a implementação de sistemas de avaliação formativa
permite aos docentes adaptar seus métodos de ensino às necessidades individuais dos estudantes,
identificando áreas de melhoria e fortalecendo as habilidades e conhecimentos adquiridos.
Além disso, de acordo com Palencia e Verdugo (2023), fomentar a participação da comunidade
educacional também contribui significativamente para a melhoria da qualidade educacional.
Envolver pais, tutores e a comunidade em geral no processo educacional cria um ambiente de
apoio que impacta positivamente no desempenho acadêmico dos estudantes. Além disso, es-
tabelecer mecanismos eficazes de feedback e comunicação entre a escola e a comunidade
pode fortalecer a colaboração e o compromisso.
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Neste contexto, Reiban e Jiménez (2023) consideram que a melhoria da qualidade da educação
implica uma combinação de fatores, desde a formação de professores até a atualização curri-
cular, a incorporação de tecnologias educacionais, a avaliação contínua e a participação da co-
munidade. Portanto, essas medidas colaborativas buscam criar um ambiente educacional
dinâmico e em constante evolução, preparando os estudantes para enfrentar os desafios e
oportunidades emergentes em sua trajetória educacional e além.
Segundo Rivera (2023), as políticas educacionais voltadas para reduzir as desigualdades edu-
cacionais adotam uma abordagem integral para garantir que todos os estudantes, indepen-
dentemente de sua origem socioeconômica, gênero, etnia ou localização geográfica, tenham
igualdade de oportunidades e acesso a uma educação de qualidade. Nesse sentido, Pérez
(2023) aponta que uma das estratégias fundamentais é a implementação de programas de in-
clusão e equidade que abordem as disparidades existentes. Isso implica identificar e eliminar
barreiras sistêmicas que possam afetar desproporcionalmente certos grupos, garantindo que
todos os estudantes tenham acesso a recursos e apoios adequados.
Considerando esta análise discursiva, Vázquez (2023) expõe que a alocação equitativa de re-
cursos educacionais é fundamental para abordar as disparidades econômicas entre as institui-
ções educacionais, pois dessa forma se assegura que as escolas localizadas em áreas
desfavorecidas recebam financiamento e recursos adicionais, ajudando a contrabalançar as de-
sigualdades inerentes ao sistema educacional. Além disso, a implementação de programas de
alimentação e transporte escolar pode abordar as barreiras logísticas que poderiam afetar es-
tudantes em situações desfavorecidas.
De acordo com Edwards et al. (2023), a atenção à diversidade cultural e linguística é chave
para reduzir as desigualdades educacionais. Desenvolver currículos inclusivos e proporcionar
apoio específico para estudantes cuja língua materna não seja a predominante no ambiente
escolar garante que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade, inde-
pendentemente de seu contexto cultural.
Para Barria e Zurita (2023), a implementação de medidas para garantir a acessibilidade à educação
para pessoas com deficiências também é fundamental. Adaptar as instalações, fornecer materiais
educacionais acessíveis e oferecer apoios específicos asseguram que os estudantes com deficiên-
cias tenham igualdade de oportunidades para participar e aprender de maneira eficaz.
Enquanto isso, Fuentes (2023) considera que promover a equidade de gênero no âmbito edu-
cacional é outro componente fundamental, pois a adoção de políticas que promovam a igual-
dade de oportunidades para meninas e meninos, e a implementação de estratégias para
abordar a discriminação de gênero, contribuem para reduzir as disparidades educacionais ba-
seadas no gênero.
Assim, para Gopinathan e Lee (2018), reduzir as desigualdades educacionais implica uma abor-
dagem integrada que aborda diversas dimensões, desde a alocação de recursos até a atenção
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à diversidade cultural, linguística e de gênero. Essas políticas buscam criar um ambiente edu-
cacional equitativo que garanta que cada estudante, independentemente de seu contexto,
possa alcançar seu máximo potencial e contribuir plenamente para a sociedade.
Dentro desse contexto, Mora et al. (2023) afirmam que as políticas educacionais desempenham
um papel importante na promoção da frequência escolar, pois ao estabelecer normas e con-
dições que moldam direta e indiretamente a participação dos estudantes no sistema educa-
cional, garante-se o acesso universal e a gratuidade da educação, eliminando barreiras
econômicas e assegurando que todas as crianças tenham a oportunidade de acessar a educa-
ção, independentemente de seus recursos financeiros. Além disso, Rosas (2023) destaca que a
implementação de programas de apoio financeiro, como bolsas de estudo e auxílios econô-
micos, atua como um incentivo de grande relevância para as famílias de baixa renda, facilitando
a frequência regular dos estudantes ao reduzir as desigualdades econômicas.
Segundo Garzón (2023), a infraestrutura escolar e a acessibilidade também são áreas decisivas
nas políticas educativas que afetam a frequência escolar. Isso ocorre porque garantir que as
escolas estejam localizadas em áreas acessíveis e fornecer transporte escolar em regiões re-
motas contribui para superar obstáculos logísticos e geográficos que poderiam dificultar a fre-
quência regular.
Paralelamente, Atencia (2023) aponta que as campanhas de conscientização e o compromisso
comunitário, apoiados por políticas específicas, influenciam positivamente a frequência escolar
ao promover uma compreensão compartilhada sobre a importância da educação e criar um
ambiente que valorize e apoie a frequência regular dos alunos.
Levando em conta as ideias de Atencia (2023), os programas de alimentação escolar, respal-
dados por políticas específicas, também desempenham um papel vital na frequência escolar
ao fornecer alimentos nutritivos que podem servir como um incentivo adicional para a parti-
cipação regular, especialmente em comunidades onde a alimentação é um fator determinante.
Além disso, Fuentes (2023) destacam a ideia de que políticas inclusivas que atendem às neces-
sidades de estudantes com deficiências e promovem a igualdade de oportunidades contribuem
significativamente para a frequência escolar ao garantir que as escolas estejam equipadas para
atender diversas necessidades e facilitar a participação de todos os alunos no processo edu-
cativo. Isso indica que essas políticas educativas formam um quadro integral que busca não
apenas facilitar o acesso, mas também promover uma participação contínua e significativa na
educação.
Na perspectiva de Atencia (2023), a participação em atividades está intimamente relacionada
com as políticas educativas, sendo um componente básico para enriquecer a experiência edu-
cacional dos alunos. Isso ocorre porque as políticas educativas que promovem a participação
em atividades extracurriculares geralmente estão voltadas para garantir inclusão e equidade.
Ou seja, essas políticas visam assegurar que todos os alunos, independentemente de seu con-
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texto socioeconômico ou habilidades, tenham acesso a uma variedade de atividades que com-
plementem seu desenvolvimento integral.
Continuando nessa linha de pensamento, De Sousa e Nunes (2023) acreditam que a participa-
ção em atividades acadêmicas está alinhada com a visão das políticas educativas que buscam
promover o desenvolvimento social e emocional dos alunos. Isso ocorre porque a interação
em atividades como clubes, esportes ou atividades artísticas é considerada fundamental para
cultivar habilidades sociais, trabalho em equipe e liderança, aspectos-chave do desenvolvimento
estudantil que vão além dos limites acadêmicos.
Além disso, para Barria e Zurita (2023), as políticas educativas podem ser direcionadas para
identificar e apoiar talentos e habilidades específicas dos alunos. Isso mostra que a participação
em atividades acadêmicas e extracurriculares oferece oportunidades para que os alunos ex-
plorem e desenvolvam seus interesses particulares, seja em áreas esportivas, culturais, científicas
ou artísticas. Portanto, as políticas que promovem essa diversidade de opções contribuem para
fortalecer a conexão entre os alunos e suas paixões individuais.
Da mesma forma, Joiko (2023) expõe que a participação em atividades escolares também está
integrada ao quadro de políticas educativas que promovem uma educação integral. Isso ocorre
porque essas políticas reconhecem a importância de ir além do ensino acadêmico básico, e as
atividades extracurriculares oferecem oportunidades para crescimento pessoal, exploração vo-
cacional e desenvolvimento de habilidades multifacetadas.
Finalmente, Chen et al. (2023) sugerem que algumas políticas podem incorporar incentivos
para a participação em atividades extracurriculares como parte de estratégias mais amplas para
melhorar a frequência e o desempenho acadêmico. Além disso, Atencia (2023) acredita que
reconhecimentos, bolsas de estudo ou créditos acadêmicos adicionais podem ser oferecidos
como estímulos, incentivando assim a participação dos alunos nessas atividades.
Nesse sentido, Martínez (2023) destaca que a participação em atividades extracurriculares ou
acadêmicas não apenas se beneficia das políticas educativas, mas também contribui para o
cumprimento dos objetivos mais amplos de um sistema educacional que busca nutrir integral-
mente os alunos e prepará-los para os desafios e oportunidades da vida.
Chaves et al. (2023) afirmam que as políticas educativas desempenham um papel fundamental
na influência da taxa de retenção de alunos ao estabelecer diretrizes e estratégias que abordam
fatores-chave que afetam a continuidade educacional. Em primeiro lugar, algumas políticas in-
corporam programas de intervenção precoce que buscam identificar e abordar possíveis desafios
acadêmicos, emocionais ou sociais que poderiam ser precursores da evasão escolar. Essas es-
tratégias visam prevenir obstáculos antes que se tornem barreiras significativas para a retenção.
Além disso, Atencia (2023) observa que políticas que garantem um acesso equitativo a recursos
educacionais e apoios adicionais contribuem significativamente para a retenção. Isso pode in-
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cluir a alocação de fundos adicionais para escolas em áreas desfavorecidas, bem como a im-
plementação de programas de tutoria e serviços de orientação que fortaleçam o apoio indivi-
dualizado aos alunos.
Para Lagos (2023), a flexibilidade nas trajetórias educacionais é outra dimensão abordada pelas
políticas educativas, permitindo adaptar os programas educacionais às necessidades individuais
dos alunos. A introdução de opções de educação flexível, ensino à distância e programas de
recuperação de créditos perdidos oferece aos alunos a oportunidade de ajustar sua rota edu-
cacional, reduzindo assim as chances de evasão.
Igualmente, García (2023) destaca a ideia de que políticas que promovem a inclusão e atendem
à diversidade dos estudantes também desempenham um papel significativo na retenção. Adap-
tar os programas educacionais para atender às necessidades de estudantes com deficiências e
abordar barreiras culturais e linguísticas contribui para criar um ambiente educacional mais in-
clusivo e acolhedor.
Além disso, para Vázquez (2023), os programas de apoio socioemocional respaldados por
políticas específicas impactam positivamente na retenção ao priorizar o bem-estar dos alunos.
A provisão de serviços de apoio psicológico e a promoção de um ambiente escolar seguro e
positivo são elementos que podem influenciar na decisão dos alunos de permanecer na es-
cola.
É assim que Chen et al. (2023) consideram que as políticas educativas desempenham um papel
integral ao abordar diversas dimensões que afetam a retenção de alunos, desde a detecção
precoce de desafios até a criação de ambientes educacionais inclusivos e a provisão de apoios
necessários. Enquanto isso, Atencia (2023) acredita que essas políticas buscam, em última ins-
tância, criar condições propícias para que os alunos continuem sua educação de forma eficaz
e reduzam as taxas de abandono escolar.
Conclusões
A partir dos resultados expostos, conclui-se que as políticas educativas desempenham um papel
importante no desempenho acadêmico dos alunos, evidenciando que países com políticas
educativas mais sólidas também exibem um desempenho acadêmico mais destacado. O coe-
ficiente de correlação de Spearman, que é de 0,619, indica uma correlação moderada entre as
políticas educativas e o desempenho acadêmico, sinalizando que mudanças nas políticas edu-
cativas estão associadas a variações no desempenho acadêmico.
A significância estatística do valor de p, que é de 0,000, confirma que a correlação é estatisti-
camente significativa ao nível de 0,05, descartando a possibilidade de que a relação observada
seja produto do acaso. Essas conclusões têm implicações transcendentais para a formulação
de políticas públicas e estratégias educativas, pois oferecem aos governos uma base para pro-
jetar políticas que impactem positivamente o desempenho acadêmico dos alunos.
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Tudo isso indica que é necessário investir na educação, garantir a equidade no acesso à edu-
cação, melhorar a qualidade do ensino e realizar avaliações regulares do desempenho acadê-
mico. A implementação dessas recomendações poderia contribuir significativamente para a
criação de um sistema educacional mais eficaz, proporcionando a todos os alunos a oportuni-
dade de alcançar seu máximo potencial.
Além disso, é importante ter em mente que, embora a correlação entre as políticas educativas
e o desempenho acadêmico seja grande, não é perfeita. Fatores adicionais, como antecedentes
socioeconômicos, apoio familiar e condições econômicas do país, também podem influenciar
o desempenho acadêmico. No entanto, as descobertas destacam a importância das políticas
educativas como um fator significativo que pode contribuir para a melhoria do desempenho
acadêmico dos alunos.
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