Papel da Epistemologia na
Produção Científica
Papel de la Epistemología en la
Producción Científica
Como citar: Duarte, R. J. L. (2024). Papel da Epistemologia na Produção Científica. Revista Digital
de Investigación y Postgrado, 5(10), 185-198.
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José Luis Duarte Ramírez*
https://orcid.org/0000-0002-4834-8431
Yopal, Departamento de Casanare - Colômbia
* Doutor em Ciências da Educação, Universidade Nacional Experimental dos Llanos Ocidentais Ezequiel Zamora
(Unellez - Venezuela). Magister Scientiarum em Educação com Ênfase em Gerência e Planejamento, Unellez. Es-
pecialista em Pedagogia para o Desenvolvimento da Inteligência, Fundação Universitária de San Gil – UNISANGIL.
Técnico Laboral em Teologia Superior com Ênfase em Administração Eclesial, Associação Fraternidade Latino-
Americana de Estudos Teológicos, AFLET. Licenciado em Educação Básica Primária, Universidade Pedagógica e
Tecnológica da Colômbia, UPTC. Bacharel Pedagógico da Escola Normal Nacional para Meninos. Coordenador
Acadêmico, Instituição Educativa Manuela Beltrán. Yopal, Casanare - Colômbia. Email: joseluisduarte01@gmail.com
Revista Digital de Investigación y Postgrado, 5(10), 185-198
ISSN eletrônico: 2665-038X
Recebido:
Março / 8 / 2024
Revisado:
Março/ 11 / 2024
Aprovado:
Abril / 23 / 2024
Resumo
O ensaio analisa a importância da epistemologia na produção científica. A epistemologia busca
entender as coisas em sua essência e causas, refletindo sobre a criação do conhecimento e as
disciplinas científicas. Este enfoque transforma convicções ontológicas e gnoseológicas em pa-
drões de trabalho científico, vinculados a diferentes comunidades científicas. Assim, possibilita
manejar perspectivas para conceber, desenvolver e avaliar processos científicos, abrangendo a
produção de pesquisas e tendências epistemológicas. A ciência, em constante evolução, de-
senvolveu uma relação íntima com a reflexão epistemológica. O paradigma positivista se aplica
através do sistema de investigação hipotético-dedutivo, enquanto os enfoques dialético-crítico
e interpretativo o fazem mediante a investigação hermenêutica. A produção científica, um pro-
cesso social organizado e institucionalizado, tem nas comunidades científicas seus protagonis-
tas, ressaltando a relevância da epistemologia nesse contexto.
Palavras-chave: Epistemologia, paradigmas da investigação, produção científica.
Resumen
El ensayo analiza la importancia de la epistemología en la producción científica. La epistemología
busca entender las cosas en su esencia y causas, reflexionando sobre la creación del conoci-
miento y las disciplinas científicas. Este enfoque transforma convicciones ontológicas y gnoseo-
lógicas en estándares de trabajo científico, vinculados a distintas comunidades científicas. Así,
posibilita manejar perspectivas para concebir, desarrollar y evaluar procesos científicos, abar-
cando la producción de investigaciones y tendencias epistemológicas. La ciencia, en constante
evolución, ha desarrollado una relación íntima con la reflexión epistemológica. El paradigma po-
sitivista se aplica a través del sistema de investigación hipotético-deductivo, mientras que los
enfoques dialéctico-crítico e interpretativo lo hacen mediante la investigación hermenéutica. La
producción científica, un proceso social organizado e institucionalizado, tiene a las comunidades
científicas como protagonistas, resaltando la relevancia de la epistemología en este contexto.
Palabras clave: Epistemología, paradigmas de la investigación, producción científica.
Introdução
A epistemologia, como ciência do conhecimento, filosofia da ciência ou teoria da investigação,
nos proporciona as ferramentas e orientações nos processos de pesquisa em busca de novos
conhecimentos que respondam às múltiplas perguntas que fazemos sobre nossa realidade.
Muitos autores definem a epistemologia como a parte da ciência que tem como objetivo a
construção do conhecimento científico, que deve ser reconhecido pela própria comunidade
científica.
O homem, como protagonista da existência universal, elabora explicações sobre os objetos e
processos que compõem sua realidade; por essa razão, podemos dizer que o homem é um
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sujeito cognoscente que contrasta permanentemente as explicações metafísicas com seus con-
hecimentos empíricos para encontrar respostas às realidades presentes de sua existência.
A ciência busca a verdade por meio de procedimentos rigorosos e exaustivos, mas também se
sabe que a ciência, por natureza, não é objetiva. Parte de um sujeito cognoscente, requer algo
que a vigie, que a controle e garanta que se aproxima da realidade. É no contexto de alcançar
esse objetivo que surge a epistemologia. Esta se apoia e está sustentada em uma análise de
caráter científico, pois estuda a prática científica, e, sendo a ciência um processo cumulativo,
os estudos realizados devem ser concebidos em “processo de devir, ou seja, de uma “ciência
em construção.
A produção científica é concebida como a forma pela qual se expressa o conhecimento resul-
tante do trabalho intelectual mediante pesquisa científica em uma determinada área do saber,
publicada ou inédita; que contribui para o desenvolvimento da ciência como atividade social.
A produção científica é um processo social que ocorre de maneira organizada ou instituciona-
lizada, tendo como protagonistas as comunidades científicas, ou seja, as coletividades físicas
ou virtuais formadas por cientistas de diferentes disciplinas, que interagem entre si para gerar,
divulgar, discutir e criticar ideias, dados, problemas, hipóteses, teorias, perguntas e respostas.
O processo de produção científica abrange atividades muito diversas e inclui a elaboração e
discussão de conceitos e proposições teóricas, a obtenção de análises e dados empíricos, e a
circulação de tudo isso entre os cientistas na forma de documentos formais que contribuem
para a comunicação científica. Por isso, no presente ensaio, propõe-se analisar a importância
da epistemologia na produção científica.
Epistemologia: Conceitos
Ao referir-se à epistemologia, é necessário fazer uma breve revisão dos conceitos básicos que
a explicam, uma vez que há um consenso mínimo generalizado de que esta tem a ver com o
conhecimento. Para alguns, a epistemologia estuda o conhecimento em geral, do ponto de
vista filosófico, sendo aproximadamente sinônimo de “gnoseologia”. Para outros, a epistemo-
logia se restringe a um dos tipos de conhecimento - o científico - tornando-se sinônimo de
expressões como: “Filosofia da Ciência”, “Teoria da Ciência”, “Teoria da Investigação Científica”,
entre outras.
A epistemologia, ou filosofia da ciência, é a rama da filosofia que estuda a investigação científica
e seu produto, o conhecimento científico. Mera folha do tronco da filosofia por bastante tempo,
a epistemologia é hoje uma rama importante do mesmo. A epistemologia se tornou, em suma,
uma área importante da filosofia, tanto conceitual quanto profissionalmente. Por isso, é impor-
tante saber o que é e para que serve ou poderia servir.
Nessa perspectiva, a epistemologia tem por objeto conhecer as coisas em sua essência e causas,
derivando-se da palavra grega episteme, entendida como o conjunto de conhecimentos que
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condicionam as formas de entender e interpretar o mundo em determinadas épocas. Nesse
sentido, Tamayo (1997, p. 23-24) afirma que “o enfoque atual da epistemologia a situa como
teoria do conhecimento científico, e se caracteriza por seu método, o qual nos leva a formular
problemas científicos, razão pela qual pode-se dizer que a epistemologia da ciência é o método
científico.
A epistemologia é uma reflexão sobre a produção das disciplinas científicas e do conhecimento
científico. Nesse sentido, Brunet e Morell (2001, p. 32) a definem como:
Reflexão sobre o que as disciplinas científicas estão produzindo, tentando avaliar a na-
tureza e qualidade de seu conhecimento científico, a verdade ou falsidade de suas teo-
rias, como provêm explicações adequadas ou qual é a estrutura formal e conceitual de
suas teorias, ou qual relação deve haver entre a explicação e a predição de um fenô-
meno. Além de levantar o problema da escolha entre diversos métodos e, claro, ques-
tionar-se sobre a natureza das regularidades e leis científicas.
Considerando que um primeiro passo da investigação científica é aprofundar nos antecedentes
do tema escolhido, conhecer a epistemologia nos colocará um passo adiante. No entanto, a
utilidade científica da epistemologia reside no papel que desempenha no processo de investi-
gação científica, e como este processo tem muitas partes, a epistemologia mostra um correlato
com, pelo menos, a maioria delas.
Nesse sentido, Cazau (2011, p. 111), um dos significados mais importantes do termo epistemo-
logia é o referido ao estudo da ciência, e a esse respeito afirma que:
Um epistemólogo estuda o que fazem os cientistas para estudar a realidade e o que os
diferencia dos não-cientistas, como e por que constroem suas teorias sobre o mundo,
que métodos utilizam, como tentam provar suas hipóteses, quais características especiais
tem a linguagem científica, que raciocínios empregam e em que medida a pesquisa é
influenciada pelas cosmovisões de cada época e por determinantes políticas, econômi-
cas, etc. O epistemólogo estuda as ferramentas do cientista, seus métodos, sua lógica,
entre outros aspectos.
Enfoques Epistemológicos
No contexto desse percurso epistemológico, Padrón (2007, p. 5) sintetiza os critérios episte-
mológicos em duas variáveis: uma de tipo gnoseológico, referida às convicções sobre a fonte
do conhecimento, simplificada em dois valores: empirismo/racionalismo; e outra de tipo onto-
lógico, referida às convicções sobre as relações do sujeito com a realidade, também derivada
em dois valores: idealismo/realismo. Da perspectiva do autor citado, o cruzamento dessas va-
riáveis nos leva a quatro Enfoques Epistemológicos: o enfoque empirista-realista (medições,
experimentações, indução controlada...), o enfoque empirista-idealista (etnografia, designs de
convivência, indução reflexiva...), o enfoque racionalista-realista (abstrações, sistemas lógico-
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matemáticos, dedução controlada...) e o enfoque racionalista-idealista (interpretações livres,
linguagens amplas, argumentação reflexiva...), como mostrado na tabela.
Tabela 1
Abordagens epistemológicas
Nota: Padrón (2007).
Nesse sentido, o enfoque epistemológico se traduz em uma função que transforma determi-
nadas convicções de fundo, as quais são inobserváveis, de tipo ontológico e gnoseológico, em
determinados padrões de trabalho científico. Esses padrões estão associados às distintas co-
munidades científicas, uma vez que esses enfoques epistemológicos possibilitam o manejo das
perspectivas desde as quais se concebem, desenvolvem e avaliam os processos científicos, in-
cluindo a produção de pesquisas, bem como as tendências na evolução epistemológica.
A epistemologia estuda as circunstâncias históricas, psicológicas e sociológicas que levam à
obtenção do conhecimento científico, bem como os critérios pelos quais este é invalidado.
Além disso, foca na definição clara e precisa dos conceitos epistêmicos mais usados, entre os
quais se destacam os conceitos de verdade, objetividade, realidade ou justificação. A episte-
mologia analisa, avalia e critica o conjunto de problemas que apresenta o processo de produção
do conhecimento científico. Assim, por exemplo, aborda questões que concernem à definição
e caracterização dos conceitos científicos e o problema da construção dos termos teóricos da
ciência.
O Idealismo
O idealismo é, em geral, a escola oposta ao materialismo e ao realismo. Em oposição a este
último, sustenta que os objetos físicos não podem ter existência à parte de uma mente que
seja consciente deles. Em sua longa história, o idealismo assumiu muitas variantes e expressões,
mas todas elas podem ser caracterizadas pela importância central dada à consciência, às ideias,
ao pensamento, ao sujeito, ao eu, no processo do conhecimento.
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Variáveis Gnoseológicas
Variáveis Ontológicas Empirismo Racionalismo
Idealismo
Etnografia, design de convi-
vência, indução reflexiva…
Interpretações livres, lingua-
gens amplas, argumentação
reflexiva…
Realismo
Medições, experimentações,
indução controlada
Abstrações, sistemas lógico-
matemáticos, dedução con-
trolada…
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Chama-se idealismo, segundo Ferrater (1985), a toda doutrina e a toda atitude segundo a qual
o mais fundamental, e aquilo pelo qual se supõe que devem reger-se as ações humanas, são
os ideais, realizáveis ou não, mas quase sempre imaginados como realizáveis. Desde essa pers-
pectiva, o idealismo se contrapõe ao realismo, entendido este último como a doutrina ou sim-
plesmente a atitude segundo a qual o mais fundamental, e aquilo pelo qual se supõe que
devem reger-se as ações humanas, são as realidades, os fatos constantes e sonantes. Esse sen-
tido do idealismo costuma ser ético ou político, ou ambas as coisas ao mesmo tempo.
Ao fazer referência ao idealismo, nos deparamos com duas tendências: por um lado, o idea-
lismo objetivo ou lógico (de Platão, Leibnitz, Hegel e outros filósofos), no qual os objetos são
engendrados, de uma forma ou de outra, por fatores, causas, crenças ou ideias que são inde-
pendentes da consciência humana. Por outro lado, está o idealismo subjetivo (de Berkeley, em
particular), no qual os objetos que conhecemos correspondem às nossas sensações: a existência
dos objetos consiste em ser percebidos. Eles são apenas ideias; daí o termo idealismo.
Por sua vez, Kant baseou seu idealismo transcendental no argumento segundo o qual o con-
hecimento se apoia em sensações referidas a um mundo composto de fenômenos (que de-
nomina coisas em si). No entanto, embora a mente, a razão, não possa impor uma estrutura à
realidade como tal, pode fazê-lo sobre as aparências, já que ela (a razão) possui certas cate-
gorias a priori (como substância e causa) que são independentes de toda experiência sensorial.
De acordo com essas afirmações, Kant insistia que sua posição não lançava nenhuma dúvida
sobre a ciência e que, pelo contrário, era a única fórmula para salvá-la do ceticismo. A ciência
diz a verdade, afirmava, mas apenas a verdade sobre as aparências.
O Racionalismo
Existem várias formas de racionalismo, como o metafísico (toda a realidade é de caráter racio-
nal), psicológico (o pensamento é superior às emoções e à vontade) e o racionalismo gnoseo-
lógico ou epistemológico, cujos conceitos centrais têm maior pertinência com nosso tema dos
pressupostos filosóficos das ciências sociais. Nessa forma, o racionalismo afirma que é possível
conhecer a realidade mediante o pensamento puro, sem necessidade de nenhuma premissa
empírica. Em essência, essa é a posição de três dos mais destacados representantes do racio-
nalismo: Descartes, Leibniz e Spinoza. Por exemplo, Descartes provou a existência de Deus e
do mundo físico a partir da premissa racionalmente indubitável “penso, logo existo.
O conhecimento é propriamente tal quando tem necessidade lógica e validade universal. Só a
razão pode permitir dizer que uma coisa é como é e não pode ser de outra maneira. Só a
razão tem a capacidade de obter por si mesma, mediante a dedução a partir das ideias inatas,
outros conhecimentos do tipo “todo efeito tem uma causa”, que é evidente pois estabelece
uma relação necessária. Esses conceitos recebem o nome de juízos sintéticos, que por terem
sua origem na razão são conhecimentos a priori.
Importante é reconhecer as diversas formas que o racionalismo moderno assumiu, no entanto,
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estas se afastam das pretensões mais extremas do racionalismo que surgiram nos séculos XVII
e XVIII. No entanto, mantém-se a relevância que a razão teve no conhecimento da realidade
dentro dos diversos usos do termo “racionalismo. A essas correspondem, entre outras, as po-
sições epistemológicas de Gastón Bachelard e de Karl Popper, que destacam o papel da razão
e da experiência empírica na investigação científica.
O Empirismo
O empirismo é uma escola filosófica que sustenta que todo conhecimento se baseia na expe-
riência, afirmação que se opõe diretamente ao racionalismo, para o qual o conhecimento pro-
vém, em grande medida, da razão. Para o empirismo radical, a mente é como uma "tábula
rasa" que se limita a registrar a informação que vem da experiência. Existem três tipos de em-
pirismo: 1) o psicológico, para o qual o conhecimento se origina totalmente na experiência; 2)
o empirismo gnoseológico, que sustenta que a validade de todo conhecimento tem sua base
na experiência; e 3) o empirismo metafísico, segundo o qual não há outra realidade além da-
quela que provém da experiência e, em particular, da experiência sensível. Esta corrente foi de-
senvolvida por alguns filósofos ingleses, entre os quais se destacam Locke, Hume e Mill.
O empirismo nega a existência de ideias inatas, invocadas pelos racionalistas, segundo os quais
estas podem ser decompostas em conceitos mais simples derivados da experiência ou, então,
esses conceitos não são genuínos, já que não se lhes pode atribuir nenhum significado. Nesse
mesmo sentido, segundo os racionalistas, os empiristas negam que haja verdades necessárias
a priori; mas baseados na experiência, diferentemente dos racionalistas, para quem esses juízos
seriam verdades autoevidentes, válidas independentemente da experiência. Finalmente, o em-
pirismo rejeita toda metafísica e, de maneira inversa, dá à ciência um alto valor como meio su-
perior de adquirir conhecimentos.
Vale destacar que uma parte importante da pesquisa em ciências sociais tem suas bases em al-
guns pressupostos principais do empirismo, como o valor atribuído à experiência como origem
do conhecimento e como instância final de comparação das teorias. É por isso que, justamente,
ao reconhecer que a ciência é composta de teorias, o empirismo científico reconhece o papel
da razão na prática científica e no desenvolvimento da ciência. Um dos pensadores mais desta-
cados que se situa nesta posição é Émile Durkheim, que, para seus opositores, é um dos mais
destacados empiristas dentro das ciências sociais, sendo também reconhecido como um posi-
tivista, devido à importância que deu ao método das ciências naturais na pesquisa social.
O Realismo
Assim como nas escolas filosóficas tratadas anteriormente, é possível distinguir vários tipos de
realismo. Como realismo metafísico, o termo realismo foi utilizado pela primeira vez para de-
signar a posição segundo a qual as ideias gerais ou universais, como se dizia então, têm exis-
tência real, independentemente de serem pensadas ou não. Como realismo gnoseológico,
afirma que o conhecimento é possível sem que a consciência precise impor suas próprias ca-
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