Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 221-232
ISSN eletrônico: 2665-038X
223
terioração social e danos ecológicos ao planeta, é necessária uma educação integral, com uma
gestão educativa ágil sob uma abordagem estratégica que contemple a participação dos ci-
dadãos.
Tomando como referência Morin (2003), uma visão complexa compreende a realidade e se
manifesta paralelamente a partir de todas as perspectivas possíveis, buscando canalizar a mel-
hor estratégia de forma complexa e global. Dividir essa visão em pequenas partes para facilitar
seu estudo limita o campo de ação do conhecimento, o que significa que, para entendê-la,
não podemos ser reducionistas estudando apenas as partes, nem ser holísticos, isto é, consi-
derar que o todo é a soma das partes. Devemos adotar uma perspectiva adaptativa e reflexiva,
pois é necessário que as organizações públicas reformem suas capacidades de ajuste adaptativo
para minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente.
A gênese das ciências sociais leva em conta a complexidade do real e a diversificação das pos-
sibilidades teóricas e epistemológicas. Ela é transdisciplinar e transdimensional porque estuda
fenômenos relacionados à realidade do ser humano, integrando teorias econômicas, socioló-
gicas, de ciência política, antropologia, geografia, história, filosofia, cultura, tecnologia, entre
outras. Essas ciências focam na existência individual e coletiva, rompendo com diversos para-
digmas determinados pelas ideologias e suposições das comunidades científicas.
Para alcançar um processo interativo entre o homem e o meio ambiente no contexto social,
esse processo deve ser direcionado aos indivíduos, centrado no respeito à natureza e na cons-
ciência ambiental. Esses aspectos determinam atividades positivas sobre condicionantes rela-
cionados aos processos axiológicos, formas de organização dos coletivos, sistemas de relações
interpessoais, maneiras eficazes de enfrentar problemas socioambientais, modos de divulgar à
coletividade sentimentos, expectativas, ações formativas e o desenvolvimento de ações altruístas
e filantrópicas, entre outros.
O ser humano sempre viveu em relação íntima com seu ambiente, o que o levou a uma inte-
ração na construção do conhecimento utilizando a razão e a experiência. Da mesma forma,
em muitos momentos de sua história, ele foi o promotor de diversas abordagens nesse pro-
cesso de construção de saberes. Em outras palavras, neste caso particular, como o estudante
consegue entender os conceitos e as construções teóricas até chegar à resolução dos proble-
mas cotidianos? Quando se faz referência à construção de saberes, parte-se da visão de Platão
e Aristóteles para chegar à proposta por Morin e, eventualmente, Cury hoje.
Os pré-socráticos rompem com a verticalidade da cultura estável por meio da cognição tradi-
cionalista e dos saberes redutores. Eles seguem a necessidade de manter o pensamento filo-
sófico como centro de transmissão do conhecimento, como um instrumento de seleção
contextual, com o firme propósito de que os processos de transformação e inovação descon-
siderem os esquemas estáveis para acolher a percepção transcomplexa e transdisciplinar.
Outro aspecto a considerar é o Código de Nuremberg, que está implicitamente ligado à estru-
Universo da Educação Ambiental vinculado à Filosofia dos
Pré-Socráticos a partir da complexidade